Quando James Cameron lançou o filme Exterminador do Futuro em 1984, não criou apenas um dos filmes mais famosos do cinema de ação.
Ele embaralhou as as cartas do gênero terror e slasher e acrescentou ficção científica, viagem no tempo e um romance paradoxal que ajudam a tornar o longa uma das mais interessantes e poderosas obras da cultura pop.
O Exterminador do Futuro ressignifica algo da mitologia judaico-cristã ao mostrar Sarah Connor, uma jovem que será mãe de um salvador, John Connor (mesmas iniciais de Jesus Cristo), cujo pai é Kyle Reese, soldado do futuro que veio proteger Sarah do arauto do apocalipse, o Exterminador (cuja verdadeira face é uma caveira, símbolo da morte em muitas culturas).
O trabalho do profissional de efeitos especiais Stan Winston ao criar o robô T-800, o Exterminador do Futuro, ainda é crível e estiloso.
O pesadelo metálico de um esqueleto mecânico animado, que não dialoga ou argumenta, é a síntese do pensamento puro assassino das máquinas, que desejam erradicar a humanidade antes mesmo dela ter alguma chance.
Tech Noir, nome de uma boate que aparece no filme, é quase um termo próprio de Cameron para o estilo cinematográfico que criou em O Exterminador do Futuro. Indo além do horror ou slasher, se torna algo mais próximo de Blade Runner: O Caçador de Androides (1982). Androides que, aqui, graças ao trabalho de Winston, é bem mais visceral e gráfico.
Cameron no cerne de seu filme cria uma história de amor, em meio a um paradoxo temporal de ciclo fechado do destino inevitável. Não há como alterar o futuro, e tudo que fazemos agora é apenas cumprir o destino para realizá-lo.
Quando Reese e o Exterminador retornaram no tempo, apenas cumpriram seus papéis na engrenagem imutável do tempo.
Mas há muito mais para mergulhar em Exterminador do Futuro além dos paradoxos temporais. A esperança inabalável da humanidade no mais importante sentimento possível: o triunfo da vida e do amor.
O Exterminador do Futuro
(The Terminator, 1984, de James Cameron)
Tudo começa na cidade de Los Angeles do ano 2029. É noite, tudo cinza e azul escuro, e em meio a ruínas e fumaça, tudo que vemos é um cenário de completa destruição.
Vemos também naves em pleno voo, atirando, lagartas de blindados esmagam crânios humanos, soldados correm e atiram, fugindo de tiros das aeronaves.
Nada faz muito sentido, até termos o texto de introdução, que adverte que a “batalha final” será na noite de hoje…
Créditos impactantes com as fontes do título original, The Terminator (“O Exterminador” que aqui ganhou o complemento “…do Futuro”), nos fazem entender que veremos mais mortes…
Estamos de novo em Los Angeles, mas em 12 de maio de 1984.
Às 1h52, vemos o surgimento de um homem enorme (Arnold Schwarzenegger) em meio a uma tempestade elétrica, saído de uma esfera de luz.
Surge nu. Sorumbático, se aproxima de 3 punks para pegar suas roupas, arrancando o coração de um deles na luta. Os atores David Kristin, Bill Paxton e Brian Thompson interpretam os punks.
Outro homem nu surge em um beco, um jovem loiro (Michael Biehn). Ele arranca as calças de um mendigo e é perseguido pela polícia.
Atenção para o cenário caindo aos pedaços, cheio de outros mendigos. James faz de 2029 e 1984 o mesmo mood visual, tudo é precário. O loiro consegue até arrumar uma espingarda calibre 12 da viatura. > Momento 1 que a polícia deveria ficar em alerta máximo <
A primeira coisa que ele faz é procurar nomes na lista telefônica: Sarah Connor, onde acha 3 com esse nome. A narrativa muda então para uma moça, aparentemente ordinária, atendente de um restaurante, uma simples garçonete. Ela é uma das Sarah Connor (Linda Hamilton).
Assim, o filme de James Cameron divide a narrativa com esses três personagens.
O brutamontes rouba um carro, mata um dono de loja de armas para se apoderar de um monte delas > momento 2 que a polícia deveria ficar em alerta máximo < , e também procura as Sarah na lista telefônica.
E ele tem sucesso em matar uma delas! > Momento 3 que a polícia deveria ficar em alerta máximo <
A garçonete Sarah Connor vê a notícia do assassinato de uma de suas xarás na TV, mas não dá muita bola.
O homem loiro dorme dentro de um carro roubado (ninguém deu queixa?) e sonha. Ou tem lembranças? Cenas muito legais de combate no futuro, onde sabemos que o jovem é um soldado dessa guerra futurista.
