LOVE AND ROCKETS | Garotas em uma Los Angeles punk na HQ mais legal do mundo

O cenário e estética punk substitui os uniformes de colante dos super-heróis em Love and Rockets

Love and Rockets é a HQ mais legal de todos os tempos, um quadrinho independente californiano do começo dos anos 1980, uma história anárquica preto e branco sci-fi feita de minimalismo visual e bom humor, com uma arte dinâmica e precisa, fruto das mãos e mentes dos Irmãos Hernandez, Jaime e Gilberto, artistas americanos descendentes de mexicanos.

Trata-se de uma longa trama em uma Los Angeles futurista (pero no mucho)  de foguetes e alguns dinossauros, assolada pelo grupo mais incrível de amigas que já apareceram nos quadrinhos.

Maggie, Hopey, Izzy, Penny e as outras vivem aventuras mundanas como cortar o cabelo, encontrar amores, trabalhar, pagar aluguel, encher a cara, ir a shows de punk, e nos mostrar como a vida é incrível, e às vezes também não é nada demais.

As páginas p&b punk podem querer indicar algo sujo, mas a sujeira que encontramos em Love and Rockets são os detritos de discussões sociais, amores, dissabores e discussões feministas de um grupo de amigas, muito a frente da época da publicação.

Maggie e suas amigas têm muito a dizer, e exalam um protagonismo de empoderamento que convence e conquista tanto que Jaime consegue manobrar bem esse perigoso terreno de lugar de fala com uma naturalidade que assombra.

A HQ é consagrada na indústria e reverenciada por outros autores, crítica e público — o talento dos irmãos Hernandez pôde por no bolso elogios de mestres da HQ como Robert Crumb, Alan Moore e Daniel Clowes.

Love and Rockets - Locas, de Jaime Hernandez
Capa de uma das edições nacionais mais recentes de Love and Rockets, pela editora Gal, em 2012

A Rolling Stone fez uma matéria com as 50 melhores graphic novel (romance gráfico, o formato mais luxuoso de uma publicação de quadrinhos) de todos os tempos, no final de 2019, e Love and Rockets garantiu seu lugar nela com folga, EM PRIMEIRO LUGAR.

A pequena resenha mistura referências de bandas consagradas com lançamentos de álbuns que nunca são menos que sensacionais, com o trabalho dos Irmãos Hernandez publicando Love and Rockets desde o primeiro número.

Conhecida principalmente por cobrir a indústria musical, além de muito da cultura pop, a Rolling Stone não presta nenhum desserviço a quem seguir essa dica (e a lista).

Love and Rockets — cheia de referências musicais também — exala uma sonoridade visual muito particular, e ganha fácil a gente no papo em poucas páginas. A diagramação funcional e objetiva da HQ, com as cenas de leveza cômica e romances dramáticos e fuleiros das garotas loucas de Love and Rockets provocam paixão a primeira vista.

Love and Rockets - Locas, de Jaime Hernandez
Capa da primeira edição, a original americana, pela editora Fantagraphics

Os amores e foguetes de Los Angeles

Em Love and Rockets (1982) acompanhamos as deliciosas aventuras de Isabel “Izzy” Reubens, Margarita Luisa “Maggie” Chascarrillo, Esperanza Leticia “Hopey” Glass e Beatríz “Penny Century” García, quatro amigas que logo se tornam o centro das atenções de narrativa da HQ, que no começo seguia uma pegada de ficção científica, com Maggie trabalhando como mecânica de foguetes — daí se entende a origem do nome do quadrinhos.

Maggie e suas amigas passam por diversas fases, humores, amores, derrotas e conquistas. Alegres, deprimidas, safadas, burras e sensacionais.

Gente comum, igual eu, você, seu vizinho, colega de trabalho, namorada, namorado. Maggie é a personagem da qual as outras giram. Ela passa o tempo consertando foguetes, indo atrás de bang com os crushs da vida e shows de punk, em uma vida dividida com sua melhor amiga Hopey, com quem racha a casa.

A dupla vive em uma Los Angeles do futuro nos anos 80, cheia de super-heróis desmiolados, dinossauros, e foguetes quebrados. A medida que Love and Rockets foi evoluindo (exatamente igual as meninas), esses aspectos sci-fi foram sendo deixados de lado naturalmente para se focar evidentemente onde estava o real interesse: Maggie, Hopey, Izzy e Penny.

Love and Rockets HQ
A primeira página da HQ, com Maggie e Hopey dando as caras, sendo gente como a gente, contanto que você não seja uma mecânica de foguetes
Love and Rockets - Locas, de Jaime Hernandez
Além dos amores e desamores de Maggie e suas amigas e foguetes, a LA sci-fi de Love and Rockets ainda comporta dinossauros

Jaime Hernandez nasceu em 10 de outubro de 1959 em Oxnard, California, nos Estados Unidos, mas é de uma Los Angeles hispânica e cheia de mulheres com que ele cria vozes em quadrinhos desde os anos 1980.

