HUNTER THOMPSON | A morte do jornalismo gonzo

O ano de 2013 foi emblemático para o Brasil, com as chamadas “Jornadas de Junho” como ponto de inflexão em nossa política, um paradigma que ainda está para ser melhor analisado, com coerência e parcimônia, pelos nossos pensadores, historiadores e acadêmicos  – o que diria Hunter Thompson de tudo e estamos vendo?

Em 2013, manifestações contra a corrupção, em pautas difusas e esquizofrênicas apartidárias, aconteceram por diversas capitais e cidades do país.

Era uma grande timeline analógica Facebook de rua com todo mundo escrevendo o que desse na telha em seus cartazes.

Hunter Thompson
Hunter Stockton Thompson em um de seus escritórios

É mais do que sabido desde o começo da década passada — os anos 2010, com a ascensão meteórica e duradoura das redes sociais, e que esfacelou os blogs — diluiu para qualquer um que é “alfabetizado” a produção de conteúdo, que agora pertencem a quem tem internet e sabe escrever (ao menos até a segunda página, pois lendo qualquer contrato nunca lido dessas redes, o conteúdo lá postado nunca é 100% seguro e seu).

E o que vemos passados 10 anos, é a desintegração moral e afloramento de tudo que é nocivo e tóxico na forma de sites noticiosos, perfis em redes sociais que espalham desinformação e fake news.

No Brasil, essa situação floresce a cada dia, continuamente fertilizada pelo chorume do montante social-digital do país.

As “Jornadas de Junho” acontecem em um ambiente pré-impeachment de Dilma Rousseff / PT, partido que sempre ergueu a voz contra a imprensa e as notícias a respeito de corrupção, localizada em ambientes e práticas do poder petista, como o mensalão.

O ambiente nunca isento e saúde financeira da grande mídia da imprensa, também se encontra na mesma época, com um jornalismo claramente enviesado, após a reeleição de Dilma em 2014.

Com a força da gasolina da imprensa, o impeachment ganha carimbo de recibo de legitimidade.

A máquina bolsonarista ganha mais tração com enorme popularização de app de mensagens como WhatsApp, e se tornando um colosso nas eleições de 2018.

O relatório mais recente da Reuters Digital News Report, lançado em 16 de junho, mostrou pela 1ª vez as redes sociais à frente da TV como fonte de informação para os brasileiros: 67% são os que dizem usá-las para se informar e 66% os que citam a televisão.

A categoria online é citada por 87% dos entrevistados, e lidera como fonte de notícias acessada pela maior parcela dos brasileiros. Isso inclui redes sociais e veículos que são apenas online, como o jornal digital.

Apenas 23% dizem se informar por jornal impresso. Em 2013, quando o estudo da Reuters teve início, eram 50%. O Facebook é a rede social mais usada pelos brasileiros para se informar: 54% afirmam ler notícias pela plataforma.

O Youtube é usado por 45% dos entrevistados, e se aproxima do WhatsApp, que tem 48% de preferência do público — o zap caiu 5 pontos percentuais de 2019 a 2020.

Todas essas redes sociais são alimentadas pela fome individual de cada usuário.

É a deixa para introduzir o cerne da matéria, e sua característica muito especial: o jornalismo gonzo, que é o ápice do jornalismo (bem feito)

E o nome mais importante do jornalismo gonzo foi o americano Hunter Thompson, até porque foi ele quem começou com tudo isso.

“When the going gets weird, the weird turn pro”

Hunter Thompson, filho do jornalismo literário

Hunter Thompson
O “requinte literário” de Hunter Thompson no new journalism se tornaria outro animal, muito mais selvagem

Em 2005, um ano depois das operações do Facebook se tornarem online, Hunter Stockton Thompson se matou com um tiro. Hunter se tornou uma dessas lendas vivas da contracultura dos anos 60/70 nos Estados Unidos, ao mesmo tempo criador e cria de um estilo próprio de escrever.

Dono de uma personalidade excêntrica e inconsequente, Hunter subverteu de forma inédita a profissão de jornalista e todos os paradigmas até então considerados clássicos nela, ao se intrometer em primeira pessoa e ser personagem da matéria, em versões drogadas dos sofisticados estilos de jornalismo literário, ou new journalism, como é conhecido no original, nos Estados Unidos, o seu berço de nascimento.

