O MENINO E SEU CACHORRO | O estupro do futuro distópico de 2024

O Menino e seu Cachorro (1975) é um filme que antecipa diversos aspectos da mitologia cinematográfica que usa o futuro distópico apocalíptico, ao mesmo tempo que é extremamente problemático em várias dos temas, em especial o sexo, mais especificamente o estupro, um dos signos mais usados neste filme.

O garoto Vic vive em um futuro desolado depois da 4ª Guerra Mundial, atrás de mulheres para estuprar (!), onde nada é explícito, mas que é chocante.

Enquanto outros filmes imaginavam como seria um futuro pós-apocalíptico, nenhum foi tão extravagante ou simplesmente esquisito quanto O Menino e seu Cachorro, dirigido pelo ator L.Q. Jones. Acompanhado de seu cachorro, com quem conversa por telepatia (e só ele o escuta) nessa jornada, o menino (de 18 anos) vive em meio ao que restou da civilização: um amontoado de mendigos que parecem saídos de uma Nova York dos 1970 em busca de comida, e muitos homens querendo estímulos eróticos (!!), nos poucos cineminhas pornô vintage dos anos 1920 que sobreviveram depois da guerra (!!!).

O Menino e Seu Cachorro
O mundo destruído de 2024

Se a trama parece escrota e sem sentido, bem-vindo a 2024, ano que se passa o filme, e que infelizmente na realidade não deixa nada a desejar em outras situações tão escrotas e criminosas quanto.

Quando Vic finalmente encontra uma garota, ela está impecavelmente arrumada, linda e LIMPA. O filme causa um estranhamento com isso, que logo é explicado ao sabermos da origem da moça: uma sociedade subterrânea que emula os Estados Unidos dos anos 1950, e que esconde um segredo que faz referência ao tema sexual de O Menino e seu Cachorro.

Esta comédia sci-fi de humor negro é sem sombra de dúvidas uma canhestra experiência cinematográfica, e é impossível ficar indiferente a ela.

É uma estranha raridade de ficção científica setentista dirigida Jones, um ator clássico veterano de filmes e seriados do faroeste, que com um orçamento mínimo, e na cadeira de direção, conduziu um longa que, na verdade é a adaptação de uma novela de mesmo nome, do celebrado escritor Harlan Ellison, publicada em 1969.

O Menino e seu Cachorro
(A Boy and his Dog, 1975,
de L.Q. Jones)

É 2024. Humanidade não está apenas à beira da extinção – ela também enlouqueceu sexualmente. Nos desertos irradiados deixados pela 4ª Guerra Mundial, homens sobreviventes procuram recursos ou se abrigam em cinemas pornô improvisados. Enquanto isso, em bunkers subterrâneos, uma sociedade fechada improvisada tenta fingir que ainda é o Kansas dos anos 1950.

O Menino e Seu Cachorro
Na luta pela sobrevivência do mais forte, Vic tem a companhia de seu cachorro Blood, que consegue se comunicar telepaticamente

Esse é o mundo de Vic (interpretado pelo ator Don Johnson, que parece bem mais velho do que um garoto de 18 anos) e seu cachorro Blood (voz do ator Tim McIntire) habitam. O longa começa logo com o que quer representar: um saqueador que usa seu cão companheiro superinteligente para encontrar mulheres que ele possa usar para satisfazer sua libido.

E ele chega a encontrar, mas não antes de um grupo de caras selvagens. Temos o estupro e morte da garota off-câmera, e quando Vic acha o cadáver, ele fica triste pelo fato de terem retalhado o corpo da vítima (ele pode ser um estuprador, mas não um necrófilo — como se isso atenuasse algo).

A cultura de carro não está presente em O Menino e seu Cachorro, e todo mundo anda a pé por aí chinelando igual mendigo (inclusive nas vestimentas). Os eventuais conflitos são resolvidos na bala (pois é, armas têm, mas mulheres não).

Vic briga direto com Blood, ambos não concordam com nada, mas seguem companheiros — o vínculo telepático entre eles e a inteligência superior do cão nunca são explicados. Mas o que Blood faz é explicar para Vic/nós em aulas de história como que esse mundo se tornou o que é.

