O diretor David Leitch trouxe toda a hipercinética de ação de John Wick para seu primeiro filme solo, Atômica (Atomic Blondie, 2017), estrelado por Charlize Theron, um iceberg explosivo na forma de uma agente loira atômica, que funciona em todos os sentidos.
A ambientação dos anos 1980 na Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental dá o tom mais cool e estiloso possível a esse filme de espionagem, que cria um neon noir saturado de cores e formas para deixar tudo mais nítido e atrativo.
A Guerra Fria foi um conflito geopolítico ideológico que durou do pós-Segunda Guerra Mundial até 1991.
Tudo começou com o fim da grande guerra, em 1945. A Alemanha nazista derrotada foi dividida pelos países vitoriosos (assim como Vietnã, Coreia e outros). Assim, 1/3 da Alemanha ficou com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, e os outros 2/3 ficaram com os Estados Unidos, França e Reino Unido.
Essas zonas de influência foram se alterando até se estabelecer com a porção ocidental comandada pelos americanos capitalistas e a porção oriental pelos russos comunistas, com o Muro de Berlim sendo a separação de fato física.
As duas superpotências antagônicas, EUA e URSS, buscavam aumentar a vantagem estratégica sobre o outro e expandir seu número de aliados. E uma das principais ferramentas para isso nessa Guerra Fria era a espionagem.
Berlim era a fronteira entre os dois blocos, e Atômica brinca com todas as possibilidades de espiões e agentes duplos atuando na cidade mais temerária e visada da Guerra Fria.
Atômica teve origem nos quadrinhos criados por Antony Johnston e Sam Hart, a graphic novel The Coldest City (2012), e Jonhston baseou seu trabalho em cima das obras de John le Carré (1931-2020), pseudônimo do escritor David John Moore Cornwell, britânico naturalizado irlandês, clássico escritor inglês de livros de espionagem.
The Coldest City (“A cidade mais fria”) é densa, sóbria e intricada, cheia de reviravoltas.
A protagonista é a agente secreta britânica Lorraine Broughton, que se tornou objeto de desejo da atriz Charlize Theron quando ela conheceu a HQ, que levou anos para conseguir realizar o projeto de levar a loira atômica aos cinemas.
Enquanto que a graphic novel de Johnston e Hart é um thriller neonoir de espionagem e trama sustentada pelo suspense e diálogos, o filme de Leitch reflete diretamente o espetáculo visual de lutas e coreografias que John Wick fez ser um sucesso nos cinemas.
Leitch co-criou John Wick, o assassino secreto interpretado por Keanu Reeves em De Volta ao Jogo (2014), um dos maiores sucessos dos filmes de ação no cinema, então ficou mais do que confortável em botar as mãos em um filme de espionagem, e mais, em criar situações de lutas incríveis para o filme, inexistentes na HQ.
Assim, o filme se distancia da obra original. De uma mídia estática preta e branca de diálogos e situações-chaves de plot twist, The Coldest City se tornou Atomic Blondie, um filme de ação neon ultrarrápido pontuada por uma trilha sonora marcante de sucessos dos anos 1980 do rock e new wave, e essa linguagem funcionou para que o filme funcionasse como entidade separada.
A diferença gráfica do preto e branco da HQ de Johnston e Hart, que remete à divisão preta e branca da Guerra Fria, se torna uma aquarela nas mãos de Leitch, tal qual os filmes do cineasta Nicolas Winding Refn, diretor daltônico conhecido pela alta saturação de cores em suas obras, com Drive (2011) como sua maior obra.
Leitch é esperto nos tons vermelhos (comunistas?) e azulados mais frios, nos remetendo assim de igual forma ao cenário geopolítico da época retratada.
Esse híbrido de complexas tramas audiovisuais de rápida absorção com a ação de James Bond e John Wick caem com uma luva no vulcão de interpretação de Charlize: é um prazer ver ela em tela como Lorraine.
Apesar disso, as tramas da graphic novel de Antony e Sam e do filme de David são iguais, com poucas liberdades criativas tomadas pelo diretor.