Dois tiras sensacionais são apresentados por Cameron: o tenente Ed Traxler (Paul Winfield) e o detetive Hal Vukovich (Lance Henriksen). Hal mostra para Trexer a documentação do assassinato de uma Sarah Connor, e de outra com o mesmo nome.
Eles já desconfiam do que pode ser — um assassino serial com fixação de nomes ou da lista telefônica? — mas não conseguem entrar em contato com a garçonete Sarah em sua casa (na verdade um apartamento que divide com uma amiga).
Sarah leva um fora num encontro, e sai comer algo sexta à noite. Quando ela vê na TV a notícia do assassinato da segunda Sarah Connor, começa a ficar perturbada. Ela percebe que o loiro está a seguindo, e procura refúgio numa boate, a Tech Noir.
Nesse momento, uma viatura sai da vigilância do apê da Sarah, e é a deixa para o brutamontes chegar no local, onde ele, infelizmente, mata Ginger (Bess Motta), a roommate de Sarah, e o namorado dela, Matt (Rick Rossovich).
Da boate, Sarah tentou ligar para a polícia, mas não conseguiu. Ela então liga para Ginger, bem na hora que ela estava sendo morta, e sua voz cai na secretária eletrônica.
É quando entendemos que o brutamontes não sabia a feição do seu alvo. Sarah pede que a busquem na boate, e é a deixa para o assassino ir atrás delas.
Cameron faz uma sequência incrível na boate (claro que o assassino chegou lá antes da polícia). Música, tensão, olhares, galera dançando. E Sarah acaba cruzando olhares com o rapaz loiro.
O brutamontes consegue achar Sarah antes, numa cena das mais tensas, com a mira laser em sua cabeça. O loiro a salva por frações de segundos, atirando no cara umas 5x nele com sua espingarda calibre 12.
O brutamontes levanta como se não tivesse acontecido nada. E o loiro exige que a moça o acompanhe para salvarem suas vidas.
É nessa hora que em Exterminador do Futuro percebemos que tudo parece ser algo mais que uma trama de assassinato slasher. James Cameron mostra o que parece ser a visão computadorizada do brutamontes perseguindo o casal.
O loiro e Sarah fogem com um carro que arrumam do nada, e o cara finalmente se apresenta. Ele é Reese, e também informa sobre o outro cara. Diz que ele é um Exterminador, um modelo de cyborg da Cyberdyne, modelo 101.
Sarah custa a acreditar, e tudo piora quando ela diz que não existe tal tecnologia, ao que Resse responde dizendo que ambos são do futuro. A moça até morde a mão do cara para tentar escapar, mas no final fica relutante e decide ficar com ele mesmo.
Reese diz que ela não pode fazer acordos com o Exterminador, que ele é uma máquina que não sente pena nem remorso. O Exterminador os persegue de dentro de um carro da polícia > momento 4 que a polícia deveria ficar em alerta máximo < , mas perde a pista do casal.
Reese diz que tudo no planeta será arrasado em uma guerra nuclear dentro de alguns anos (não diz a data), graças a computadores do sistema de Defesa Militar que ficaram inteligentes, construídos pela Cyberdyne para o Norad, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte.
Esse sistema assume o comando das decisões estratégicas dos Estados Unidos, e destrói tudo, implicando no que parece ser a ativação e detonação de bombas atômicas por todo o globo usando o conflito da Guerra Fria dos EUA com a União Soviética – URSS.
Há campos de extermínio para os humanos que sobraram, e os poucos poupados são obrigados a carregarem os cadáveres. Mas um homem ensinou os sobreviventes a resistir contra as máquinas assassinas. John. John Connor.
O filho que Sarah Connor terá um dia.
O Exterminador os encontra pela segunda vez, e na perseguição, batem o carro, momento que são presos pela polícia.
É mais uma deixa de Cameron para o espectador, em uma jogada genial do diretor. Ele usa o psiquiatra forense dr. Silberman (Earl Boen) para tentar determinar se Reese é louco, com todas as explicações que ele dá sobre o futuro de onde veio.
Sarah fica arrasada com a notícia do assassinato de Ginger e Matt, e Traxler e Hal, é claro, não acreditam em nada do que Reese diz.
O cara diz que é um soldado, um “sargento Techcom, identificação BN 38416, da companhia 130, sob comando de Perry (capitão), de 2021 a 2027” e que estavam na batalha final da guerra, quando venceriam as máquinas.
Mas a Skynet (o comando das máquinas) sabia que ia perder. Por isso, ela fez uso de um equipamento de viagem no tempo para mandar um Exterminador e matar Sarah antes dela dar a luz ao líder da resistência que os destruiria.
Nada inorgânico pode fazer a viagem temporal (algo relacionado à campos elétricos que apenas um organismo vivo geram) mas como o Exterminador tem seu esqueleto mecânico coberto por carne, pele, etc, isso é contornado.
