ROGUE ONE | O Esquadrão Suicida de Star Wars em um verdadeiro filme de guerra

Rogue One foi o primeiro filme Star Wars sob as asas da Disney, e que voou alto o bastante para chegar ao céu do estrelato da qualidade.

Com efeito, o longa é o segundo melhor produto da saga cinematográfica espacial, idealizada em 1977 pelo cineasta George Lucas, ficando atrás só de Star Wars – Episódio V – O Império Contra-ataca (1980), o melhor produto da saga.

Criado a partir de um fiapo de frase, vista no começo dos letreiros de Star Wars – Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977), Rogue One é sobre um grupo de rebeldes em uma guerra espacial, encarregados de roubar os planos de uma arma mortífera, a Estrela da Morte, uma descomunal estação blindada que pode explodir planetas, e que pode mudar o rumo dos conflitos entre a Aliança Rebelde e o temido Império.

A ação dessa missão suicida é tingida de cinza pelos ares de filmes antigos da franquia Star Wars e pela dualidade dos personagens, o que enriquece em muito uma trama que é um clichê muito bem trabalhado.

Rogue One é o Esquadrão Suicida — o grupo de vilões que trabalham em missões black ops para o governo americano no Universo DC — na franquia Star Wars, e o melhor filme que explora a guerra do título da saga, em muitos sentidos.

Rogue One
O grupo de rebeldes em Rogue One, em uma das primeiras fotos promocionais divulgadas da produção
Rogue One
Um dos pôsteres de Rogue One para o mercado do leste europeu. A pegada de filmes de guerra de Hollywood dos anos 1970 é nítida

Rogue One foi dirigido por Gareth Edwards (Monstros, de 2010, e Godzilla, de 2014), e é estrelado por Felicity Jones, Diego Luna, Ben Mendelsohn, Donnie Yen, Mads Mikkelsen, Alan Tudyk, Riz Ahmed, Jiang Wen e Forest Whitaker.

O roteiro — uma colcha de retalhos escrita por John Knoll (um faz-tudo da Lucasarts, a empresa que cuida de Star Wars) e Gary Whitta (que fez o roteiro do filme O Livro de Eli, de 2010), e depois por Chris Weitz (Formiguinhaz, de 1998, Um Grande Garoto, de 2001, e Cinderela, de 2015) e Tony Gilroy (que fez carreira com a franquia Bourne, 2002-2007), — foi marcado por costuras narrativas e refilmagens, que deixaram uma péssima impressão no produto que chegaria aos cinemas.

Não é incomum esse processo quando se faz um filme, mas dada a extensão dos trabalhos, esperava-se um filme confuso. Felizmente, não é isso que se viu em Rogue One.

Com pessoas cinzentas de um submundo escuro e triste, raramente vistos na colorida saga espacial do bem vs mal de Star Wars, o longa surpreende com uma aventura coesa, com personagens marginais de fôlego em uma missão suicida para vencer uma guerra que parece impossível.

Rogue One

Rogue One
Artes promocionais de Rogue One

Gareth Edwards nomeou os filmes Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), Alien – O 8º Passageiro (1979), Apocalypse Now (1979) e Baraka – Um Mundo Além das Palavras (1992) como suas inspirações visuais para construir Rogue One.

Na tela, temos uma nítida sensação de assistir um filme baseado em produções dos anos 1970 sobre a Guerra do Vietnã feitos em Hollywood.

O clima sujo e decadente de maquinário apresentado no visual dos filmes da trilogia original dos anos 1970/1980 se faz presente, o que ajuda na boa imersão de perigo e sensação de novidade fresca com ares familiares para os fãs de Star Wars, e também funciona para quem está vendo pela primeira vez.

Jyn Erso, a protagonista interpretada por Felicity Jones, talvez seja a que mais sofreu nas refilmagens, passando de uma aparente moça-problema tanto para a Aliança Rebelde quanto para o Império, dado o que foi mostrado nos primeiros trailers (abaixo você confere o primeiro, cheio de cenas que nem entraram no longa).

A maioria dos personagens tem ambiguidades morais que tornam mais rica a experiência de ver desajustados e personagens marginais em atos de heroísmo e sacrifício pelo que acreditam.

Até mesmo os guerreiros Guardiões dos Whills e robôs entregam essa dimensões e camadas, o que torna Rogue One não um produto gorduroso de efeitos especiais, mas sim de alma, de Força. E foi por ela que saiu tão bom assim.

Não apenas o filme foi inteiro refilmado e reordenado — inclusive com finais diferentes dos programados — o longa também tem inserções cinematográficas recuperadas a partir de rolos de filmagens originais de George Lucas feitas no primeiro filme de 1977, como áudios e cenas de caças espaciais da Aliança Rebelde, os X-Wings.

O clímax acontece em um lugar lindo, filmado nas Ilhas Maldivas, transformadas no filme no planeta Scariff, onde os heróis rebeldes encontrarão seu destino e definirão outros por toda a galáxia de Star Wars.

Rogue One
(Rogue One, 2016, de Gareth Edwards)

spoilers

Rogue One
Poster de Rogue One para o mercado oriental

No Universo de Star Wars, quando Rogue One acontece, a República Galáctica há muito tinha sido dissolvida para se transformar no temível Império.