O new journalism foi um estilo criado por Truman Capote ao escrever seu famoso livro A Sangue Frio (1965), uma narrativa de crimes reais de um assassinato cometido por dois criminosos.

Ele acreditava que a reportagem poderia ser uma arte tão requintada como qualquer outra prosa, e se esforçou para imprimir uma performance técnica e charmosa nessa história, que se aproxima de um romance.

O livro é sobre um pai, mãe, filho e filha, assassinados friamente, a tiros de espingarda na cabeça, por Perry Smith e Dick Hickock, dois homens recorrentes na vida do crime, no dia 15 de novembro de 1959.

O refinado jornalismo literário tem em Capote, Tom Wolfe, Joseph Mitchell, John Hersey, Gay Talese, Lilian Ross e outros geniais escritores seus principais expoentes.

Hunter pegou esse tipo de jornalismo literário e acelerou a 300 quilômetros por hora sem fazer curvas.

Assim, podia se produzir o perfil detalhado de um bandido numa matéria policial ou de um mendigo num artigo de economia de mercados futuros.

Hunter ia atrás do que ele chamava de “a parte mais podre da América, onde me sinto em casa”. O fator de existir um mediador entre a experiência e o leitor é destacada, e não escondida.

Isso leva ao fato de que o jornalismo gonzo despe o autor da matéria de uma suposta autoridade onisciente dos acontecimentos relatados. Vai contra a imagem que os jornalistas fazem de si mesmos, que geralmente tendem a transformar o jornalismo em discurso autorizado (seja por ele mesmo ou pelo veículo de comunicação que representa).

Ajudou muito Hunter entrar de cabeça no universo lisérgico de Timothy Leary, o guru da ideologia psicodélica naqueles tempos, e abusar de todos os elementos tóxicos e possíveis para viajar colorido, tanto em cabeça quanto em textos.

Ser um alcoólatra e drogado era uma vantagem para Hunter e seu estilo de vida — e escrita.

O cara foi um alucinado, um maluco que deu certo e ganhou notoriedade. “Estranho demais para viver, raro demais para morrer“, como gostava de falar sobre os outros, mas perfeitamente aplicável para ele mesmo.

Hunter trabalhou para os veículos jornalísticos mais malucos e com menos a perder dos EUA, e o mercado mainstream também o abraçou.

Em meados dos anos 60, a imprensa norte-americana começou a dar destaque a uma série de textos que não se encaixavam na maneira pura e simples de noticiar um fato, até então estruturados no clássico lead e pirâmide invertida.

As redações constituíam-se de dois jornalistas: aquele que buscava os “furos” e aquele que escrevia longas reportagens.

Com o advento do new journalism, que tornava mais atraente os textos, com recursos literários e tal, houve um direcionamento dos jornais e veículos nesta produção de escrita. Hunter se destacou nesta leva de ‘novos jornalistas’, principalmente por criticar o american way of life.

Hunter Thompson, o pai do jornalismo gonzo

Hunter Stockton Thompson

Eis a rotina de um dia comum do cara:

15h: Acorda
15h05: Chivas Regal, Jornais, cigarros Dunhill com piteira
15h45: Cocaína
15h50: Mais Chivas e Dunhills
16h05: Café e Dunhills
16h15: Cocaína
16h16: Suco de laranja e Dunhills
16h30: Cocaína
16h54: Cocaína
17h05: Cocaína
17h11: Café e Dunhills
17h30: Mais gelo no Chivas
17h45: Cocaína
18h00: Maconha
19h05: Almoço na Taverna Woody Creek – cerveja, duas margaritas, dois cheeseburgers, duas porções de fritas, um prato de tomates, uma salada com taco, uma porção dupla de cebola frita, torta de cenoura, sorvete, um bolinho de feijão, mais Dunhills, outra cerveja, cocaína, e um cone de sorvete com uísque.
21h: Começa a cheirar cocaína a sério
22h: Ácido
23h: Vinho, cocaína e maconha
23h30: Cocaína
00h: Hunter está pronto para escrever
00h às 6h: Vinho, cocaína, maconha, Chivas, café, cerveja, suco de grapefruit, Dunhills, suco de laranja, gim, sessão contínua de filmes pornográficos
6h: Banho de banheira, com champanhe e fettuccine Alfredo
8h: Halcyon
8h20: Pega no sono

Extraído do texto ‘Um Dia na Vida de Hunter Thompson’, do blog Vladivostok

Nascido em 1937, no Kentucky, interior dos EUA, Thompson estudou jornalismo na Universidade Columbia, em Nova York.

