DURO DE MATAR | John McTiernan & John McClane e o melhor filme de Natal

Se você estiver nervoso por medo de voar, quando chegar no solo, tire os sapatos e contraia os dedinhos do pé no tapete de seu hotel, aconselha um personagem logo no começo do filme Duro de Matar, um dos melhores filmes de ação de todos os tempos, dirigido em 1988 por John McTiernan, e ainda um dos mais legais para se assistir no Natal.

Duro de Matar

A frase resume o tipo de improviso que o protagonista, John McClane, policial de Nova York, uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos, usará para escapar das piores situações possíveis em uma noite de Natal em Los Angeles, em meio a um ataque terrorista.

A escalação de Bruce Willis no papel trouxe o equilíbrio perfeito para tornar crível um policial invencível que tem que derrotar um a um uma cacetada de bandidos.

John McClane está indo para o edifício Nakatomi Plaza, em LA, para encontrar sua mulher, Holly M. Genaro McClane (Bonnie Bedelia) — a qual não vê há mais de 6 meses, por conta de seu trabalho como gestora executiva da Nakatomi Corporation.

Duro de Matar
O Nakatomi Plaza ao fundo

O grande grupo empresarial também está na mira dos terroristas, interessados nos milhões de dólares que estão no cofre do local.

Holly está ansiosa para rever o marido John, mas como John descobre (e a gente também), ela trabalha usando o nome de solteira, o que diz muito do atual estado de relacionamento entre eles.

Duro de Matar
Bruce Willis é John McClane
Duro de Matar
Bonnie Bedelia é Holly

O longa de John McTiernan mistura a ansiedade de John em salvar sua esposa e os reféns do Nakatomi de Hans Gruber (Alan Rickman), o perigoso e calculista líder dos terroristas alemães que invadem uma corporação japonesa na América atrás de dinheiro.

Duro de Matar
Alan Hickman é Hans Gruber

O papel de John McClane se tornou um novo template de filmes de ação com protagonistas mais espirituosos, em detrimento do cinema brucutu de Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone. Bruce Willis se tornou um astro com o papel e ficaria nos holofotes do cinema por muito tempo.

Duro de Matar

Duro de Matar mudou tanto o mercado de cinema de ação que originou um subgênero dentro do estilo, com protagonistas metidos a espertalhões e que se veem em meio a uma trama perigosa da qual são obrigados a intervir, e que quase sempre era tratados como “Duro de Matar na água”, “Duro de Matar no navio”, e por aí vai.

A arte promocional mais usada do filme Duro de Matar
Duro de Matar
Um dos melhores posteres de Duro de Matar

Senão vejamos: Passageiro 57 (1992), A Força em Alerta (1992), Morte Súbita (1995), A Força em Alerta 2 (1995), Força Aérea Um (1997), Con Air: Rota de Fuga (1997) e muito mais.

Duro de Matar
(Die Hard, 1988, de John McTiernan)

Duro de Matar começa com John McClane ainda ano avião, e por culpa do conselho do passageiro ao lado, o policial irá passar grande parte do filme descalço. Ele vai entregar o sangue para salvar a esposa e os reféns — literalmente.

McTiernan filma muito bem, aqui e ali, longe e perto, um local e outro, uma sequência e outra, uma inovação tremenda na época dos filmes de ação.

Karl e Theo no momento da invasão do Nakatomi

Duro de Matar até hoje é dinâmico e cinético, e cada cena conversa uma com a outra — quando Hans pega o chefão da empresa, Joe Takagi (James Shigeta ), para obter a senha do cofre, ele já esbarra os olhos em Holly, por exemplo.

Todos os bandidos são mostrados como profissionais, técnicos e preparados, com destaques para Karl (Alexander Godunov), o segundo em comando, e Theo (Clarence Gilyard Jr.), o único negro no grupo alemão, um gênio hacker da computação, aspecto que será essencial para a investida de Hans Gruber para conseguir o que quer dentro do cofre.

Duro de Matar
Foto promocional de Duro de Matar com Hans Gruber e seus comandados

Gruber é sofisticado e requintado, e de cara percebemos que não se trata de um vilão comum. Quando o grupo invade o Nakatomi, John chega a ouvir os tiros, mas está afastado dos outros. E em pouco tempo tem que elaborar algum plano para deter os criminosos.

Hans nota que Takagi também usa um terno Jean-Phillippe — “tenho 3”, diz ele — evidenciando o quanto se preocupa em parecer sofisticado. Gruber quer 640 milhões de títulos ao portador guardados no cofre do Nakatomi Plaza.