A galáxia agora era dominada pela ditadura, escravidão e opressão, comandadas pelo Imperador Palpatine e seu aprendiz, o Lorde Sith Darth Vader. Mas rebeldes agem nas sombras para minar os esforços fascistas do Império, e lutam contra eles de todas as maneiras que conseguem.

E no momento que o filme começa, uma das mais mortíferas armas imperiais — já vista de relance nas mãos do Conde Dooku/Darth Tyrannus (Christopher Lee) em Star Wars – Episódio II – Ataque dos Clones (2002), e mais uma vez em uma cena perto do fim de Star Wars – Episódio III – A Vingança dos Sith (2005), pode mudar o rumo da guerra.

Rogue One
Os planos da Estrela da Morte nas mãos de Conde Dooku/Darth Tyrannus (Christopher Lee) em Star Wars – O Ataque dos Clones (2002)
Rogue One
Tarkin (Wayne Pygram, com CG do falecido ator Peter Cushing em cima), o Imperador Palpatine (Ian McDiarmid) e Darth Vader (Hayden Christensen) com a Estrela da Morte já em construção no fim de Star Wars – A Vingança dos Sith (2005)

Desde o começo de Rogue One somos apresentados à belas cenas com uma fotografia impecável, cortesia do talento de Greig Fraser, que foi diretor de fotografia em filmes como A Hora Mais Escura (2017), Foxcatcher: uma História que Chocou o Mundo (2014) e O Homem da Máfia (2012).

Em um mundo chuvoso e gelado que conhecemos Galen Erso (Mads Mikkelsen), sua esposa Lyra (Valene Kane) e a filhinha do casal, Jyn. Eles estão se escondendo do Império, mas o Diretor Orson Krennic (Ben Mendelsohn) os encontra.

Eles contatam um aliado, Saw Guerrera (Forest Whitaker), e começam a se preparar para o pior. Galen e Orson são velhos conhecidos, e aparentemente tinham uma relação de trabalho muito próximos.

E Orson não vai aceitar um não. Lyra se mostra muito mais incisiva que Galen, e recusa qualquer reaproximação com o Império.

Rogue One
Diretor Orson Krennic, um dos vilões de Rogue One, e apresentado no filme como um dos oficiais responsáveis pela Estrela da Morte

Krennic mata Lyra na frente da pequena Jyn, o que entrega o tom sombrio que veremos ao longo do filme.

Jyn se esconde no meio das pedras nas proximidades — um obstáculo que deveria ser risível para os temidos e letais Death Troopers, um novo tipo de soldado que Rogue One apresenta — o que também entrega outro tom que teremos que engolir no filme, as conveniências do roteiro.

Fica implícito que Orson está trabalhando em algo que os conhecimentos de Gale será necessário — algo relacionado à Estrela da Morte. No final, Jyn é salva por Saw, e é com ele que agora será criada.

Rogue One

Rogue One
Os temíveis Death Troopers, maiores e mais bem armados do que os Storm Troopers, e mais importante: não erram tiros

Há um pulo temporal de vários anos e vemos Jyn já moça (Felicity Jones). Ela se encontra prisioneira do Império, obrigada a trabalhar em campos de trabalho forçado.

Enquanto isso, Cassian Andor (Diego Luna) está em uma cidade urbana onde um espião lhe diz que o Império está construindo uma arma superpoderosa movida à cristal kyber, um mineral que gera energia e é sagrado para muitas pessoas em Star Wars.

Flagrados por Storm Troopers em patrulha, Andor faz o que tem que fazer para escapar, mesmo que isso signifique matar aliados. Aliás, os Storm Troopers são sujos e cansados, apresentados com um lado mais humano e maleável do que a dureza dos filmes originais. Outro aspecto bem trabalhado são os planetas, como Scariff, Jedha, Eadu, Wobani, em nenhum momento nos perdemos na localização na narrativa.

Nesse último, Jyn é salva de sua condição de escrava por um grupo de rebeldes, em uma excelente cena de introdução do droide K-2S0 (Alan Tudyk, com muito CG em cima), colega de Andor, um antigo robô imperial consciente de sua condição de reprogramação, que fala tudo que pensa sem rodeios.

Rogue One
Jyn Erso na base rebelde de Yavin-4

Levada para a base rebelde em Yavin-4 — um improvável esconderijo dentro de um antigo templo Sith –, Jyn percebe que eles sabem tudo a respeito dela — inclusive de quem é filha.

Os rebeldes precisam da moça para chegar até Saw Guerrera, que tem informações vitais sobre a arma que Cassian ficou sabendo pelo espião que assassinou.

Eles mesmo não podem mais chegar perto de Guerrera, pois ele é muito extremista, e ambos decidiram por caminhos separados, mostrando mais uma vez o nível das dinâmicas sociais revolucionárias envolvidas na guerra.

Saw está de posse de um piloto imperial traidor que tem informações privilegiadas, dadas por ninguém menos por Galen Erso.