Era fã do escritor Ernest Hemingway. Em 1965, Carey McWilliams, até então editor da revista The Nation, sugeriu que Thompson escrevesse uma matéria sobre o fenômeno das gangues de motociclistas que surgia.

Era sobre os Hell’s Angels, gangue de motoqueiros que na época aterrorizava os Estados Unidos e era sinônimo de encrencas com a lei, drogas e violência. Thompson fez amizade com os motoqueiros, e os acompanhou por 18 meses, ao fingir ser um deles.

Assim, testemunhou os delitos, cotidiano e a maneira de ser naquele meio. Foi descoberto, apanhou e escreveu então seu primeiro livro: Hell’s Angels – Medo e Delírio Sobre Duas Rodas.

No meio do Verão, eu tinha me envolvido tanto com o ambiente dos desordeiros que não tinha mais certeza se estava fazendo uma pesquisa sobre os Hells Angel’s ou se estava, aos poucos, entrando para o grupo”.

Em 1972, em um Chevy vermelho, junto de seu fiel advogado, um samoano drogado de 150 quilos chamado Oscar Acosta, Hunter se manda para a cidade de Las Vegas, onde aconteceria um a famosa corrida de motos Mint 400.

Era para fazer matéria para a revista Sports Illustrated. Hunter parte de onde todos os autores de jornalismo literário estacionaram, e taca cerveja e uísque e toda uma constelação de anfetaminas, maconha, cocaína, haxixe, mescalina, LSD e até éter, e manda ver em textos paridos por essa monstro fodendo com sua cabeça.

Os textos são a tentativa de Hunter (e seu advogado samoano) para tentar cobrir a Mint, um evento esportivo grandioso para os americanos, e que nos anos 1970 era tão famosa quanto o Super Bowl, o evento esportivo mais visto e caro do planeta.

Não existe imisericórdia em Vegas. Vale a ética do tubarão: devorar os feridos. Nessa sociedade fechada, onde todos são culpados, o único crime é ser pego. Num mundo de ladrões, o único pecado capital é a burrice.”

Hunter Thompson e seu advogado, Oscar Acosta

Hunter gastou tudo que haviam lhe dado com drogas, carros, fez contas em bares, bordéis, hotéis e saiu sem pagar, arranjou problemas com a polícia e, para piorar, só chegou na corrida de motos quando esta já havia acabado.

Tudo movido pela busca desenfreada de experiências e a necessidade de relatar as loucuras vividas naqueles momentos.

Não pergunte como, mas uma revista terminou publicando, em 1971, em capítulos, o texto dos acontecimentos: a Rolling Stone. “A única revista dos Estados Unidos na qual eu poderia ter publicado o livro”, declarou Thompson.

Hunter Thompson
Em 1998, Terry Gillian [ex-Monty Python] dirigiu outra adaptação,”Medo & Delírio em Las Vegas” com Johnny Depp interpretando o Hunter, ops, digo, Raoul Duke [alter ego do jornalista], e Benício Del Toro como o advogado
Essa reportagem – livro posteriormente, chamado Medo e Delírio em Las Vegas – é um dos marcos da contracultura. Em 1998, o cineasta Terry Gillian (ex-Monty Python) dirigiu um longa-metragem baseado na obra, com Johnny Depp interpretando o Hunter, ou melhor, Raoul Duke (alter ego do jornalista), e Benício Del Toro como o advogado Oscar.

Foi nessa época que Thompson foi apresentado ao artista britânico Ralph Steadman. Ele viria a ilustrar seus livros de textos gonzo, adicionando assim, mais um ingrediente em sua fórmula: a ilustração nervosa, desmedida e surreal ao invés de fotografias.

Thompson nunca ia a campo acompanhado de fotógrafo. Preferia o ilustrador.

Provavelmente, por melhor que fosse o fotógrafo, nenhum conseguiria enxergar da maneira como Thompson enxergava os acontecimentos.