Joe Takagi, o CEO da Nakatomi Corporation

Theo e Karl até apostam que ele não diria a senha. Frio e calculista, Hans não hesita um segundo em matar o velho com um tiro na cabeça, aos olhos atônitos de McClane, que estava escondido vendo a cena.

Você não me trouxe aqui por causa das minhas lindas tranças“, diz Theo, que agora terá mais trabalho ainda em descobrir por conta própria a senha. E ainda há um lacre eletromagnético, aparentemente invencível, e que parece ser uma barreira definitiva para Theo. Hans o tranquiliza dizendo que tem tudo preparado.

A sequencia do roteiro não mente a respeito disso nas mãos de John McTiernan, e a resolução dada pela previsível autoridade policial é essencial para esse plano dar certo.

Gruber é esperto. Deduz que tem alguém no Nakatomi que não deveria estar ali. Deduz que não é um simples guarda. Deduz a identidade da moça impertinente que ficou no comando depois da morte de Takagi — “Um idiota me nomeou quando matou ele“, interação ótima.

McClane é esperto, espirituoso e piadista, e mesmo na morte, como fica claro quando mata o primeiro terrorista, Tony (Andreas Wisniewski), e faz uma piada jocosa com o Papai Noel.

Dwayne T. Robinson (Paul Gleason), o tenente da polícia de LA e inicialmente como chefe das operações do lado de fora do Nakatomi, é mostrado como obtuso, e mais atrapalha do que ajuda. Ele inclusive atrapalha o roteiro, ao impedir ações racionais e serve para ficar mais irritado com ele do que com os vilões.

Uma desculpa patética para tergiversar o ataque que o sargento Al Powell (Reginald VelJohnson) sofreu. É Al a ponte de McClane com o mundo fora do prédio, o que não faz muita diferença em termos de apoio.

Al, o policial no chão
John, o policial no alto

John McTiernan faz de John McClane uma força da gravidade que atrai todos os problemas para si. O motorista Argyle (De’voreaux White), que trouxe John para o Nakatomi, e que estava o esperando no subsolo do prédio, só nota a tomada terrorista depois que ouve a notícia pelo rádio. Nessa altura, a SWAT quer invadir o local, e é massacrada pelos homens de Hans.

Argyle, o motorista da limusine que foi buscar John McClane no aeroporto

É um dos poucos pontos fracos do filme de John McTiernan. O carro blindado de combate da polícia demora uma vida para cruzar uma simples avenida, mas dá tempo dos terroristas pegarem um equipamento lança-mísseis, descerem pelo elevador, fixar o aparelho, mirar e ainda acertar o veículo antes dele invadir o prédio.

Graças ao idiota do Harry Ellis (Hart Bochner), colega de trabalho de Holly, Hans descobre a identidade de McClane. Aliás, o encontro do herói e vilão, com Hans tentando disfarçar quem é, é bem comentada, mas não parece que alguém requintado como Gruber usaria o artifício de ser um homem débil e patético em apuros como disfarce na hora. Acho que é por isso que John desconfia e dá arma sem balas para ele…

Duro de Matar
Um dos momentos mais tensos de Duro de Matar, e que não é lá muito crível sob certa ótica

Quando o FBI assume o comanda da operação antiterrorista, com os agentes Johnson e Johnson (sim, dois Johnson, interpretados por Robert Davi e Grand L. Bush), é decidido que a energia do Nakatomi tem que ser desligada, nem que isso signifique deixar vários quarteirões de Nova York sem energia elétrica na noite de Natal.

Duro de Matar

Duro de Matar

Duro de Matar

Era tudo que Hans queria, e vemos como McTiernan vai construindo seu final, onde parece que John não tem chances nenhuma de vencer os terroristas.

John McClane e Joe Leland

O livro que deu origem ao filme de Duro de Matar

O filme foi escrito por Jeb Stuart e Steven E. de Souza, num roteiro baseado na trama do livro Nothing Lasts Forever, de Roderick Thorp, publicado em 1979. Os direitos de adaptação estavam com Clint Eastwood, que pensava em produzir o filme durante o começo dos anos 1980, e quem sabe estrelá-lo.