Love and Rockets é um trabalho a quatro mãos com seu irmão, Gilbert. Os Irmãos Hernandez, como são conhecidos, também contaram com os reforços de um terceiro “hermano”, Mario. Jaime é o caçula da família, e viu o pai morrer aos 8 anos de idade.

O poder do traço de Jaime fica melhor ainda em preto e branco

A viúva, dona Hernandez, não se abateu e seguiu em frente, criou os filhos, e os alimentou com a paixão pelos quadrinhos.

E ela tinha uma bela coleção: HQs infantis como Dennis O Pimentinha, Archie (a “Turma da Mônica” dos EUA), quadrinhos de Jack Kirby e Steve Ditko pela Marvel Comics, como Homem-Aranha e Quarteto Fantástico, o Spirit, de Wiil Eisner.

Traços limpos e contrastes fortes para ressaltar formas e contornos

Isso estabeleceu o gosto dos irmãos por HQs, e certo dia, quando um dos irmãos apareceu um dia com uma edição do Zap Comix, uma das HQs independentes de Robert Crumb, o pai do quadrinho underground americano, o fato mostrou aos Hernandez que podiam fazer os seus próprios quadrinhos.

Locas e Palomar

As narrativas dos irmãos Hernandez dentro de Love and Rockets acabaram por se dividir em dois núcleos.

Em Palomar, quem escreve e desenha é Gilbert (que assina Beto), e acompanhamos a história épica dos habitantes de uma vila com esse nome, situada em algum lugar na América do Sul.

A pegada de realismo mágico aqui conversa diretamente com as obras dos grandes escritores latinos do estilo, popularizado por autores como Gabriel García Márquez.

A arte de Gilbert é mais cartunesca, mas seus diálogos e situações são mais densos, instigantes e complexos. Jaime Hernandez escreve e desenha Hoppers 13 (também conhecida por Locas), que conta as aventuras de Maggie e suas amigas, desde os seus anos de adolescentes nos primeiros anos da cena punk de LA, até a vida adulta cheia de problemas a se resolver.

Assim como Palomar, a vida de todos os personagens se entrelaçam, e acompanhamos o desenrolar de suas trajetórias. Mais despojado e maluco — com foguetes e dinossauros espalhados em lugares ermos dessa Los Angeles — as histórias de Locas são mais leves e engraçadas, mas tem a dose certa de densidade e discussão social.

Parte do charme irresistível de Love and Rockets reside exatamente nas Locas, com Jaime retratando a turma toda com uma passagem de tempo mais próxima da realidade. Maggie e suas amigas de fato evoluem, avançam (ou regridem) na vida, envelhecem, ganham e perdem peso.

O protagonismo feminino é colocado em evidência de uma forma astuta e muito interessante, com apontamentos sagazes entre amigos e amigas, em situações cotidianas do dia a dia.

Love and Rockets - Locas, de Jaime Hernandez
A passagem de tempo na HQ acompanha as mudanças naturais dos personagens, como a capa do último número do segundo volume mostra

Love and Rockets inspirou toda uma geração de jovens quadrinistas a sair da fila de espera das grandes editoras e abraçar a independência no começo dos anos 80, e mostrou os caminhos infinitos de possibilidade com que a HQ pode percorrer e conquistar.

A performance ótima das histórias de Love and Rockets foi de grande ajuda para dar tração a outras HQs independentes do cenário.

Punk e super-heróis em Love and Rockets

A cena musical de punk em Los Angeles no final dos anos 1970 — que chegou mais tarde na cidade, em comparação com Nova York e Londres — foi crucial para definir os aspectos visuais de Love and Rockets.

Ainda que não tenha sido peça constante da cena, participando e a construindo de fato, Jaime estava por dentro do que acontecia, e gostava muito do que via. Mas não tanto a ponto de deixar de fazer seus quadrinhos e mergulhar de cabeça naquilo.

Jaime Hernandez por ele mesmo

O que ele fez, segundo entrevista ao TwoMorrow, foi unir então as duas coisas. Por isso a música e os figurinos punk aparecem quase como personagens coadjuvantes em Love and Rockets.

Love and Rockets - Locas, de Jaime Hernandez
O cenário e estética punk substitui os uniformes de colante dos super-heróis em Love and Rockets

De acordo com uma entrevista para o The Guardian, os personagens favoritos de Jaime quando criança eram o Homem-Aranha e o Quarteto Fantástico. E o fato de Ditko e Kirby fazerem as histórias dos personagens, e outros quadrinistas fazerem depois, o fez entender que os autores eram importantes, e que diferentes histórias podiam ser contadas por diferentes profissionais.