A guerra contra o Império cobrou caro de Saw Guerrera, um dos líderes rebeldes mais extremos da saga de Star Wars

Todos partem para a lua chamada Jedha atrás de Saw, com Jyn a contragosto, chantageada para trabalhar junto com eles, pois seria entregue para o Império se não colaborasse. Antes de embarcarem, Cassian recebe ordens para matar Galen depois de recebida as informações.

A guerra cobrou caro de Saw Guerrera quando o vemos, um meio homem que está só o caco, com muitas partes ciborgues e refém de uma respiração mecânica, um Darth Vader de sucata.

Quando se encontra da posse do piloto imperial traidor, Bohdi Rook (Riz Ahmed), ele o trata das piores maneiras possíveis, se recusando a acreditar na mensagem que carrega (aparentemente em um…pendrive?)

Rogue One
A lua Jedha é um dos lugares mais importantes para os Jedi, o começo da Ordem pode ter tido início ali

Sob a cidade de Jedha, dominada pelo Império, estão as naves dos vilões. Em uma delas está o temível Tarkin (Guy Henry, com CG do ator Peter Cushing em cima), um alto oficial imperial, o vilão de Uma Nova Esperança, e que hierarquicamente ocupa a mesma posição de Darth Vader.

Aqui em Rogue One, ele tem seu poder balançado pelo Diretor Orson Krennic, em um óbvio desafio pela posse da estreante Estrela da Morte, a arma mortífera que todos estão tentando descobrir. Aliás, ela já está construída, e até mesmo pronta para o uso!

Gareth Edwards cria belas cenas com a Estrela da Morte

A lua gera cenas exuberantes, com o droide K-2S0 ganhado mais carisma a cada momento que fala algo. Na busca por Saw, Jyn e Cassian encontram dois estranhos.

As estrelas mais fortes tem coração de kyber“, diz Chirrut Imwe (Donnie Yen), ao ver o pingente de kyber que Jyn carrega no pescoço.

Ele está acompanhado de Baze Malbus (Jiang Wen). Cassian os identifica como os Guardiões do Whills, protetores dos antigos tempo kyber, agora guerreiros extremistas, sem nada para defender, já que o Império está mineirando tudo.

Uma das melhores cenas de luta de Star Wars foi entregue por Chirrut Imwe

Um conflito entre os Storm Troopers e os rebeldes de Saw Guerrera começa no meio da cidade, e no meio do tiroteio, Cassian mata um do Saw para salvar Jyn.

Os Storm Troopers ainda erram tiros, mesmo que sejam melhores em Rogue One do que na trilogia clássica — K-2S0 chega a matar vários sem nem ver.

A melhor cena de ação é promovida por Chirrut, um lutador cego imbatível, e Baze, um atirador impecável. A morte de um dos comandados de Saw não fica impune para Cassian, e junto com Jyn e os dois guerreiros, são capturados.

Apenas a relação de amizade de Jyn e Saw Guerrera salva o grupo da morte certa. Mesmo assim, Saw, meio pirado, acha que tudo é armação.

Enquanto isso, Chirrut diz para Andor que “existe mais que um tipo de prisão, sinto que leva a sua para onde vai“, mostrando que sente muito mais do que (não) vê. Quando acontece finalmente o tiro da Estrela da Morte em Jedha, é sem cerimônia nenhuma, para mostrar o quão é fortuito o assassinato para Krennic e o Império.

A mensagem que Bhodi trouxe era do próprio Galen, e que Saw repassa para Jyn. Assim, ela tem o primeiro vislumbre (em holograma) do pai em anos.

O aviso de esperança de Galen é em meio ao disparo e destruição do raio mortal, que começa a desfazer parte da lua. Galen se fez de fraco e servil para ajudar a construir a Estrela da Morte, tudo para por um ponto fraco no sistema da arma, e era isso que queria avisar para os rebeldes: a Estrela da Morte tinha uma falha crítica que podia ser explorada.

E o segredo se encontra dentro dos Arquivos Imperiais no planeta Scariff.

O cristal kyber que Jyn carrega no pescoço, a única lembrança de seu pai, Galen, lhe deixou

Galen Erso, um cientista pacifista, é uma das maiores mentes de toda a galáxia, dedicado a desvendar os poderes e utilidades dos cristais kyber, para ajudar com geração de energia limpa para todos os planetas em dificuldade da galáxia.

Mas sua utilidade nos esforços de guerra se mostra mais preciosa para o Império, e isso é posto à prova quando ele e a mulher são presos por não colaborar com os imperiais — Jyn nasceu em cativeiro, inclusive.

Todo essa background de Gale é passado meio que por cima, e apenas podemos deduzir sua verdadeira natureza.

Cassian escapa da cela da prisão de Saw esticando o braço, com armas e comunicados perto, em mais um momento previsível e preguiçoso demais do roteiro.

A destruição de Jedha é mostrada em riqueza de detalhes. Tarkin quer o crédito de Krennic e tripudia em cima da situação de aparente vitória, e comenta sobre um vazamento de informações dos planos da arma, obrigando Orson a tentar resolver isso. Os rebeldes escaparam por pouco da destruição em Jedha.

Quando eles decidem salvar Galen, para ele mesmo em pessoa contar para a Aliança sobre os planos da Estrela da Morte, Chirrut sente que Cassian esconde algo antes mesmo de outros suspeitarem.