A Skynet não tinha arquivos o suficiente para determinar com exatidão quem era Sarah Connor (nem mesmo sua aparência), mas tinha seu nome (incompleto) e a localidade onde se encontrava.
Mais importante: James determina aqui, em seu primeiro filme, que não seria mais possível outras viagens temporais, pois a Resistência destruiu a máquina do tempo da Skynet depois que Reese a usou.
Há 30 tiras na delegacia, e nem mesmo isso vai impedir o Exterminador de pegar Sarah Connor.
E é isso que acontece mesmo.
O Exterminador mata todos, TODOS OS POLICIAIS DA DELEGACIA.
É um verdadeiro massacre, que deveria ser assunto de segurança nacional: FBI, Exército, até a CIA.
Mas o casal consegue fugir.
Cameron começa a nos deixar mais íntimos do casal, ao mesmo tempo deles mesmos. Quando Sarah adormece nos braços de Reese, que a protegia do frio, ela “sonha com lembranças” do soldado, em um devaneio de liberdade criativa bem natural e que nos pega sem saber.
Estamos nos subterrâneos do futuro, naquela que é a rotina da vida de merda de Reese.
Voltar do combate, passar pela segurança (que usa cachorros para identificar Exterminadores), crianças sem esperanças, homens caçando ratos para comer.
Reese se conforta com uma fotografia. Nela, ninguém menos do que Sarah.
Se tudo isso não fosse suficiente, aparece um Exterminador infiltrado (interpretado por Franco Columbus), que começa a massacrar geral. Reese escapa, mas sua foto se perde em meio ao fogo que o robô assassino provoca no local.
Sarah acorda nos braços de Reese, e eles dão um jeito de conseguir um quarto num hotel de beira de estrada. E ela liga para sua mãe para dizer onde está. Mas muito convenientemente, o Exterminador previu que ela faria isso.
Então lá estava ele esperando a ligação, se fazendo passar pela mãe, reproduzindo a voz dela com perfeição. E claro, a velha está morta.
Na noite que se passa, Reese acaba por revelar para Sarah que a ama, que voltou no tempo por ela. Na mesma hora ele se arrepende de ter dito isso, mas Sarah parece corresponder e, com efeito, eles transam.
E transam como pouco se vê no cinema (uma cena cortada incluiu até uma masturbação!).
Quando acordam, o Exterminador estava no lugar já — latidos de um cachorro entregam isso.
Cameron faz uma sequência incrível de perseguições — Exterminador de motoca x carro do casal e caminhão do Exterminador x casal a pé.
No fim delas, é o momento de uma das revelações mais legais do filme e do cinema. O casal consegue explodir o caminhão com o Exterminador dentro, o que é a deixa para finalmente vermos seu esqueleto metálico, naquele que é um dos designs mais legais da indústria do cinema.
O Exterminador persegue Sarah e Reese até uma fábrica. Lá, Reese, já muito ferido, tenta lutar contra sozinho contra o Exterminador, e até consegue explodir metade dele, mas infelizmente morre devido aos ferimentos.
E Sarah tem que lutar sozinha pela sua vida. Ela se recusa a morrer, e consegue exterminar o Exterminador com outra máquina, uma prensa mecânica enorme que esmaga o robô.
O longa-metragem de James Cameron termina com uma Sarah na estrada, em um jipe esportivo, na companhia de um cachorro pastor alemão e armas.
E ela está grávida de Reese.
É o fim da tarde de 10 de novembro, em um local ermo no que parece ser a fronteira dos Estados Unidos com o México, com uma tormenta se aproximando.
Ela grava fitas K7 que deixará para John, inclusive dizendo que Reese é o pai dele, comentando sobre o paradoxo temporal ao ter que mandar ele de volta no tempo para ele existir.
A vida é um loop.
Sarah, triste de lembrar de seu amado Reese, um garoto por acaso registra seu semblante numa foto, que, no futuro, será do próprio Reese.
O Exterminador do Futuro termina com Sarah indo em direção à tempestade...
A Construção da Exterminação
James Cameron só tinha um filme no currículo quando fez seu Exterminador do Futuro, o péssimo Piranhas 2 – Assassinas Voadoras (1978), com Lance Henriksen no elenco.
O diretor diz que a ideia para fazer o filme do Exterminador veio de um pesadelo que teve, sobre um torso metálico saindo do fogo, quando estava em Roma, em plena campanha de lançamento de Piranhas 2.
Foi difícil essa ideia de James vingar. Nem seu agente acreditava nele, o que lhe custou sua demissão, tamanha a gana que Cameron depositou na ideia.