Timeline:

  • 1945: Presidência americana por Harry S. Truman
    1950: Tensões da Guerras Fria entre o Bloco Ocidental e o Bloco Oriental dão início a 3ª Guerra Mundial
    1953: Presidência americana por Dwight D. Eisenhower
    1961: Presidência americana por John F. Kennedy (ele não será assassinado em Dallas)
    1963: Presidência americana por Richard Nixon
    19XX: John F. Kennedy
    19XX: John F. Kennedy
    19XX: John F. Kennedy
    1983: O “Armistício Vaticano” encerra a 3ª Guerra, que durou 33 anos
    2006: Nasce Vic
    2007: Começa a 4ª Guerra Mundial. Cinco dias depois (tempo para os mísseis nucleares deixaram os silos) acaba a guerra (e o mundo)
    2024: Início dos eventos do filme

O mundo agora é “um mar de lama que pertence a quem for mais forte para dominá-la“, como o próprio longa deixa claro. Mas tudo muda quando Vic conhece e linda Quilla June Holmes (Susanne Benton), que estranhamente parece desejar seu abusador.

O Menino e Seu Cachorro
Uma moça indefesa é tudo que Vic quer

O “amor” não se concretiza pela aproximação de uma gangue de saqueadores, o que dá início a um tiroteio, e da chegada de “gritadores“, seres que berram sem parar e que parecem ser extremamente perigosos, mas que não vemos em nenhum momento (será que são pessoas radioativas e selvagens?).

Quilla, com sua estranha disposição para o abuso, representa tanto uma ameaça quanto uma oportunidade para Vic. E meio que sem lugar para se refugiar, o menino aceita seguir com a Quilla para um bunker subterrâneo, onde ela diz que ficariam em segurança, sem seu cachorro, já que Blood protesta e não quer ir. E claro, Vic decide ir sozinho atrás da moça.

Nesse sociedade subterrânea, uma combinação bizarra do livro 1984, de George Orwell, e episódios de Além da Imaginação (1959), com habitações como vilas e até florestas a lá cidades americanas dos anos 1950, há algo reprimido e decadente. Todos seus habitantes usam maquiagem no rosto, e não demoramos a entender que a continuidade de vida dela está ameaçada.

Os líderes da estranha comunidade subterrânea

Os homens locais são estéreis, então eles precisam de esperma para engravidar suas mulheres. É tudo que Vic quer dar, mas as coisas não acontecem do jeito que ele imagina.

A aparente inocência de Quilla é desmascarada conforme ela manipula Vic em seu próprio jogo de poder dentro da hierarquia desse lugar. A moça foi uma isca para atraí-lo e deixá-la em posição de destaque entre a cúpula de comando do local com a entrega de um bom boi reprodutor. Essa cúpula conduz tudo com muita firmeza — desobedientes são designados para a “fazenda”, que dá a entender ser mais um local de processamento para ser feito de comida (!) do que uma prisão.

Vic é capturado e preso algemado em uma cama de hospital, e atado a uma máquina sugadora de esperma, vê as autoridades da comunidade realizarem uma espécie de cerimônia com as mulheres em fila para se “casarem” com ele. A cena é bizarra e impagável.

O Menino e Seu Cachorro
Uma das cenas mais impagáveis da ficção científica

Tenho q voltar a sujeira para me sentir limpo“, diz Vic, enojado de ter sido usado como boi reprodutor (mas ele aceitaria de bom grado se fosse de modo convencional). Ele quer fugir dali, mas para isso precisa vencer Michael, o guarda das autoridades locais.

E ele se revela duro de matar, o que diz muito sobre esse estranho lugar. O nome dessa estranha comunidade é Topeka, e ela tem até um calendário próprio: é 29 de junho de 103 quando Vic chega ao local. E um aspecto de ouro da ficção científica é revelado aqui: Michael é um poderoso androide. Esse elemento conversa diretamente com o fato da telepatia canina de Blood, o que indica que, em algum ponto do conhecimento científico desse mundo, a tecnologia avançou muito mais do que o nosso.