K-2S0 é um dos droides mais carismáticos da saga Star Wars, ainda que tenha um pé na “maldade”, por ser um ex-robô imperial

Há um cruzamento aqui, com Krennic e os rebeldes chegando quase ao mesmo tempo no planeta onde fica o laboratório de Galen.

Tudo fica conveniente demais com o cientista e seus homens no meio de uma chuva, fora das instalações, sendo pressionados por Krennic a dizer quem é o traido, tudo para que Cassian finalmente mate Galen, conforme as ordens que recebera. Mas ele balança em sua decisão.

Krennic perde a paciência e mata todos os engenheiros para horrorizar Galen por sua traição, mesmo com o cientista confessando e assumindo toda a culpa.

Nesse momento, a Aliança faz ataques com X-Wings no local. Galen fica gravemente ferido no meio da confusão do tiroteio, e Krennic é forçado abandonar o local. Os rebeldes também tem que fugir, mas graças à Força, Jyn ainda tem um momento para se despedir rapidamente de seu pai, que não resiste aos ferimentos.

Dentro da nave rebelde, Jyn saca que Cassian iria matar seu pai, e o provoca quanto a isso, e recebe um “agora a rebelião é real para você“, mostrando mais uma vez o lugar onde nos encontramos em Rogue One.

A primeira aparição de Darh Vader nos cinemas desde 2005, visto brevemente no final de A Vingança de Sith

Nesse ponto do longa-metragem, vemos Darth Vader, em seu castelo no planeta Mustaphar, um mundo vulcânico onde ele foi derrotado, mutilado e carbonizado por seu antigo mestre, o Jedi Obi-Wan Kenobi, na trilogia prequel dos anos 90/00.

Auxiliado por um idoso de capuz, vemos o Lorde Sith sair de um tanque de bacta (um dos equipamentos regenerativos no universo de Star Wars), e ir tratar com Krennic, que está cada vez mais pressionado para saber mais e sanar o vazamento.

Todos os planos imperiais são guardados em Scariff, um planeta paradisíaco, e é para lá que ele segue.

A Aliança Rebelde se mostra pusilânime e não acredita nos relatos de Jyn, e de como que os planos que seu pai mencionou estão em um arquivo em Scariff. Eles taxam o testemunho de um criminoso como Galen e Bhodi nada confiáveis, e se recusam a agir, e consideram até mesmo dissolver (parte da) Aliança, com medo dessa super arma, mesmo com um improvável discurso de Jyn para tentar levantar os ânimos (que deve ter sido cortesia das refilmagens).

Nos é mostrado diversas facções em constante conflito sobre que estratégia tomar, um prenúncio muito ruim de tudo desmoronar.

Já com o conhecimento da Estrela da Morte em mãos, a Aliança Rebelde reluta em fazer uma missão para explorar o ponto vulnerável dela

Mas Cassian, a despeito de tudo que tem passado com Jyn, está com ela. Não apenas ele: espiões, sabotadores e assassinos, a escória da Aliança Rebelde, que se entregaram de corpo e mataram a alma que tinham pela guerra.

Não é sem motivo que o piloto Bhodi batiza o grupo, que parte sem autorização oficial para Scariff, como Rogue One (sem tradução correta, é algo como bandido um, canalha um).

Jyn Erso e Cassian Andor partem em uma missão de tudo ou nada contra o Império

O tom de infiltração, cores dos cenários, selva e equipamentos bélicos, tudo a partir desse ponto do filme vai lembrar filmes de ação do Vietnã, com ótimas cenas de tiroteio entre os soldados rebeldes, os Storm Troopers, os AT-AT (andadores bélicos blindados de quatro pés) e os AT-ST (os mesmos, com dois pés).

Tarkin se manda para lá quando fica sabendo do ataque dos rebeldes, a bordo da Estrela da Morte — e manda avisar Darth Vader fazer o mesmo. Por sorte, a Aliança enfim resolve ajudar, quando a senadora Mon Mothma (Genevieve O’Reilly) fica sabendo que Jyn e Cassian estão sozinhos na missão.

É quando vemos as rápidas aparições dos droides R2-D2 e C3PO, que observam a partida das naves.

Na batalha final, em órbita de Scariff, podemos ver duas icônicas figuras da rebelião: o líder vermelho Garven Dreis e o líder dourado Dutch Vander — ambos apareceram antes em Uma Nova Esperança e os planos que os mostram em Rogue One foram tiradas diretamente do filme original.

Eles e o resto do Rogue Squadron precisam destruir um escudo planetário que protege Scariff de entradas indesejadas.

A título de curiosidade, na paródia de Star Wars chamada S.O.S.: Tem um Louco Solto no Espaço (1987), o cineasta Mel Brooks usou o mesmo recurso de defesa em uma cena de ataque em um planeta.

Mais do que entrar para ajudar na batalha na superfície, os X-Wing devem destruir o escudo para que os dados dos planos da Estrela da Morte possam passar e chegar aos computadores rebeldes.