James estava na pindaíba, sem agente e dormindo dentro do carro (!). Procurou um amigo, William Wisher Jr., para lhe ajudar no roteiro (ele co-escreveria também a continuação), e sua insistência chamou atenção de Gale Anne Hurd, que saíra de seu trabalho de assistente executiva de Roger Corman para abrir sua própria empresa cinematográfica de produção, a Pacific Western Productions.
Ela aceitou entrar no barco e, com efeito, até se casou com Cameron.
Também graças à ela, a produtora Orion Pictures entrou no filme — que já tinha feito nada mais nada menos do que Blade Runner, dois anos antes.
Schwarzenegger foi chamado para uma audição para o papel de Kyle Reese e Cameron não havia gostado dele, mas curtiu suas ideias quando o ator começou a falar sobre o que pensava que poderia ser o Exterminador.
O ator austríaco então ganhou esse papel, que também estava sendo disputado por Lance Henriksen, ator e amigo de longa data de James, que acabou com o papel do detetive Hal (uma das artes conceituais que o próprio James fez tinha Lance caracterizado como Exterminador).
James Cameron cita os filmes Mad Max 2: A Caçada Continua (1981) e Caçador de Morte (1978) como influências para filmar seu Exterminador do Futuro, mas a real origem da história do Exterminador do Futuro é polêmica.
A trama guarda grandes semelhanças com a saga Dias de um Futuro Esquecido, história em duas partes escrita pelo roteirista Chris Claremont e o artista John Byrne, para as edições Uncanny X-Men #141-142, de 1981, da Marvel Comics.
Na história, os mutantes tem a ideia de viajar no tempo para impedir um futuro pós-apocalíptico dominado por máquinas assassinas — os Sentinelas, no caso.
Harlan Ellison (1933-2018), consagrado escritor de ficção científica, identificou plágios em O Exterminador do Futuro, especialmente de dois episódios que escreveu para o seriado de TV Quinta Dimensão (1964): os episódios Soldier e Demon with a Glass Hand (1964).
Fora isso, o termo Skynet já tinha aparecido em uma história curta do autor, I Have No Mouth and I Must Scream.
Um acordo fora dos tribunais, à revelia de Cameron e por medo do estúdio, enterrou qualquer problema que Harlan pudesse a vir provocar, e ele aparece até creditado no filme.
Os trabalhos de Ellison somam quase 2 mil contos, novelas, roteiros, roteiros de quadrinhos, roteiros utilizados na produção de peças de TV, ensaios e críticas que abrangem literatura, cinema, televisão e mídia impressa. Ele ganhou vários dos maiores prêmios da área, como Hugos, Nebulas e Edgars.
James Cameron tinha criado algo bem mais elaborado para seu filme em termos de roteiro. De início, seriam 2 Exterminadores e 2 soldados da Resistência em 1984.
Um dos soldados morreria durante a viagem no tempo, e o outro robô seria feito de metal líquido, capaz de alterar sua aparência física.
Cameron considerou fazer uma animação em stop-motion para o segundo Exterminador, mas os resultados não ficariam bons o bastante para o preciosismo do diretor, dado o tempo da produção e janela de lançamento do longa.
Por isso, ele limou metade da história. Poucos anos depois, já em O Segredo do Abismo (1989), Cameron conseguiu criar efeitos incríveis parecidos com o que queria, como o alien e veículos formados de água “dobrada” vistos no longa.
Foi ideia de Gale limar o Exterminador de metal líquido para reduzir custos. Essa divisão permitiu que o artifício fosse usado na continuação, também produzida por ela, que ganhou mais tração e prestígio ainda, o que possibilitou a Gale se tornar um dos maiores nomes de produção cinematográfica nos bastidores hollywoodianos.
Outros detalhes foram alterados no roteiro final do primeiro Exterminador, como uma Sarah Connor com pinos de cirurgia nas pernas, devido a um acidente que tinha sofrido.
A Skynet não sabia qual das 3 Sarah Connor era a mãe de John, mas sabia que em algum momento ela tinha os pinos.
Então, o Exterminador teria que verificar isso nos cadáveres. Parte disso ainda está presente na novelização do filme, com Sarah tendo os tais pinos na perna exatamente depois de sua luta final com o Exterminador.
Duas cenas gravadas e finalizadas, mas deletadas no corte final, explicam mais da mitologia criada por James Cameron para Exterminador do Futuro.
A primeira delas é emblemática: a fábrica onde se dá a luta final de Sarah e Reese contra o Exterminador é a Cyberdyne Systems, a empresa de tecnologia que no futuro vai criar a Skynet.
Outra cena cortada mostra dois engenheiros da companhia recolhendo um chip do robô destruído, definindo assim outro ciclo fechado de destino inevitável à franquia: a Skynet é criada quando manda um robô ao passado, que proverá a tecnologia necessária para ela mesma existir, num paralelo ao paradoxo de Kyle Reese, o pai retroativo de John Connor.