Isso lhe despertou o interesse de saber mais como fazer quadrinhos. O gosto da mãe por Spirit e Capitão Marvel (O Shazam, da DC Comics), e o fato dela “incrementar” as histórias quando as contava para seus filhos, também foram influências, segundo o artista.

Jaime também notou que as roupas da galera punk de LA eram muito mais legais de desenhar do que os colantes coloridos dos combatentes do crime da Marvel e da DC, como a entrevista ao TwoMorrows revela.

O fato do desenho de Jaime Hernadez ser clean, limpo e anatomicamente correto em sua composição visual, se deu ao fato simples dos personagens não representarem nada mais do que eles mesmos. “Eles são interessantes por si mesmos e não precisam de ajuda de estilizações. Eu os desenhei como se fosse um filme, um documentário da vida ‘real’ dessas pessoas“.

 

O traço de Jaime Hernandez é leve e elegante, e ganha muito com expressões de fisionomia competentes, que ajudam a entender as emoções de cada personagem. Grande parte do segredo da paixão por Love and Rockets é o desenho de Jaime Hernandez:

Uma HQ de sucesso desde o primeiro número

Nos EUA, um veículo conceituado de críticas e estudos de quadrinhos independentes durante os anos 80 era o Comics Journal. Jaime enviou um exemplar — das quase 800 edições caseiras e artesanais — do número 1 de Love and Rockets para para lá, e a exposição deu frutos, quando ele caiu nas mãos do editor do Journal, Gart Grotha.

Margarita Luisa “Maggie” Chascarrillo, a protagonista de Love and Rockets, mais precisamente do núcleo de histórias de Locas

Filhos de imigrantes mexicanos, representantes de uma cultura que os americanos chamam de chicana, os irmãos Hernandez ganharam a chance grande. Eles publicariam então o título pela editora Fantagraphics Books, a mesma que publicava o Journal. Os hermanos estão na casa até hoje.

O sucesso de Love and Rockets foi tremendo desde o lançamento, e projetos paralelos foram surgindo com o passar do tempo.

Em 1996, houve uma pausa na série, depois de 50 números, e os irmãos Hernandez se dedicaram a outros quadrinhos.

Capa da edição número 50 de Love and Rockets, que encerra o primeiro volume

Jaime fez, por exemplo, Whoa, Nellie, uma HQ sobre mulheres profissionais de luta livre, uma paixão sua que está sempre presente em Love and Rockets. Gilbert mergulhou ainda mais fundo em sua querida e mágica Palomar. Eles retornaram para a série principal em 2001, no chamado Love and Rockets Volume 2, que durou mais 20 números, até 2007.

A terceira série é Love and Rockets: New Stories, que começou em 2008. São edições anuais, de 100 páginas, em formato magazine (o mesmo tamanho da revista VEJA ou A Espada Selvagem de Conan, por exemplo).

Love and Rockets, a HQ mais legal de todos os tempos

Love and Rockets foi traduzido para várias línguas, ganhou muitos prêmios da indústria, e se tornou um dos títulos pós-underground mais significativos da cultura pop do século XX. São caracterizações complexas e ricas que diferenciam Love and Rockets de outros quadrinhos, e que justificam os elogios de outros autores para a obra.

Enquanto os foguetes nessas histórias parecem nunca funcionar e o amor apenas ocasionalmente, as histórias em si funcionam à perfeição“, mandou Alan Moore, autor de Watchmen, V de Vingança e A Liga Extraordinária, Do Inferno e outras HQs consagradas.

Daniel Clowes, autor de Mundo Fantasma e Wilson, dois marcos das HQs independentes americanos, disse: “Alguns quadrinhos trazem um equilíbrio perfeito entre diálogo e imagem. Jaime Hernandez é um mestre nisso.”

Love and Rockets HQ
O poster de uma convenção americana de quadrinhos de 2012.
A arte original pelo traço de Jaime Hernandez.
Exposto no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, em 2019, em uma exposição de quadrinhos.

O trabalho de Jaime Hernandez atravessou os limites dos quadrinhos, e ele conseguiu publicações de Maggie e suas aventuras em veículos como The New Yorker e New York Magazine em 2006.

Em 2007, Jaime criou um pôster promocional para o programa Theme Time Radio Hour, comandado pelo lendário roqueiro Bob Dylan na emissora por satélite XM. No Brasil, as histórias de Love and Rockets, seguindo sua pegada punk, foi errática e cheia de buracos e gargalos.