O fato da pesada maquiagem branca que esses caipiras subterrâneos usam pode indicar também um disfarce para escarras e lesões decorrentes da guerra ou radiação, tal qual os mutantes do filme De Volta ao Planeta dos Macacos (1970).

O Menino e Seu Cachorro
A razão da maquiagem dos caipiras tiranos permanece um mistério

No clímax do filme, Quilla tenta um “golpe de estado” (ela foi preterida nos cargos que almejava) sem sucesso com alguns amigos, que são presos e mortos no conflito que se segue. Ela decide fugir com Vic para escapar das punições, que não parece muito feliz com sua companhia.

O Menino e Seu Cachorro
Quilla e Vic tentando fugir de Topeka

Na verdade, o garoto está mais preocupado com seu cachorro, achado bem debilitado. O final é desconcertante, algo entre incômodo e horrorizante (mas justo).

No fim, O Menino e seu Cachorro não se preocupa em elencar valores morais para ninguém, até da mocinha aparentemente inocente. Há apontamentos na hierarquia de governo, classes sociais, matrimônio e sexo, mas não passam de crítica social rasa, o que não joga contra o filme. O Menino e seu Cachorro desafia a audiência a refletir sobre a natureza humana e as complexidades morais em tempos de crise, mantendo-se de certa maneira relevante e influente décadas após seu lançamento.

A história de amizade que o título promete está presente, mas em um contexto completamente amoral. Como o próprio Harlan Ellison apontou certa vez, o filme de Jones antecipou uma onda de filmes de gênero igualmente sombrios que surgiriam nos anos 1980 e além.

Vic escolhe retornar o deserto com Blood. Quer a sujeira e a brutalidade do mundo exterior à esterilidade controlada por uma sociedade artificial.

O menino e suas influências

O cenário apresentado em O Menino e seu Cachorro permitiu uma exploração brutal e honesta de temas como hierarquia de governo, classes sociais, lutas entre desvalidos, estupro, matrimônio e sexo, influenciando obras posteriores de forma notável.

É um dos filmes pós-apocalípticos mais incomuns e cômicos dos anos 1970, – uma década cheia de outras visões sombrias do futuro, como Soylent Green/No Mundo de 2020 (1973), Logan’s Run/Fuga do Século 23 (1976) e Damnation Alley/Herança Nuclear (1977).

A influência de O Menino e seu Cachorro na cultura pop pós-apocalíptica é vasta e multifacetada, e reflete e amplifica as ansiedades e esperanças de nossa própria era. Nesse lore, a sociedade pós-apocalíptica é representada como uma anarquia brutal onde a lei do mais forte prevalece. Este conceito de uma hierarquia de governo baseada na força e na sobrevivência imediata se tornou um elemento comum em muitos filmes, séries de TV e jogos que exploram cenários pós-apocalípticos.

Talvez a obra mais conhecida baseada em O Menino e seu Cachorro seja Mad Max 2, de George Miller (nos EUA o filme é chamado de The Road Warrior, já que o primeiro Mad Max ficou restrito aos cinemas australianos, e a Warner não queria atrelar as obras, ao menos em um primeiro momento), no qual o personagem-título de Mel Gibson tem um cão companheiro muito parecido com Blood. Há muitos aspectos gráficos, temas visuais e imagéticos do filme de Jones no cinema de Miller.

Em ambos, vemos a exploração da degradação da moralidade e da ética em um mundo sem leis, onde o instinto de sobrevivência supera frequentemente a compaixão e a humanidade. E é em Mad Max que se enfatiza a anarquia e a violência, que surgem quando a sociedade colapsa. Na cena da carroça improvisada do líder tribal em busca de comida em O Menino e seu Cachorro, nada parece fora do lugar se fosse em um Mad Max.

As duas obras utilizam um estilo visual que enfatiza a decadência e a ruína da civilização, com paisagens áridas, cidades em ruínas e vestimentas improvisadas feitas de restos de materiais.

O Menino e Seu Cachorro
O Menino e Seu Cachorro (1975)
Mad Max 2 (1981)
O que impera em Mad Max 2 são os carros

E é salutar ser Mad Max 2 que estabeleceu muitos dos tropos visuais e temáticos do gênero pós-apocalíptico, influenciando filmes, jogos e outras mídias. Mas vale citar que as ideias iniciais de Miller, ainda para o primeiro Mad Max, de 1979, não envolviam um futuro pós-guerra mundial.