O display de visão do Exterminador foi escrito em linguagem assembly em um microprocessador MOS Technology 6502. A moto dele é uma Honda CB750 Four, enquanto que Sarah tem uma scooter Honda Elite para passear.
As armas que o T-800 usa: uma pistola AMT (Arcadia Machine & Tool) 1911 calibre.45 Long Slide com mira laser, um revolver Smith & Weasson calibre.357 Mag, uma sub-metralhadora Uzi 9mm, uma 12 SPAS e um rifle AR-18.
Um dos recursos usado pelo editor do filme, Mark Goldblatt, foi usar um frame branco brilhante antes das explosões acontecerem para maximizar os impactos gráficos.
O mesmo truque, que foi do agrado de Cameron, aparece em seu filme Aliens: O Resgate (1986), onde o diretor de novo trabalhou com os atores Michael Biehn, Lance Henriksen e Bill Paxton.
Mark Goldblat editou a maioria dos grandes filmes de ação dos anos 1980 e 1990, e dirigiria o filme do Justiceiro em 1989.
O JUSTICEIRO DE DOLPH LOUDGREN | “Quando Máquina Mortífera encontra Robocop”
Paxton faria vários filmes de Cameron depois, como Titanic (1996), e Brian Thompson seria o intérprete de um caçador de recompensas alienígena no seriado Arquivo X (1992-2016), em um papel bem parecido com o do Exterminador.
ARQUIVO X | Como a série criou uma das melhores mitologias da cultura pop
Foram assassinadas 27 pessoas no longa, com a contagem podendo chegar a cerca de 40 dependendo dos fatos.
Os mortos com certeza: um dos punks (Brian Thompson); o dono da loja de armas; 2 Sarah Connor; Matt e Ginger; 3 frequentadores da Tech Noir; 17 policiais na delegacia (o Tenente Traxler diz que tem 30 ali, mas o número de 17 é detalhado no segundo filme) e a mãe de Sarah.
Há ainda dois soldados da Resistência no flashback de Reese (uma mulher morta com laser e outro cara na picape) e várias pessoas pelo outro Exterminador, quando o robô assassino invade o bunker. Esse Exterminador é interpretado pelo ator Franco Columbu.
O ator Sylvester Stallone foi considerado para ser o T-800, mas isso não foi para frente. Um ano depois do Exterminador, James Cameron escreveu o roteiro de Rambo II: A Missão (1985), que fez a fama de Stallone para sempre nos cinemas.
Além dele, os atores Ron Perlman, Stephen Lang, Chevy Chase, Michael Keaton e Alec Baldwin foram considerados para o papel do Exterminador.
Depois que aceitou Schwarzenegger, Cameron viu Conan, o Bárbaro (1982), que tem apenas 24 linhas de diálogo do personagem principal, e ele decidiu usar esse mood em seu filme, onde tem apenas 14.
A criação do robô é de Stan Winston, supervisor de efeitos visuais, maquiagens e diretor de filmes. Antes de O Exterminador do Futuro, fez trabalhos em O Enigma de Outro Mundo (1982) e Sexta-Feira 13: Parte III (1983).
Depois do Exterminador, Winston fez Aliens – O Resgate (1986), esse também dirigido por Cameron; Predador (1987), onde criou outro monstro icônico dos cinemas; Edward Mãos de Tesoura (1990); O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final (1991), também dirigido por Cameron, onde Stan ganhou 2 Oscar; Jurassic Park (1993), onde também ganhou o Oscar; Entrevista com o Vampiro (1994); T2 3-D: Battle Across Time (1996), uma atração-brinquedo, criada por James Cameron para o parque de diversões da Universal, uma espécie de continuação do Exterminador 2 (!), com o T-800 e John Connor indo para o futuro (!!) destruir o cérebro da Skynet (!!!), protegida pelo T-Meg (1 milhão), uma aranha gigantesca de metal líquido (!!!!); O Exterminador do Futuro 3 – A Rebelião das Máquinas (2003); Constantine (2005); Homem de Ferro (2008); Exterminador do Futuro 4 – A Salvação (2009) e muitos outros.
A mitologia do Exterminador do Futuro
A mitologia de Exterminador do Futuro foi expandida em diversas novelizações, livros originais, quadrinhos (por várias editoras americanas, como a Now Comics, Malibu, Dark Horse, IDW, Dynamite) e videogames.
Todos eles continuam os eventos do primeiro filme e expandem acontecimentos, bem como detalham eventos anteriores ao que vemos no longa.
Isso também aconteceu em todos os outros 5 filmes lançados da franquia.