Jyn Erso com uma roupa de um imperial, na infiltração que planejam fazer

Enquanto Jyn, Cassian e K2 tentam uma infiltração corajosa dentro do prédio onde estão os arquivos, para encontrar os planos da Estrela da Morte e descobrir seu ponto fraco, os outros rebeldes se preparam para uma tática de guerrilha, para chamar a atenção dos soldados imperiais e desviar a atenção, como se fosse um ataque mais convencional, o que daria mais cobertura para o trio.

Orson Krennic chega com seus Death Troopers em Scariff
As batalhas aéreas do filme são ótimas e dão tanta emoção quanto os combates terrestres
Os Death Troopers também participam da batalha contra os rebeldes

O clima sufocante começa a piorar com uma sequencia inacreditável de combates, e não demora muito para ocorrer mortes de vários personagens, dando a entender que tudo em Rogue One é vão:

O andróide K-2S0 é destruído ao se sacrificar para salvar Cassian e Jyn;
O general Anton Merrick (Ben Daniels) é abatido em sua nave;
Sargento Melshi (Duncan Pow), que fez de tudo para realizar a conexão de envio da mensagem para alguém da Aliança receber os planos da Estrela da Morte;
Chirrut, em mais uma cena de “eu estou unido à Força, a Força está comigo“, em uma das mais belas cenas de Star Wars, quando ele finalmente ativa a conexão para enviar a mensagem;
Cassian (ou assim parece), atingido por Krennic, logo após ajudar Jyn a pegar os planos em mídia física (parece um drive tamanho GG)
Bhodi, que consegue avisar o Almirante Raddus, da Aliança Rebelde, para receber os planos assim que destruir o escudo;
Baze, arrasado com a morte de seu grande amigo, e que mata vários Death Troopers antes de sucumbir.

O homem artilharia, Baze, que nunca erra um tiro

Finalmente, Jyn alcança o topo da torre de transmissão do prédio do Arquivo Imperial e envia os planos da Estrela da Morte (via o que? wi-fi? parece).

A fraqueza da estação bélica do Império foi explicada: não era um erro de engenharia, e sim um embuste criado por Galen Erso para se redimir de sua construção.

Krennic chega ao local e fica frente a frente com a moça, mirando sua arma nela. E ele descobre que ela é filha de Galen. Jyn diz que colocou um pavio na Estrela da Morte e contou para toda a galáxia como acender.

Orson Krennic fica nitidamente abalado, e é baleado por Cassian, que ainda resiste aos ferimentos que recebeu. Ele e Jyn fogem da torre, em uma cena íntima descendo um elevador.

Em seus momento finais, Krennic vê sua arma gigante se aproximando do horizonte, e agoniza indefeso perante o tiro disparado pela sua Estrela da Morte, agora nas mãos de Tarkin. O raio da estação blindada atinge um pedaço do mar distante, e a onda de energia de quilômetros de altura começa a se aproximar do local.

Jyn e Cassian estão na areia. Resignados, os dois morrem abraçados.

Um dos mais belos e tristes finais de Star Wars

Rogue One nesse momento não tem mais nenhum dos protagonistas vivos. Mas escolhe entregar mais ação ainda, momentos que os fãs de Star Wars sempre quiseram ver.

Nas naves em conflito no espaço acima de Scariff, soldados rebeldes estão em fuga com os planos (dessa vez salvos em mídia física, tipo um CD), e todos eles são vítimas de Darth Vader, que surge sombrio e vermelho em sua fúria assassina, nunca antes visto assim no cinema.

A aparição de Darth Vader na Batalha de Scariff é um dos grandes momentos de Star Wars da Disney nos cinemas

Um soldado rebelde — de dezenas — consegue escapar. E Rogue One termina diretamente ligado ao primeiro filme da saga, quando os planos são levados por um tripulante a bordo de uma nave chamada Tantive-IV, onde a Princesa Leia (Ingvild Deila, com o CG da atriz Carrie Fisher em cima) os recebe.

É esperança.

Uma Nova Esperança.

De todos os filmes de Star Wars desenvolvidos pela Disney, Rogue One indiscutivelmente foi o que teve mais versões alternativas, com as refilmagens alterando substancialmente a estrutura geral da narrativa.

De uma Jyn Erso bem mais suavizada nas maneiras e falas do que a vista nos trailers (que mostram uma mulher com um temperamento mais ~~ rebelde ~~ e de difícil trato), a alterações profundas em Cassian, que seria uma espécie de agente duplo, interessado em matar Saw Guerrera, que tinha assassinado alguém de sua família, ao final, que seria ainda mais trágico, tudo poderia dar errado.

Mesmo assim, um bom filme de Rogue One emergiu disso tudo, e vale muito a pena.

Rogue One só não é melhor que  O Império Contra-ataca.

STAR WARS O IMPÉRIO CONTRA-ATACA | 40 anos sob o império de melhor filme da saga

Bastidores One

Para melhor compreensão dos fatos que seguem, é preciso entender que todas as histórias criadas em livros, HQs, séries e videogames de Star Wars são chamadas de Universo Expandido.

E eles se tornaram Legends depois da compra pela Disney, que agora considera cânone apenas o que foi produzido depois de 2012 , data da compra, com exceção dos seis filmes originais lançados no cinema e a série em CG Star Wars Clone Wars.

Rogue One foi o primeiro filme da série Star Wars Antologia.