No livro, Thorp tem em seu protagonista o policial já aposentado Joe Leland, que irá passar a véspera de Natal dentro do prédio da corporação Klaxon Oil Corporation, em Los Angeles, onde sua filha, Stephanie Leland Gennaro, trabalha. Ela está com a filhinha também, e Leland tem que correr contra o tempo para salvá-la — além de outros 74 reféns — dos terroristas do German Autumn (Outono Alemão, em tradução livre), liderados por Anton “Little Tony the Red” Gruber.

German Antumn na verdade se refere a uma série de eventos nas duas Alemanhas dos anos 1970, em decorrência da atuação dos guerrilheiros da Fração do Exército Vermelho, uma facção de extrema esquerda armada que atuava dentro da Alemanha Ocidental capitalista.

O sargento Al Powell também está presente no livro (aqui ele tem 22 anos de idade), e faz a ponte do mundo externo com Leland, igual ao visto no filme Duro de Matar. Mas há diferenças significativas.

Hans Gruber e seus terroristas não são referenciados claramente como do German Autumn no filme de John McTiernan, a despeito do grupo realmente existir. Mais importante, o livro é impiedoso.

Leland está depressivo, já que sua mulher Karen o largou há oito anos e pouco depois morreu. E sua relação com a filha é problemática, ainda mais que talvez ela tenha algo a esconder em seu trabalho. O policial mata todos os terroristas, mas não consegue salvar Stephanie da morte certa, quando ela cai do topo do prédio com Gruber, que além de querer 6 milhões de dólares da empresa, queria expor atividades corruptas em acordos espúrios no Chile.

O livro termina com Leland jogando os milhões de dólares do topo do prédio, que voa pelas ruas de Los Angeles. Ao descer para a rua, é Al quem mata Karl, que assim como no filme, ainda estava vivo. Aliás, o nome do irmão do terrorista era Hans, o primeiro que Leland mata no livro.

The Detective também foi adaptada no cinema

Joe Leland já tinha aparecido em outro livro de Thorp, The Detective, de 1966. Aqui, Leland ainda era um detetive particular, que é obrigado a resolver um difícil caso de homicídio. O livro foi um sucesso e foi adaptado para o cinema apenas dois anos após a publicação. E The Detective nas telonas foi estrelado por ninguém menos que o cantor Frank Sinatra, além de Jacqueline Bisset e Robert Duvall.

Duro de Matar, Fácil de Fazer

Duro de Matar

John McTiernan dirigiu 11 filmes antes de sumir do mundo do cinema. Estreou com o thriller de horror punk Delírios Mortais (1986), com Pierce Brosnan; seu segundo foi o ótimo O Predador (1987), que juntou Alien e Rambo de maneira sagaz, com Arnold Schwarzenegger como estrela; o filme seguinte de McTiernan foi A Caçada ao Outubro Vermelho (1990), o primeiro longa que trouxe o agente da CIA Jack Ryan (Alec Baldwin) para as telonas, em outro filmaço do diretor; O Curandeiro da Selva (1992), O Último Grande Herói (1993), de novo com Schwarzenegger, Duro de Matar: A Vingança (o terceiro longa da franquia); O 13º Guerreiro (1999); Thomas Crown, a Arte do Crime (1999), de novo com Brosnan; Rollerball (2002), uma remake do clássico filme dos anos 1970; e Violação de Conduta (2003).

John McTiernan

Infelizmente, John McTiernan se envolveu em problemas legais durante as filmagens de Rollerball, se complicou com a Justiça e foi até preso. Ele não tem feito mais filmes desde então.

Steven de Souza foi um dos que trabalhou no roteiro de Duro de Matar. E sua carreira fala por por si. É só verificar a enorme quantidade de filmes de ação que ele escreveu desde os anos 1980. É dele os scripts de alguns episódios de seriados como O Homem de Seis Milhões de Dólares (1977), A Mulher Biônica (1978), A Supermáquina (1982), V (1984), e filmes como Comando para Matar (1985), O Sobrevivente (1987) — os dois com Schwarzenegger –, 48 Horas – Parte II (1990), Duro de Matar 2 (1990), Os Flintstones: O Filme (1994), Um Tira da Pesada III (1994), Street Fighter: A Última Batalha (1995) — uma bomba que ele mesmo dirigiu –, O Juiz (1995), Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida (2003) e muitos outros.