A contagem de todas essas obras passa de 100, entre continuações, adaptações, expansões e até crossovers, como os de Transformers e Robocop, e é virtualmente impossível até para a Skynet fazer uma compilação resumida de tudo que já foi publicado a respeito.
Mas podemos destacar algumas obras.
Exterminando nas HQs
A mais relavante é The Terminator: All My Futures Past (1990), minissérie em duas edições da Now Comics, escrita por Chuck Dixon e ilustrada pelo artista Diego Delsol.
Ela nos oferece todo o caminho percorrido por John Connor como líder da Resistência no futuro até os momentos fatídicos de derrota da Skynet, com o Exterminador e Kyle Reese viajando no tempo para dar início aos eventos do primeiro filme.
É muito legal ver Reese se preparando para retornar no tempo, por exemplo.
Em The Terminator: 1984-2029, publicado pela Dark Horse em 2010, escrita por Zack Whedon e desenhada por Andy McDonald, temos a aparição de Ben, outro soldado da Resistência, amigo de Kyle, também enviado à 1984.
E, para surpresa de uma Sarah quase prestes a dar a luz, ele tem informações importantes a respeito de Reese, que ainda pode estar vivo depois de tudo que aconteceu.
Um crossover que merece destaque é Robocop vs. Exterminador, escrito por Frank Miller e desenhada por Walt Simonson, publicado em 1992 pela Dark Horse.
O grande artista dos quadrinhos amarra a origem da Skynet ao cérebro humano computadorizado do policial Alex Murphy, e o mundo do futuro jamais será o mesmo. História divertida com desenhos sensacionais de Simonson.
Exterminando nos videogames
The Terminator (1991), videogame para os computadores DOS, produzido pela Bethesda Softworks LLC, foi a primeira tentativa canhestra de dar ao primeiro filme um jogo.
No caso, temos uma adaptação 3D primária sem renderização com gráficos pobres que imitam uma cidade. Pode-se escolher ser o Exterminador ou Kyle Reese, em buscas de pistas do paradeiro de Sarah Connor, matando inimigos e escapando da polícia.
A softhouse Radical Entertainment Inc. tentou produzir um videogame mais próximo do que é primeiro filme para o console de 8-bits da Nintendo, o NES (conhecido como Nintendinho no Brasil), e a Mindscape lançou esse game, The Terminator, no final de 1992.
Controlamos Kyle Reese ainda no futuro, depois tentando salvar Sarah (que nem aparece) do Exterminador.
Ele enfrenta o robô assassino e policiais em diferentes cenários de Los Angeles, como prédios, ruas, a delegacia, além de uma perseguição porca de carros. O final também é com Reese, que esmaga o Exterminador na prensa, no lugar de Sarah.
Já a Probe Software produziu outro videogame para o Mega Drive, console de 16-bits da Sega, e a Virgin Games o lançou como The Terminator ainda em 1992. Esse jogo ainda recebeu adaptações para o Master System (console de 8-bits da empresa) e o Game Gear (videogame portátil da Sega).
A versão do Mega tem gráficos muito legais, que reproduzem com sprites várias imagens do filme, e ainda que tenha jogabilidade ruim (os ataques de granada de Kyle no futuro parecem a de um jogador de handball de várzea), ainda diverte de alguma maneira.
Quando está em 1894, Reese tem que fugir de policiais e helicópteros pelos prédios, seguindo os acontecimentos do filme.
Destaque para a ação ocorrida na delegacia, com Kyle tendo que escapar dos policiais, criminosos, punks e do Exterminador. O final faz Sarah ficar ausente para Reese ser o protagonista de novo, com ele matando o T-800 na prensa.
Em 1993, tivemos o lançamento daquele que é o melhor videogame do primeiro filme. The Terminator, produzido e lançado pela mesma Virgin Games, foi um lançamento exclusivo para o Sega CD, o aparelho add-on (suporte/acréscimo) da Sega, que usa mídia em CD, uma novidade na época.
São 10 fases detalhadas e bem animadas onde o jogador é Kyle Reese em terras devastadas do futuro, as ruas e prédios de Los Angeles, a boate Tech Noir, a delegacia e a fábrica no final. O formato de CD permitiu comprimir vídeos dos filmes, e várias cenas icônicas são reproduzidas aqui.
A trilha sonora, gravada no próprio CD, foi trabalhada em cima dos temas originais do longa, e remixadas em tons mais eletrônicos e com temática heavy metal, bem melhor até que outros games do gênero. Os gráficos mais bonitos e robustos são um atrativo à parte.
Quando viaja ao passado, enfrenta oponentes pelas ruas de Los Angeles, o T-800 na Tech Noir, além de criminosos, punks e policiais na delegacia. O final é na fábrica com o Exterminador, dessa vez deixando o final mais parecido com o do filme, com Sarah esmagando o robô na prensa.