A trilha sonora do filme é composta por Michael Giacchino, marcando o primeiro filme em live-action no cânone de Star Wars a não ser produzido pelo maestro de sempre, o compositor John Williams.

Inacreditavelmente, nos primeiros roteiros, Jyn e Cassian sobreviviam aos eventos do filme, a despeito do desejo do diretor Gareth Edwards de matar todos.

Mas depois de falar dessa ideia para a chefona Kathleen Kennedy, a executiva da Disney para a franquia Star Wars, ela aceitou e deu permissão para matar todos os personagens. E mesmo isso foi alterado em muitos momentos.

Cassian seria morto por Krennic perto da praia, por exemplo.

O elenco de Rogue One e alguns executivos com Kathleen Kennedy, a chefona da Disney para Star Wars, atrás de Felicity Jones

Rogue One foi lançado enquanto Star Wars Rebels estava na TV, uma série em CG (computer graphics) que mostram personagens que lutam contra o Império. Entre eles temos rebeldes, antigos soldados, mandalorianos e até mesmo Jedi, em aventuras situadas entre os filmes Star Wars – Episódio III – A Vingança de Sith (2005) e Uma Nova Esperança.

Lançado em 2014, Star Wars Rebels obteve grande sucesso, e foi encerrada em 2018, com seus personagens deixados próximos dos eventos que aconteceriam em Uma Nova Esperança.

Mesmo com a aparente sinergia, o produtor da série, Dave Filoni, e o diretor de Rogue One, Gareth Edwards, preferiram seguir em caminhos separados, com suas produções existindo por si só, sem ligações entre elas.

O máximo que teve foi uma aparição da nave rebelde do grupo de Star Wars Rebels, chamada de Ghost, na Batalha de Scariff, e Chopper, o droide do grupo de Rebels, num piscou-perdeu, durante a segunda sequência em Yavin-4, quando R2-D2 e C3PO também aparecem.

No entanto, em 2017, no episódio 04×02 de Rebels, chamado “In the Name of the Rebellion“, vemos uma espécie de prequel (pré-sequência) de Rogue One.

Ezra Bridger, um jovem aprendiz de Jedi, e Sabine Wren, uma mandaloriana, acompanham Saw Gerrera em uma investigação sobre algo sombrio que o Império está construindo. Eles descobrem um grande grupo de prisioneiros dentro de uma nave, forçados a trabalhar em serviços científicos e de engenharia, que empregam cristais kyber.

Quando os rebeldes atacam o local, soldados Death Troopers a bordo da nave lutam contra eles, e o nome de Krennic chega a ser mencionado, quando um piloto diz para avisar o Diretor a respeito do ataque.

Esse episódio acontece cronologicamente antes de Rogue One, e indica que Saw já suspeitava de uma arma poderosa do Império sendo construída.

O episódio foi escrito por Gary Whitta, um dos co-escritores de Rogue One.

A primeira continuação de Uma Nova Esperança foi este livro, onde vemos na capa o poderoso Cristal Kaiburr

A ideia dos cristais kyber já constavam dos roteiros iniciais de Lucas em seu projeto de fazer Star Wars.

E ele de fato aparece no primeiro produto lançado após Uma Nova Esperança, o livro Splinter of the Mind’s Eye, escrito por Alan Dean Foster em 1978.

A trama foi baseada nas ideias de George Lucas a respeito de uma possível sequencia do primeiro filme, e nele conhecemos um artefato Jedi de imenso poder, chamado de Cristal Kaiburr.

A ideia de Lucas era que o livro servisse de material-base para que um filme de baixo orçamento fosse feito, caso Uma Nova Esperança não rendesse tanto. Mas a Força fez o filme ser um sucesso gigantesco — e o livro também.

Com a entrada de (um mundo de) dinheiro, Splinter of the Mind’s Eye deu lugar ao roteiro de O Império Contra-ataca, um dos melhores filmes da saga (e do cinema).

No livro, é citado o planeta Mimbam, e esse era o nome de Jedha nos rascunhos iniciais de Rogue One. O planeta apareceu no novo cânone ao ser citado no filme Han Solo: Uma História Star Wars (2018).

Os cristais reapareceram, em outro contexto e nome, em Star Wars: A Guerra dos Clones (2008) e Star Wars Rebels, onde a cor dos cristais kyber determinam a cor do sabre de luz dos Jedi.

O pedaço de kyber que Jyn carrega no pescoço é branco, a cor mais rara do mineral. A única que tem um sabre de luz dessa cor é Ahsoka Tano, a Jedi que foi aprendiz de Anakin Skywalker, que percorreu uma longa trajetória na saga, escapando dos eventos mortais e aparecendo até em Mandalorian, série que se passa 5 anos depois de Star Wars – Episódio VI – O Retorno de Jedi (1983).

Saw Gerrera, que no filme é interpretado por Forest Whitaker, é um líder guerreiro que foi trazido diretamente da série em CG Star Wars Clone Wars, onde apareceu pela primeira vez no episódio 05×02, chamado “A War on Two Fronts“, de 2012.

Saw foi originalmente criado por George Lucas para uma série de TV que nunca aconteceu, Star Wars: Underworld, que mostraria o lado criminoso do submundo da saga espacial.