Hunter Thompson
Uma das ilustrações de Ralph Steadman

Thompson também alimentava interesse por esporte e política. Ao escrever o obituário de Richard Nixon na Rolling Stone em 1994, o descreveu como “um homem que pode apertar sua mão e o apunhalar nas costas ao mesmo tempo”.

Hunter S. Thompson não deixou descendentes na profissão, com diversos filhos bastardos que não chegam perto em talento.

Continuou com um estilo crítico e ácido, escrevendo para veículos como Playboy, Rolling Stone, San Francisco Chronicle, Esquire, Vanity Fair, entre outros.

Os textos jornalísticos de Hunter, publicados em revistas e jornais, está registrado no livro A Grande Caçada aos Tubarões, publicado nos Estados Unidos em 1979.

Ele comenta diversos aspectos das agitadas décadas de 60 e 70. Um destaque que interessa ao nosso texto: quando vivia em Copacabana, Rio de Janeiro, onde o jornalista morou e trabalhou como correspondente do Brazil Herald, um periódico diário publicado em língua inglesa no início da década de 1960, Hunter escreveu sobre o Rio, um ano antes do Golpe Militar.

A Avenida Copacabana está sempre cheia à noite, no estilo de Miami. Aliás, o Rio lembra Miami, fisicamente, mas o esmagaria num confronto espiritual”.

O Brasil gonzo da forma errada

Hunter Thompson
Hunter Thompson, ao relatar a campanha democrata e republicana para a presidência de 1972 — que resultou numa esmagadora vitória de Nixon, pouco antes do escândalo de Watergate — construiu um retrato agressivo dos mecanismos do poder e dos discursos dos seus candidatos. Os EUA é um país altamente militarizado. A dicotomia é poderosa nessa imagem: Como seria Hunter Thompson em 2020?

No jornalismo gonzo, os textos são quase sempre escritos em primeira pessoa. O objetivo não é apenas narrar fatos, mas relatar a experiência de um determinado indivíduo com eles.

O jornalismo gonzo hoje quase não existe, em sua forma pura e enviesada de maneira cáustica (mas sensata e honesta). O que temos sim, em bastante quantidade, é uma aberração distante mutante dela, que se encontra hoje no Brasil com enorme facilidade.

A presença de Hunter e seu jornalismo gonzo é trazido aqui ao Brasil e neste texto como como uma perversão de análise– o antes sempre focado no “eu”, se transforma em “nós” — o nós contra eles, sendo eles, qualquer um que esteja em outro espectro de pensamento, e o nós, massa social alimentada pela rede social da vez.

As opiniões não são mais formadas com a leitura de jornais e revistas, como o estudo da Reuters mostra, nem com uma simples conversa de bar.

As redes sociais são a fonte da vez, muitos deles atrelados a novos tipos de blogs de não-jornalistas militantes (uma moda lançada pelo PT nos anos 00, aliás), que trocam informações de todo tipo, e abastecem uma população ávida por informações que corroborem o que elas acham, e não o que de fato seja as que espelham a realidade.

Elas confiam mais na informação que circula na rede do que aquela publicada pela grande mídia.

Legado e mudança do jornalismo

O site Vox publicou um longo e interessante artigo com considerações atuais sobre o jornalismo. A autoria é de Ezra Klein. “A mídia está mudando porque o mundo está mudando“, e ele identifica algumas tendências:

> O modelo sustentado por um monopólio de anúncios locais colapsou na era digital, pois a guerra por atenção é nacional / global, e os principais jornais concorrem por assinantes com centenas de veículos por essa atenção;

> O modelo local era baseado na cobertura de um certo lugar. O modelo nacional é sobre garantir a audiência de um certo tipo de pessoa, o que coloca mais pressão sobre suas decisões editoriais;

> Os EUA estão num momento de rápida mudança demográfica e geracional. A geração millenials já são maioria, e eles são muito mais diversos e “liberais” (no sentido político americano)

O glamour jogado em cima de Hunter com o passar dos anos — o cara trampou no auge do jornalismo — os anos 70, 80 e 90, nas principais publicações impressas americanas — e isso se encarregou de deixá-lo com um brilho de requinte rococó maluco e genialidade de texto.

Tanto que muitos se consideram seguidores dele, o que pode render momentos de vergonha alheia imenso para quem é da área, e vê o rolê sendo pretensamente rotulado, e até mesmo auto-intitulado, como jornalismo gonzo.

