SURPRISE, SOMETIMES, WILL COME AROUND…
Untitled (em português “sem título”) é a primeira faixa de Turn on the bright lights, da banda nova-iorquina Interpol.
Os primeiros versos, que dizem que “surpresas, às vezes, aparecerão (…)” e que “eu vou surpreendê-lo quando você estiver pra baixo“, é exatamente o que a banda — formada, na época, por Paul Banks (voz e guitarra), Daniel Kessler (guitarra), Carlos Dengler (baixo e teclado) e Greg Drudy (bateria)-, trouxe aos fãs de uma música mais sombria, mais melancólica.
Com uma pegada meio pós-punk revival e meio indie, as comparações com Joy Division, The Cure, The National e Sonic Youth, por exemplo, são inevitáveis, isso (também) por causa da semelhança com os timbres de baixo meio agudos de Peter Hook e vibe melancólica e sombria de Ian Curtis e Robert Smith… mas, por meio de seus arranjos, música e “desânimo” próprios, o Interpol conquistou seu público.
Paul Banks, do Interpol, em entrevista, uma vez disse que Untitled não tem título (o que eu acho um tanto controverso, rs) porque “eles não a consideram com música, mas sim uma introdução ao álbum e aos shows ao vivo“.
Untitled do Interpol tem um crescente na melodia e no vocal que vai nos envolvendo, nos fazendo adentrar na vibe intimista do Interpol.
TURN ON THE BRIGHT LIGHTS: o álbum
Prestes a completar 18 anos (!), Turn on the bright lights que trouxe Untitled, é o álbum de estreia do Interpol, lançado em agosto de 2002 pelo selo independente Matador Records e produzido por Peter Katis (também produtor de trabalhos do Death Cab for Cutie e do The National).
Considerado por muitos críticos de música (e também por fãs, assim como eu) uma obra prima da banda, o álbum é realmente excelente, e foi eleito, na época, o melhor álbum do ano pela Pitchfork (site/blog americano de crítica musical).
Composto por 11 faixas, a primeira delas Untittled, foi com os singles PDA, Obstacle e Say hello to the angels que o álbum mostrou a que veio.
Em 2017, o Interpol fez uma turnê comemorativa aos 15 anos do lançamento de Turn on the bright lights pela Europa e Reino Unido, com o álbum sendo tocado na íntegra (que sonho!).
O Interpol hoje, depois do Untitled
Com formação diferente à de sua estreia, a banda continua com Paul Banks e Daniel Kessler, mas tem Fogarino na bateria.
Mesmo com outros álbuns bons lançados – Antics (2004), Our love to admire (2007), Interpol (2010), El Pintor (2014) e Marauder (2018) -, Turn on the bright lights continua sendo o melhor trabalho dos caras.
Pra quem curte Interpol, uma dica é o projeto paralelo do vocalista, Paul Banks, a recém-formada banda Muzz, composta por ele na voz, Matt Barric (bateria) e Josh Kaufman (guitarra), que, inclusive, lançou em junho deste ano (2020) seu álbum de estreia: o homônimo Muzz.
/// Paula Valelongo é professora de português e inglês, mas sempre quis ser vocalista de banda, por isso foi aprender inglês aos 13 anos. Entre pesquisas na área da análise do discurso e as aulas, ela ouve muita música, vai a vários shows e festivais e coleciona inúmeras histórias musicais pra contar. Você pode acompanhar mais de seus trabalhos e o que ela curte em seu perfil no Instagram.
/// FIRSTLINER. Essa é a seção do blog onde a primeira faixa de uma artista ou banda é comentada. Paula fez a terceira com o Interpol. E você pode saber mais da Black Sabbath, do Black Sabbath, no Black Sabbath, e de Welcome to The Jungle, do Guns N´Roses, no Appetite For Destruction, por Tom Rocha.
/// FOTOS. As imagens da matéria foram tiradas do Twitter da banda.
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