Mas o mais perto disso foi um videogame produzido, e infelizmente que nunca viu a luz das TVs nos consoles dos jogadores.

O cult Star Wars 1313 seria um game de aventura que se passaria nesse submundo e contaria a juventude de Boba Fett e como ele adquiriu seu status de caçador de recompensas renomado. No mundo mecanizado de Coruscant, o planeta-capital do Império, o nível “1313” é o local mais perigoso e onde a escória do universo se esconde.

O jogo foi anunciado na E3 2012, ano que a Disney comprou Star Wars de Lucas, por isso que projeto foi pro “espaço”.

Os robôs R2-D2 e C-3PO aparecem brevemente em Rogue One, e isso faz do ator Anthony Daniels o único ator que aparece em todos os filmes da saga espacial, ainda que ele não esseja o droide tradutor em Han Solo: Uma História Star Wars (2018), e sim outro personagem figurante.

Jet Li era a outra escolha do estúdio para fazer Chirrut, mas ele cobrou caro demais.

Donnie Yen a princípio estava relutante em aceitar o papel de Chirrut, mas seu filho mais novo é grande fã de Star Wars, e ele cedeu. A ideia do lutador ser cego partiu dele aliás.

A atriz Genevieve O’Reilly reprisou seu papel de Mon Mothma, que ela já tinha feito em A Vingança dos Sith — mas que ninguém viu, pois todas as cenas foram deletadas. Outro que retornou foi o General Jan Dodonna (Ian McElhinney).

Para quem não se lembra, ele é o líder rebelde mostrado em Uma Nova Esperança — é ele quem dá o briefing da missão para destruir a Estrela da Morte, no final do primeiro filme de George Lucas.

James Earl Jones retornou para fazer a voz de Darth Vader, em seu primeiro trabalho para a Disney desde O Rei Leão (1994). O ator que personificou o Lorde Sith em Rogue One foi Spencer Wilding.

O letreiro de apresentação de Star Wars – Uma Nova Esperança, de 1977, de onde foi tirado a trama para fazer Rogue One, quase 40 anos anos depois
O General Dodonna passa o briefing com os planos roubados da Estrela da Morte em Rogue One, antes da batalha final em Uma Nova Esperança
Os planos da Estrela da Morte contém o ponto fraco da estação blindada: uma passagem vulnerável deixada pelo engenheiro Galen Erso

Em uma cena em Jedha, logo quando Cassian e Jyn estão andando pelas ruas, eles trombam com uma dupla de mal-encarados.

São o Dr. Evazan e Ponda Baba, dois criminosos perigosos, que seriam mostrados com destaque no primeiro filme da saga — são eles que Obi-Wan Kenobi (Sir Alec McGuinnes) enfrenta na cantina de Mos Eisley.

Baba inclusive tem o braço decepado na luta, na primeira cena em que vemos um sabre de luz em Star Wars. Quem apareceu em Uma Nova Esperança também e retornou para Rogue One foi o grande vilão Tarkin, que foi interpretado originalmente por Peter Cushing.

O ator, que morreu em 1994, retornou em Rogue One graças à CG em cima do dublê Guy Henry. Os materiais promocionais e obras do Universo Expandido do Legends e do novo cânone tratam Tarkin com o título de Grand Moff e ocasionalmente Admiral (almirante).

Mas no filme de 1977 ele é chamado de Governador, e de novo foi assim em Rogue One. O título Moff nunca foi falado assim nos filmes de Star Wars, apenas em uma cena deletada no filme do Han Solo.

Falando (infelizmente) de mais mortes, no ano de lançamento de Rogue One, em 2016, morreram a atriz Carrie Fisher (Princesa Leia) e os atores Kenny Baker (R2-D2) e Drewe Henley (o líder vermelho do Rogue Squadron, o esquadrão de naves dos rebeldes).

Jyn Erso
Jan Ors

O nome da personagem principal de Rogue One, Jyn Erso, faz alguma referência à Jan Ors, que apareceu no videogame Star Wars: Dark Forces (1995), jogo de tiro e ação lançado para PCs e Playstation.

O game tem como primeira missão fazer Ors e um soldado imperial relutante chamado Kyle Katarn recuperar os planos originais da Estrela da Morte.

Essa foi uma das primeiras menções em Star Wars à essa trama, e que foi trabalhada em outras obras do Universo Expandido, e que, logicamente, se tornou Legends depois da compra da Disney, reescrita pelos eventos de Rogue One.

Katarn, no Legends, se torna uma peça das mais importantes da saga Star Wars. Ele muda de lado, se torna cada vez mais heroico, descobre sua ligação com a Força, e junto com ninguém menos do que Luke Skywalker, recria a Ordem Jedi após a derrota do Império.

Os eventos de Dark Forces estão de alguma forma ligada à Batalha de Toprawa, outra parte importante do Legends, quando os rebeldes conseguem roubar mais partes do plano da Estrela da Morte, e referenciada em diversas outras obras.

Outra possível referência de Jyn Erso é Juno Eclipse, uma piloto do Rogue Squadron, presente no videogame Star Wars: The Force Unleashed (2008).