O produtor de Duro de Matar foi Joel Silver, que produziu filmes como 48 Horas (1982), Ruas de Fogo (1984), Chuva de Milhões (1984), Mulher Nota 1000 (1985), Comando para Matar (1985), O Predador (1987), Action Jackson (1988), Máquina Mortífera 2 (1989), Duro de Matar 2 (1990), O Predador 2 (1990), Máquina Mortífera 3 (1992), O Demolidor (1993), Momento Crítico (1996), Máquina Mortífera 4 (1998), Matrix (1999), A Senha Swordfish (2001), Matrix Reloaded (2003), Matrix Revolutions (2003), V de Vingança (2005), Speed Racer (2008), Sherlock Holmes (2009) e muitos outros. Silver também produziu o segundo filme do Sherlock — que tem Robert Downey Jr. no papel principal, e atualmente está envolvido na terceira sequencia.

Duro de Matar

Quando McClane referencia Arnold Schwarzenegger com o monte de armas que os terroristas tinham — John faz referências e piadas de cultura pop a todo momento — é bem fortuito, pois Arnold foi um dos atores considerados a interpretar o protagonista de Duro de Matar.

O ator já tinha trabalhado com McTiernan e Joel Silver um ano antes em O Preador. Pra variar, Stallone, outro astro de ação, também foi sondado, mas não rolou.

Bruce Willis na época era bastante conhecido pelo seriado detetivesco e de humor A Gata e O Rato (Moonlighting, 1985-1989), onde contracenava com Cybill Sheperd, e seu primeiro papel nos cinemas foi a comédia Encontro às Escuras (1987).

Cybill Sheperd, anos 1970

Quando aceitou fazer John McClane, ele teve que conciliar as gravações do longa com o seriado, o que ajudou a deixar mais espaço no filme para personagens como Al e Holly, já que o ator não estaria o tempo todo disponível.

Duro de Matar

Já Hans Gruber foi o primeiro papel nos cinemas de Alan Rickman, que estava em Hollywood há apenas dois dois para tentar aparecer nas telonas. Ele vinha de uma carreira no teatro, alguém da produção viu uma de suas peças, e ele foi chamado para fazer o papel do vilão. Ele não queria estrear como criminoso, e pediu para modificar alguns aspectos, por isso o jeito mais educado e empolado de Hans em Duro de Matar.

Duro de Matar

Alan Hickman e Bruce Willis só interagiram na cena que se encontram no filme, para dar mais naturalidade à interação (mas no filme ele vê Hans de longe em vários momentos).

O filme foi um sucesso, e além de alçar Wills ao estrelato, fez de Alan Rickman uma celebridade. O filme ficou na mira do Oscar de 1989, e concorreu aos prêmios de Melhor Som (Bird ganhou) e Melhor Edição de Som, Melhor Montagem e Melhor Efeitos Visuais, que ficaram todos com a animação/live-action Uma Cilada Para Roger Rabbit.

Uma das frases de efeito de John McClane, “Yippee-ki-yay, motherfucker” (intraduzível para português, mas é uma jocosidade), e foi inspirada por uma das frases do ator de faroeste Roy Rogers: “Yippee-ki-yay, kids“, mas que se tornou pop pelo McClane de Bruce Willis.

Die Hards

Duro de Matar também gerou vários videogames, incluindo adaptações do primeiro filme dos outros também. Mas o primeiro Duro de Matar sempre foi os que as softhouses procuram para transpor para os jogos.

A Actvision fez o primeiro, Die Hard (1989), jogo de tiro em terceiro pessoa para computadores DOS, com gráficos em sprites que reproduzem com certa fidelidade cenas e frames do filme. Em 1990 saiu uma nova versão de Die Hard para computadores Commodore 64, um game de ação plataforma isométrica, bem padrãozinho e sem grandes atrativos.

Die Hard (1990), lançado para o videogame TurboGrafx-16 pela Nihon Bussan Co., Ltd., tem um John McClane na selva antes de ir pro Nakatomi(?!).

A Activision retornou e fez um Die Hard em 1990 para o console de 8-bits da Nintendo NES (chamado aqui no Brasil de “Nintendinho”). Essa versão inclusive contava com um “medidor de dano do pé”, dependendo de quantas vezes você passa por cima dos vidros com McClane, mas é a que tem piores gráficos, com uma visão aérea bem desinteressante.

Um dos mais famosos jogos de Duro de Matar foi Die Hard Trilogy, desenvolvido pela Fox Interactive (a seção de videogames do estúdio de cinema), lançado em 1996 (época do terceiro Duro de Matar) para os consoles de 32-bits PlayStation (da estreante Sony), o Sega Saturn e computadores Windows.