Em The Terminador (1993), game de ação da Gray Matter e lançado pela Mindscape para o console de 16-bits da Nintendo, o Super Nintendo, controlamos Kyle Reese no futuro e em 1984, de novo contra vários criminosos e punks em cenários urbanos e prédios.
Temos uma das perseguições de carro do filme, e a última fase é na fábrica, onde ele morre para salvar a moça, quando o jogo se encerra.
Terminator: Rampage (1993), game de tiro em primeira pessoa da softhouse Bethesda Softworks LLC para os computadores DOS, põe o jogador em um paralelo terrível dos acontecimentos vistos no primeiro filme.
Para garantir sua sobrevivência a qualquer custo, a Skynet, logo depois de mandar o T-800, envia mais um robô para 1984, o Meta-Node, um modelo de infiltração, parecido com o T-800.
Ele cai no Deserto de Gobi (região norte da República Popular da China e região sul da Mongólia) e, desenhado para infiltração e construção, se apossa dos grandes depósitos de materiais da Cyberdyne Systems instaladas dentro das Montanhas Cheyenne (Colorado, EUA) onde começa a construir uma pré-Skynet e outros robôs, tentando antecipar o momento do apocalipse.
Ele fica quatro anos lá, até que um soldado da Resistência também aparece para tentar impedir essa ascensão a qualquer custo.
Doom, da ID Software, criado por John Romero e John Carmack, era o maior sucesso dos videogames no ano de 1993. Logo, Terminator Rampage era o Doom do Exterminador.
Alguma coisa relacionada ao primeiro Exterminador do Futuro no mundo dos videogames só foi reaparecer em The Terminator: Dawn of Fate (2002), lançado para os console de 128-bits da Sony, o PlayStation 2, e o X-Box, da Microsoft.
Nesse jogo desenvolvido pela Paradigm Entertainment Inc. e lançado pela Infogrames, temos contato com John Connor, o Líder da Resistência, bem como o capitão Perry, Kyle Reese e Catherine Luna, todos em luta contra as máquinas da Skynet na Guerra do Futuro.
No videogame controlamos os personagens em visão de primeira e terceira pessoa para avançar em 11 fases até o fatídico fim, quando Reese tem que retornar no tempo para impedir o T-800 de matar Sarah Connor, funcionando assim como uma prequel do primeiro filme de James Cameron.
Ainda no mundo dos videogames, o Exterminador/Franco Columbu que aparece nas lembranças de Kyle no filme aparece também no videogame Terminator 3: Rise of the Machines, lançado em 2003 para os consoles de 128-bits PlayStation 2, X-Box e o portátil da Nintendo Game Boy Advanced.
Continuando a Extermimação
James Cameron retornou em 1991 para filmar a inevitável sequência do Exterminador do Futuro, afinal, nada mais lógico do que a Skynet mandar outro Exterminador para matar Sarah Connor, já que o primeiro falhou.
Mas é preciso contradizer e esquecer o próprio diretor, já que ele nos informa no primeiro filme que Reese foi o último a usar a máquina do tempo, já que ela foi destruída para que a Skynet não mandasse mais ninguém.
De qualquer forma, O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final é tão bom que supera com folga a velha máxima de continuação inferior à original. Um dos melhores filmes de todos os tempos, sem dúvidas.
Schwarzenegger retorna como um Exterminador do Futuro reprogramado para proteger John Connor, interpretado dessa vez por Edward Furlong.
Linda Hamilton retorna como Sarah Connor, dessa vez empoderada como uma das mais fodassaralhas personagens feminina que o cinema de ação já teve.
Quem os caça é o T-1000, interpretado por Robert Patrick, o frio e poderoso Exterminador feito de metal líquido.
Destaque para o vislumbre de um John Connor adulto, interpretado por Michael Edwards.
Cameron retomou a ideia da Cyberdyne-Exterminador-Skynet aqui, com Sarha querendo destruir a Cyberdyne antes dela ser criada.
O fato do primeiro filme dizer que nada morto pode ser enviado de volta no tempo não tem base científica, e serve apenas como desculpa para Reese não ter vindo com alguma arma futurista que poderia destruir o Exterminador em minutos.
A explicação dada no filme, que o T-800 é revestido de carne viva, o que permite que ele viaje no tempo, nos leva a crer que então armas e dispositivos poderiam ser enviados envoltos em…carne?
E como o T-1000 resolveu isso? Ele parece carne, mas é uma simulação metálica…
Cameron perdeu os direitos sobre a franquia como parte de seu divórcio de Linda Hamilton (a própria Sarah Connor), e fora de suas mãos, a franquia reapareceu só em 2003, com o fraquíssimo O Exterminador do Futuro 3 – A Rebelião das Máquinas (2003), dirigido por Jonathan Mostow.