De 1988 a 1990, em Animal, da editora VHD Diffusion, revista com publicações de quadrinhos independentes de vários grandes artistas, quatro histórias de Love and Rockets apareceram em nas edições 4,5, 12 e 14. Na segunda metade dos anos 90, a editora Record assumiu Love and Rockets no Brasil, e publicou Love and Rockets 1, 2, 3 e 4, Locas 1 e 2, e uma edição especial chamada As Mulheres Perdidas.

Publicações mais recentes aconteceram graças a editora Gal: em julho de 2012 publicou Love and Rockets apresenta: Lôcas – Maggie, a Mecânica, e em fevereiro de 2014, uma segunda edição chamada Love and Rockets apresenta: Lôcas – As Mulheres Perdidas e Outras Histórias.

Love and Rockets, A BANDA

O Love and Rockets, a banda, surge quando o vocalista Peter Murphy, do Bauhaus, banda pós-punk de rock gótico do final dos anos 1970, abandona o grupo. Daniel Ash, David J e Kevin Haskins, os remanescentes do grupo, então se juntam para fazer uma nova banda. O som do Love And Rockets se afasta da pegada gótica e abraça temas new wave, glam rock e psicodélico.

Em 1985, o primeiro álbum da banda, Seventh Dream of Teenage Heaven, é lançado, seguido de outros seis discos, até o fim das atividades da banda. O nome causa certa confusão até hoje entre fãs dos quadrinhos e do grupo. Daniel já confirmou diversas vezes que tirou a inspiração do nome da HQ dos Irmãos Hernandez. Um dos grandes sucessos do Love and Rockets é Alive.

Influência em CAVALEIRO DAS TREVAS?

Jaime Hernandez não fez apenas desenhos de Love and Rockets. A Fantagraphics também editava a Amazing Heroes, uma revista que comentava sobre os bastidores da indústria de quadrinhos de super-heróis.

Muitos artistas das editoras principais, como Marvel e DC, eram convidados a ilustrar artes internas e produzir capas. E para a nossa sorte, Jaime Hernandez fez algumas.

Mais notoriamente, nessas grandes coincidências cósmicas, fez uma Maggie com roupa de Robin, anos antes de Frank Miller usar Kelley como a companheira de Batman na maior obra de quadrinhos de super-heróis de todos os tempos, Batman – O Cavaleiro das Trevas.

Diz a lenda que John Byrne, outro artista lendário da indústria, foi quem mostrou o desenho de Jaime para Frank, que a princípio não queria usar a figura do menino-prodígio em sua obra. Ver o desenho de Jaime de Maggie/Robin fez Frank mudar de ideia.

Love and Rockets HQ
Maggie com a Robin precede Carrie Kelley em uma ilustração publicada em Amazing Heroes. Diz a lenda que John Byrne mostrou o desenho para Frank Miller, que mudou de ideia a respeito de não usar o personagem em Batman – O Cavaleiro das Trevas

/// LEGIÃO. A DC Comics teve poucos trabalhos oficiais de Jaime Hernandez. Em um número da série Who’s Who, espécie de revista de ficha de personagens da editora, na segunda metade dos anos 80, ele ilustrou duas integrantes da Legião dos Super-Heróis, a Etérea (ou Fase) e Violeta

Love and Rockets HQ
Phantom Girl é conhecida como Etérea ou Fase no Brasil
Love and Rockets HQ
Violeta. Ela e Phantom Girl são integrantes da Legião dos Super-heróis, uma equipe de heróis adolescentes que vivem no futuro do Universo DC

/// Marvel Comics. Jamie fez uma história da antologia Stranger Tales #2, de 2010, o trabalho escrito e ilustrado por Jaime, em que ele mostra as personagens femininas mais proeminentes da Marvel nos anos 60 — Mulher-Invisível, Feiticeira Escarlate, Vespa, Encantor e outras — em uma aventura despretensiosa na praia contra o Fantasma do Espaço, um antigo inimigo dos Vingadores.

Love and Rockets HQ
Feiticeira Escarlate, Mulher-Invisível e Vespa na capa de Strange Tales
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A arte inconfundível de Jaime Hernandez dentro do Universo Marvel

/// INDIE. Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse dos Quadrinhos Independentes – Em setembro de 2012, a Rolling Stones conseguiu reunir na Small Press Expo (SPX), em Bethesda, Maryland, EUA, os quatro maiores quadrinistas do mercado independente de quadrinhos dos EUA. Na foto, da esquerda pra direita: Jaime Hernandez, Chris Ware, Daniel Clowes e Gilbert Hernandez.

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A força nuclear do quadrinho independente americano
Love and Rockets HQ
Quando dá, o próprio editor tira as fotos, como essa aqui, feita no MIS com os materiais originais da HQ de Love and Rockets, pode provar:

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