Ele tentava criar um conceito que não exigisse um grande orçamento, e viu nessa comédia negra de ficção científica algo que poderia funcionar, o que foi aplicado na sequência mesmo (no fim, o primeiro Mad Max foi mais baseado na crise do petróleo de 1973 na Austrália, onde eclodiram brigas nas bombas de gasolina após greves de petróleo, no contexto de pessoas que fariam quase qualquer coisa para manter os veículos em movimento).

Obras como os quadrinhos de The Walking Dead (2003-2019), de Robert Kirkman — que ganhou um seriado de TV de sucesso, com vários spin-offs, iniciado em 2010 e que continua até hoje — incorporam a visão apresentada em O Menino e seu Cachorro de comunidades governadas por líderes despóticos que se erguem ao poder através da violência e do medo.

No filme de Jones, a superfície é habitada por sobreviventes selvagens enquanto as elites se escondem em cidades subterrâneas. Esta dicotomia social e geográfica reflete uma crítica à desigualdade social, onde os mais privilegiados escapam das piores consequências da catástrofe.

Obras como Snowpiercer/O Expresso do Amanhã (da graphic novel O Perfura-neve, de 1984, dos artistas franceses Jacques Lob, Benjamin Legrand e Jean-Marc Rochette, transformado em um filme de sucesso em 2013 e série de TV em 2020, com várias temporadas, sendo a última agora em 2024), expandem essa ideia, apresentando sociedades onde a estratificação social é ainda mais acentuada após um apocalipse.

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Ainda nessa triste realidade do mundo pós-apocalíptico, a vulnerabilidade das mulheres em um cenário onde a lei e a ordem colapsam, e estupro é apenas um dos suplícios a que são submetidas.

Esta representação deve ser criticada por sua crueza, mas também é uma chance de revisitar discussões importantes sobre a necessidade de proteger os direitos e a dignidade humana mesmo em tempos de crise.

Obras como O Conto de Aia (1985), da escritora canadense Margaret Atwood — adaptado para um filme (1990), uma ópera (2000), uma série de TV de enorme sucesso (2017) e uma graphic novel (2019) — tratam de temas semelhantes, destacando o uso da violência sexual como uma ferramenta de controle e opressão.

O matrimônio e o sexo são abordados de maneira pragmática e, muitas vezes, cínica em O Menino e seu Cachorro. No filme, a reprodução é vista como uma necessidade prática para a sobrevivência da espécie dos caipiras maquiados tiranos, em vez de uma expressão de amor ou compromisso.

Este tratamento frio e utilitário do sexo e do casamento é refletido em outras obras pós-apocalípticas, como Children of Men (1992), romance do escritor P. D. James, transformado em filme em 2006, onde a fertilidade se torna uma questão central para a sobrevivência da humanidade.

No universo de videogames, o popular The Last of Us (2013), da softhouse Naughty Dog –, que virou série de TV em 2023 — incorpora muitos dos elementos temáticos e atmosféricos introduzidos pelo filme, como a luta pela sobrevivência, a moralidade ambígua e as estruturas sociais colapsadas.

O programador Jesse Heinig trabalhou no primeiro jogo da série Fallout, o Fallout: A Post Nuclear Role Playing Game (1997), da softhouse Interplay Productions, que se tornou uma franquia de sucesso.

Os jogos Fallout imaginam um pós-apocalipse de uma guerra nuclear entre os EUA e China, onde a sociedade é dividida entre bunkers subterrâneos e o mundo difícil acima. Há também um clima retrofuturista em Fallout, um tom satírico sombrio, além de um companheiro canino, Dogmeat – um conceito inspirado tanto por Mad Max 2 quanto por O Menino e seu Cachorro. O protagonista, Vault Dweller, mora em um desses bunkers.

Mesmo hoje em dia O Menino e seu Cachorro é referenciado em Fallout, como a série da Amazon de 2024 mostrou: repetidas alusões a um filme fictício chamado A Man And His Dog, uma referência à história de Harlan Ellison e sua adaptação cinematográfica por Jones.