Arnold Schwarzenegger retorna como Exterminador do Futuro, outro robô programado para proteger Katherine Brewster (Claire Danes), a esposa de John Connor, dessa vez interpretado por Nick Stahl.
Kate é tão importante quanto John, e ambos são caçados pela T-X, uma Exterminadora que mistura partes robóticas com metal líquido, interpretada por Kristanna Loken.
Sarah Connor está morta aqui, pois faleceu de leucemia, poucos anos depois do segundo filme. O filme é corajoso em seu final, com a destruição nuclear da Terra.
Entre 2009 e 2009, tivemos a série de TV O Exterminador do Futuro: As Crônicas de Sarah Connor, que ignora o terceiro filme e continua os eventos do segundo filme de James Cameron.
Sarah Connor (Lena Headey) tem que proteger seu filho John Connor (Thomas Dekker) de mais Exterminadores da Skynet, e conta com a ajuda da reprogramada Exterminadora T-900 chamada Cameron (Summer Glau), uma óbvia homenagem ao criador da franquia.
Foram 2 temporadas com 31 episódios, onde mais viagens no tempo, outros Exterminadores e soldados da Resistência vem e vão no tempo, numa trama bem confusa. Lena Headey se tornaria célebre na cultura pop quando interpretou Cersei Lannister, na série Game of Thrones (2011–2019).
Em O Exterminador do Futuro 4 – A Salvação (2009), a série de TV é ignorada, e retomamos a continuidade do terceiro filme. Dirigido por McG, temos Christian Bale como John Connor no futuro de 2018, já com mundo destruído e como líder da resistência.
Dessa vez a atriz Bryce Dallas Howard é Kate e um elemento inédito, o cyborg Marcus Wright (Sam Worthington), aparece para deixar tudo mais confuso na trama.
O filme também apresenta um jovem Kyle Reese (Anton Yelchin), além de mostrar a origem do T-800 (numa sofrível reprodução em CG de Schwarzenegger) e como Connor ganhou sua cicatriz na cara.
O filme passou por diversos problemas de produção e edição, e até o final foi alterado — Connor morreria e o cyborg Marcus assumiria seu lugar (e face).
Em Exterminador do Futuro 5 – Gênesis (2015), Alan Taylor é o diretor, e temos uma radical mudança de rumo na franquia. Alan mostra que, momentos antes de John Connor (Jason Clarke) enviar Kyle Reese (Jai Courtney) para 1984, o líder da Resistência foi atacado. E isso muda toda a timeline da franquia.
Quando ele chega na Los Angeles de 1984, já é atacado por um T-1000 (Byung-hun Lee) e tem que ser salvo por uma Sarah Connor (Emilia Clarke) já guerreira e um velho T-800 (Schwarzenegger), já cientes de tudo que aconteceria.
O ataque que Jonh sofreu foi de uma nova inteligência artificial, chamada de Genisys, que nada mais é do que uma nova Skynet. O filme é confuso e cheio de furos, e não fez sucesso.
De qualquer maneira, em O Exterminador do Futuro 5: Gênesis temos mais uma explicação a respeito da restrição de metal na viagem no tempo: que metais expostos causam uma reação catastrófica de superaquecimento, tal qual um microondas. Só não contem isso para o John Connor cyborg…
Em 2019 tivemos mais uma tentativa de fazer um filme. O Exterminador do Futuro 6 – Destino Sombrio foi dirigido por Tim Miller e produzido pelo próprio James Cameron. Ele é a continuação direta do segundo filme, e ignora tudo que já tinha sido feito até então.
Ainda nos anos 90, depois dos acontecimentos do segundo filme, um Exterminador T-800 (Schwarzenegger) conseguiu matar John Connor (Edward Furlong), o que deixa Sarah (Linda Hamilton) completamente desolada.
Mas parece que o tempo se ajustou, pois há uma nova salvadora de uma resistência futura, Daniella “Dani” Ramos (Natalya Reis), e tal qual John Connor, ela é alvo de exterminação, dessa vez por um Exterminador Rev-9 (Gabriel Luna), que serve a uma inteligência artificial chamada Legião (a Skynet não existe mais).
Uma soldada cyborg, Grace (Mackenzie Davis), volta no tempo para proteger Dani, mas Sarah Connor ainda está na ativa, como uma Caçadora de Exterminadores, e oferece ajuda à nova dupla para tentar descobrir o que está acontecendo.
Destaque para Arnold Schwarzenegger, o T-800 que matou John, e que ficou por aqui. Com o passar dos anos, ele “se reeducou”, se tornou pacífico, e toma lado na guerra. O filme, apesar de alguns acertos, não fez o sucesso esperado.
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