É preciso cuidado para não perder tempo com obras genéricas e de qualidade duvidosa.

A palavra “gonzo” tem significado controverso. Depois de ler um texto de Hunter, um repórter chamado Bill Cardoso teria comentado: “Não sei o que está fazendo, mas você mudou tudo. Isso está totalmente gonzo“.

A palavra em si, de acordo com Bill, vem de uma espécie de competição de bebedeira em que o último a cair é o gonzo.

Em 1979, o Dicionário Webster’s definiu “gonzo” como “algo bizarro; desenfreado; extravagante; estilo pessoal de jornalismo”, definições que retratam não só a obra, como o próprio Hunter Thompson.

No início de 2005, enquanto conversava ao telefone com a esposa, Hunter, que sobrevivera a overdoses no passado, se matou com um tiro na cabeça, em seu sítio, nos EUA. Era 20 de fevereiro e Hunter tinha 67 anos.

Deixou a viúva e seu filho Juan. Escrevia para o site do canal esportivo ESPN, uma coluna intitulada “Rey Rube!”. Suas últimas palavras antes de  carregar a arma e puxar o gatilho foram: “Gonzo has left the building” – em tradução livre, “O gonzo está deixando a arte”.

Hunter Thompson deve ter copiado Hemingway, que em 1961 também se matou com um tiro de fuzil.

Suas cinzas foram disparadas de um canhão, ao som de Mr. Tambourine Man, de Bob Dylan.

Hunter Thompson
“Em 1966, começavam a surgir feitos de reportagem extraordinários, espetaculares. Ali estava uma raça de jornalistas que, de alguma forma, tinha capacidade de penetrar em qualquer ambiente, até nas sociedades mais fechadas, e lutar pela vida. (…) Mas, nesse ano, a Medalha de Honra de melhor de todos os escritores freelances foi para um jornalista chamado Hunter Thompson, que rodou com os Hells Angels durante dezoito meses – como repórter e não como membro, o que teria sido mais seguro – a fim de escrever Hells Angels: Medo e delírio sobre duas rodas”. – Tom Wolfe

/ HUNTER NO BRASIL. No Brasil, há algumas obras publicadas de Hunter Thompson. Hell’s Angels: Medo e Delírio sobre duas rodas saiu pela editora LP&M, assim como Medo e delírio em Las Vegas: Uma jornada selvagem ao coração do sonho americano, que a editora Conrad também publicou. Essa mesma também publicou Rum: Diário de um jornalista bêbado. Reino do Medo: segredos abomináveis de um filho desventurado nos dias finais do século americano saiu pela Companhia das Letras, e mais dois livros pela Conrad, A grande caçada aos tubarões e Screwjack, completam a obra de Hunter Thompson no Brasil.

/// HEMINGWAY. Ernest Hemingway foi jornalista antes de ser um escritor celebrado. Em sua matéria “Os Hotéis na Suíça“, para o The Toronto Star Weekly, publicado em 4 de março de 1922, ele escreveu:

O suíço não faz qualquer distinção entre um canadense e um americano. Isso chamou-me a atenção e perguntei ao gerente de um hotel se ele não notava qualquer diferença entre as pessoas dos dois países. ‘Monsieur’, – disse ele – ‘a única diferença é que os canadenses falam inglês e ficam sempre mais dois dias que os americanos em qualquer lugar. Mais nada.’ Os gerentes de hotel, costuma-se dizer, são pessoas muito sábias. Mas todos os americanos que encontrei até agora estavam muito aterafados aprendendo a falar inglês. Ao que consta, Harvard teria sido ate fundada com esse propósito, de maneira que se o pessoal dos States algum dia conseguir abrandar a marcha, os gerentes de hotel terão de descobrir algum novo teste.”

/// DADOS JORNALÍSTICOS DE 2020. O estudo da Reuters, bastante rico, pode ser acessado aqui. Há dois artigos de fôlego sobre jornalismo no blog, um que fala de jornalismo de dados e outro sobre o poder da critica. No blog Destrutor, há dois  artigos sobre jornalismo que enriquecem essa matéria que você deve conferir — um sobre dados e seu futuro, outro sobre o poder da crítica.

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