Por falar no Harlan, ele inicialmente deveria escrever o roteiro adaptado do filme de Jones, mas um caso severo de bloqueio de escritor fez com que o próprio diretor assumisse. Um mood que ele teve que aplicar em diversas etapas de seu filme, já que grande parte do orçamento de US$ 400.000 foi ele mesmo levantou.

Também levou debaixo do braço o filme em convenções de ficção científica e gradualmente lançando-o em cidades americanas, em um esforçado boca a boca.

Tim McIntire, além de ser a voz de Blood, também fez as músicas do longa. Aliás, o cachorro Tiger, o “intérprete” de Blood, era uma estrela na época, parte do elenco do seriado de comédia A Família Sol-Lá-Si-Dó, treinado em dezenas de palavras e truques.

Don Johnson, o menino, que já tinha 26 anos na época, foi um dos grandes astros do audiovisual americano, com mais de 100 trabalhos entre TV e cinema. Ele ficou mais conhecido como James Crockett, um dos protagonistas do seriado Miami Vice (1984–1989), e dos mais atuais os filmes Django Livre (2012) e Entre Facas e Segredos (2019). Vale destacar também os filmes neonoir de Dennis Hopper Hot Spot – Um Local Muito Quente (1990) e a aventura bagaceira Harley Davidson e Marlboro Man – Caçada Sem Tréguas (1991) e o seriado Watchmen (2019), baseada na HQ de mesmo nome (que continua os eventos dela inclusive).

Quanto a L.Q. Jones (1927-2022), havia pouco quase nada no histórico para sugerir que ele se interessaria em escrever e dirigir um filme de ficção científica pós-apocalíptico. Jones foi um veterano na indústria de cinema e da TV americana.

Ele atuou em 66 filmes, com destaque para faroestes clássicos como Meu Ódio Será Sua Herança (1969) e Pat Garrett e Billy The Kid (1973), e outros como McQuade, O Lobo Solitário (1983), Cassino (1995), No Limite (1997) e A Máscara do Zorro (1998).

Ele também teve várias participações em séries clássicas de TV, como Esquadrão Classe A, As Panteras, Os Gatões, Duro na Queda, Voyagers, Columbo, Chips, Gunsmoke, Kung Fu e muitas outras — chegou até a dirigir um episódio do Incrível Hulk (On The Line, 03×23, 1980).

O escritor Harlan Ellison (1934-2018) foi um célebre escritor norte-americano de ficção científica, fantasia e horror. São mais de 1.700 trabalhos entre livros, contos, novelas, roteiros, roteiros de quadrinhos, roteiros utilizados na produção de peças de TV, ensaios e críticas que abrangem literatura, cinema, televisão e mídia impressa.

Na indústria audiovisual, se notabilizou por roteiros em séries como Viagem ao Fundo do Mar, Além da Imaginação, Jornada nas Estrelas (talvez o melhor episódio da franquia: The City on the Edge of Forever, 01×28, 1967), Babylon 5, e episódios de séries animadas como Caddillacs e Dinossauros e o Surfista Prateado. O IMBD dá 32 créditos ao autor.

A novela de O Menino e Seu Cachorro ganhou vários prêmios literários americanos, como o Hugo e Nebula, e teve continuações em histórias curtas por Ellison, mas a que teve mais destaque foi a graphic novel Vic And Blood: The Continuing Adventures Of A Boy And His Dog (2003), escrita por ele e com desenhos de Richard Corben.

A obra máxima foi a coletânea Blood’s a Rover, que trouxe todas essas histórias do menino e seu cachorro, contos não-usados e outros inéditos da saga. Foi publicado em 2018, dois dias após a morte de Ellsion. Em uma dessas histórias foi estabelecido que Donald Trump foi o último presidente americano antes do…apocalipse.

O Menino e Seu Cachorro

FILMES QUE SE PASSAM EM 2024:

Além da Barreira do Tempo (1960)
Highlander II – A Ressurreição (1991)
Vingadores Ultimato (2019)
Os Eternos (2021)

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