No game também existe um droide muito parecido com o design de K- 2SO, e um líder político e um dos fundadores da Aliança Rebelde chamado Galen Marek, da onde pode ter vindo também o nome de Galen Erso, o pai de Jyn.

A capa do jogo Dark Forces, um dos primeiros trabalhos a tratar sobre o roubo dos planos da Estrela da Morte

Muito material do Universo Expandido do Legends ainda se sobressaem em qualidade a outros.

Depois de O Império Contra-ataca e Rogue One, o terceiro melhor produto da saga Star Wars é o projeito Shadows of The Empire.

STAR WARS SHADOWS OF THE EMPIRE | A vitória do mediano nos videogames

Quando Jyn está vasculhando os arquivos em Scariff atrás dos planos da Estrela da Morte no clímax de Rogue One, ela se depara com um extenso repositório de outros projetos secretos do Império.

Um dos tópicos que o filme mostra é Hyperspace Tracking, a tecnologia de trânsito espacial usada pela Primeira Ordem em Star Wars – Episódio VII – Os Últimos Jedi (2017).

Jyn também vê a palavra Darksaber, o sabre de luz negro dos mandalorianos, que é visto no já citado Star Wars: The Force Unleashed, Star Wars: A Guerra dos Clones, Star Wars Rebels, e mais recentemente, nos eventos da série O Mandaloriano (2019-2020).

A lista ainda contém nomes como Stellarsphere, Mark Omega, Pax Aurora, Ord Mantell, Cluster Prism e Stardust — esse último, o apelido que o pai de Jyn deu para ela, e que foi traduzido no Brasil como “estrelinha”, e a forma que o pai encontrou de “senha” para que Jyn soubesse que era pra ela quando lesse.

THE MANDALORIAN | Como Boba Fett salvou a franquia Star Wars/Disney

Stellar Sphere, Mark Omega e Pax Aurora foram mencionados como sub-componentes da Estrela da Morte no livro Catalyst.

Entre os produtos derivados de Rogue One, a Disney fez um romance tie-in (paralelo) para o filme de Rogue One, chamado Catalyst: A Rogue One Novel, lançado em 15 de novembro de 2016, mais de um mês antes da estreia do longa.

Foi escrito pelo romancista veterano de Star Wars, James Luceno, e começa um ano antes do início das Guerras Clônicas e termina uns 4 anos depois dos acontecimentos de A Vingança dos Sith.

O romance é uma das obras que mais liga a trilogia prelúdio com a clássica.

Capa da edição #1 de Rogue One, que adapta o filme em HQ. Arte de Phil Noto

Uma novelização do filme também foi publicada, perto do lançamento dos cinemas, escrita por Alexander Freed.

Em maio de 2017, Beth Revis escreveu Rebel Rising, um livro que fala sobre a vida da menina Jyn Erso até quando ela era uma órfã rebelde ao lado de Saw Gerrera.

No universo dos quadrinhos, a Marvel/Disney publicou uma adaptação em HQ do filme em junho de 2017, em seis edições, escrita por Jody Houser e desenhada por Emilio Laizo.

Em agosto do mesmo ano, o escritor Duane Swierczynski e o desenhista Fernando Blanco fizeram Star Wars: Rogue One – Cassian & K2SO Annual, que mostra uma aventura dos dois rebeldes antes de Rogue One. Em dezembro, dessa vez pela editora IDW, saiu Star Wars: Rogue One Graphic Novel Adaptation, em uma pegada mais infantil e cartoonizada.

De volta à Rogue One

A Disney já tem planos para mais produtos Rogue One. Entre os anúncios do Dia dos Investidores, um megaevento para imprensa e público, ocorrido em dezembro de 2020, a Disney relevou a produção de 10 séries da Marvel, 10 séries de Star Wars, e mais 15 séries e 15 filmes em live-action e animação, incluindo títulos da Pixar.

Entre, eles, foi divulgado um teaser de Andor, uma das novas séries de Star Wars. A prévia mostra os bastidores da produção que terá o retorno de Diego Luna ao papel de Cassian Andor.

O seriado vai se passar 5 anos antes de Rogue One, e além de Luna, contará com um elenco formado por Stellan Skarsgård, Adria Arjona, Fiona Shaw, Denise Gough, Kyle Soller e Genevieve O’Reilly, que retorna em seu papel de Mothma.

Serão 12 episódios com previsão de chegada em 2022. Tony Gilroy, um dos co-escritores de Rogue One, será um dos responsáveis pela série.

O elenco de Rogue One
A melhor coisa de Rogue One: Felicity Jones
Uma das imagens promocionais mais usadas em Rogue One, com Jyn Erso caracterizada com uma imperial. Não entrou (desse jeito não)
Rogue One
Cassian e Jyn no conflito terrestre em Scariff. Não entrou
Rogue One
Orson Krennic andando sob os escombros do conflito terrestre em Scariff. Não entrou
Rogue One
Darth Vader dentro da Estrela da Morte. Não entrou

/ JUNTANDO TODAS AS CENAS QUE NÃO ENTRARAM. Abaixo você pode ver todos mais imagens e vídeos mostrados nos trailers e que ficaram de fora do corte final de Rogue One.

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