Ele trazia três modos de jogo para os três filmes, com ação em terceira pessoa no primeiro filme, mira em trilhos no segundo, e corrida de táxis parra o terceiro. Esse game teve uma sequência, Die Hard Trilogy 2: Viva Las Vegas (2000), lançado pela Fox apenas para o PlayStation, e apesar de ter Trilogy no nome, conta com uma aventura original em Las Vegas.

No começo dos anos 2000 tivemos mais jogos. Die Hard: Nakatomi Plaza (2002), também pela Fox Interactive, recria os eventos do Nakatomi Plaza em 3D, bem melhores do que o visto em Die Hard Trilogy de 1996. É um jogo em primeira pessoa exclusivo para PCS com Windows, onde controlamos Johm NcClane desde o momento que ele entra no Nakatomi.

Há várias cenas iguais do filme e outras inéditas, e apesar do modelo gráfico de McClane não ser o de Bruce Willis, a dublagem está bem parecida — o único ator que dubla seu personagem original é Reginald VelJohnson, o policial Al.

Em 2002 o filme Duro de Matar voltou aos videogames em uma das reproduções mais fiéis do longa, ainda que não tenha a caracterização de Bruce Willis como o player

Ainda em 2022, tivemos Die Hard Vendetta, produzido pela Bits Studios Ltd. e lançado para os videogames de 128-bits GameCube (Nintendo), PlayStation 2 (Sony) e X-Box (Microsoft). O game é uma continuação direta do Duro de Matar, onde depois de vários anos John McClane tem que enfrentar o filho de Hans Gruber, Piet, que também um terrorista, e que deseja vingança. Ele sequestra Lucy (que é uma policial agora também), e em uma fase do game até retornamos ao Nakatomi Plaza, com direito a um reencontro com Al.

Vendetta mostra uma aventura muitos anos depois de Duro de Matar, que ainda ecoa eventos do filme

Vale destacar ainda o curioso Dynamite Deka, um briga de rua 3D produzido pela Sega para lançamento exclusivo em seus arcades e o Sega Saturn.

Enquanto que no Japão ele manteve esse nome, o produto ocidental foi lançado como Die Hard Arcade, com licença da Fox e tudo. Mas em nenhum momento fica implícito que estamos controlados John McClane, que no game tem a ajuda da policial Chris Thompson na pancadaria contra os bandidos da White Fang, um grupo terrorista que sequestra a filha do Presidente dos Estados Unidos (!), e que estão escondidos dentro do Nakatomi (!!). Um dos casos mais bizarros de licenciamento dos videogames.

As continuações de Duro de Matar

O próprio Bruce Willis retornou como John McClane em mais quatro aventuras: Duro de Matar 2 (1990), de novo se fodendo numa noite de Natal, dessa vez em um aeroporto; Duro de Matar 3: A Vingança (1995), de novo com McTiernan na direção, dessa vez com o irmão de Hans Gruber, Simon Peter Gruber (Jeremy Irons), querendo vingança e explodir Nova York inteira; Duro de Matar 4.0 (2007), onde vemos ele atrás de Lucy Gennero-McClane, sua filha (que já tinha aparecido criancinha numa cena do primeiro filme), interpretada por Mary Elizabeth Winstead, que se vê sequestrada por um líder criminoso hacker, e o quinto, Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer (2013), onde conhecemos John “Jack” McClane Jr., o outro filho de McLane, um agente da CIA, interpretado por Jai Courtney, com os dois à voltas contra bandidos russos.

Duro de Matar foi filmado entre novembro de 1987 e março de 1988 (será que passaram o Natal gravando também?), e as locações aconteceram no edifício Fox Plaza, a sede do próprio estúdio de cinema (e se passaram o Natal gravando, será que foi ali mesmo?).

Duro de Matar

Duro de Matar

CONTAGEM DE CORPOS DO DURO DE MATAR NA NOITE DE NATAL: 21 CADÁVERES

Duro de Matar

Morreram dois guardas do Nakatomi Plaza, o executivo Takagi, o imbecil do Ellis, os dois agentes Johnson do FBI e ao menos mais 4 policias que estavam no helicóptero, e a maioria dos terroristas (que não pareciam ser todos alemães): Tony, Heinrich, Marco, James, Alexander, Fritz, Franco, Uli, Eddie, Hans e Karl (o único que não foi morto por McClane). Somente dois deles ficaram vivos: Kristoff, que levou uma coronhada de McClane perto do final, e Theo, nocauteado por Argyle. Eles foram os únicos criminosos que não são vistos ameaçando os reféns sob a mira de armas de fogo.

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