Estamos em novembro de 1989. A Guerra Fria está perto de esquentar pela última vez. O comunismo está colapsando, e o Muro de Berlim que divide a Alemanha em Ocidental e Oriental está prestes a ruir.
Na história apresentada em Atômica — filme e HQ — pouco antes disso acontecer, um agente secreto do MI6, agência de espionagem britânica (formada em 1909), é morto na cidade.
Ele estava de posse de uma lista de agentes de outras organizações secretas de outros países, como EUA, França, Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, URSS, e todos eles podem ser expostos agora. Pior, há um agente duplo dentro do MI6.
Entre os diversos personagens da trama, temos agentes de outras organizações de espionagem, como a CIA (Central de Inteligência Americana), a agência de espionagem mais famosa, criada logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1947; a KGB (Comitê de Segurança do Estado), fundada em 1954 pela URSS; e a Stasi (Serviço de Segurança do Estado), a temida agência secreta da Alemanha Oriental, fundada em 1950.
Lorraine Broughton, uma veterana agente do MI6, é designada para tentar encontrar a lista antes que ela caia em mãos erradas. Mas quão erradas? Quem é o errado na Cortina de Ferro, nome informal dado ao muro ideológico que sustenta a Guerra Fria, no eterno embate de capitalismo vs comunismo?
Ao chegar em Berlim, Lorraine encontra uma atmosfera de incerteza. Ela não sabe em quem confiar, questão que dificulta consideravelmente a sua missão.
A substância hipersaturada de cores, sons e ação de David Leitch parece acima do conteúdo no filme, que peca por ser errático na montagem em certos momentos, mas não é nada que nos atrapalhe na missão de assistir esse belo filme.
Atômica
(Atomic Blondie, 2017, de David Leitch)
O começo de Atômica é uma gravação do Presidente dos EUA na época, Ronald Reagan, pedindo a Queda do Muro de Berlim. Ela é seguida de outra, dessa vez do Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral do Partido Comunista da URSS de 1985 a 1991, contemporizando.
Mas, como o próprio filme diz, a história não é sobre isso.
O tema denso e pesado da releitura da música Blue Monday, uma das mais conhecidas do New Order, aqui pelas mãos do Health, pontua a perseguição e o assassinato de um homem, que em breve descobriremos ser um agente secreto.
O alto contraste de neon na filmagem parece brigar com a estilização, ainda mais que o agente, James Gasciogne (Sam Hargrave), está de pijamas, correndo desesperado.
Mas isso é revigorado imediatamente pela cena seguinte, com Lorraine Broughton saindo de uma banheira de gelo, nua, surrada. Logo David estabelece que seu filme será um vai e vêm de acontecimentos, já que ela parece ciente da morte do agente.
Charlize está em ótima forma aqui, com uma entrega gélida no oposto de loira atômica do título. Aliás, Atômica é um raro exemplar de filme de espionagem com uma mulher como protagonista, e que aqui funciona à perfeição.
Lorraine Broughton é uma mulher forte, que não deve nada a nenhum dos melhores e mais famosos espiões da cultura pop.
A estrutura do roteiro não-linear nos apresenta diversos personagens. Todo mundo é esperto e estiloso, ao menos até ser morto. Leitch tenta se afastar dos clichês e aplica a hipercinética que desenvolveu em John Wick não apenas nas cenas de ação, mas em takes e closes.
Lorraine tem que forçar uma parceria com um agente britânico relutante já estabelecido em Berlim, David Percival (James McAvoy), já aclimatado e modificado depois de anos na cidade dividida.
Os outros espiões são Eric Gray (Toby Jones) e C (James Faulkner), superiores de Lorraine no MI6; o agente da CIA Emmett Kurzfeld (John Goodman); o agente Spyglass (Eddie Marsan), da Stasi; Aleksander Bremovych (Roland Møller), da KGB; além de Merkel (Bill Skarsgård) e o Relojoeiro (Til Schweiger), aliados que Lorraine faz na cidade.
Mesmo assim, Atômica peca em muitos momentos, pois o roteiro dessa trama de espionagem não-linear se mostra confuso, num mix de “o que está acontecendo? ” e “ah, tá”. Isso passa a impressão de, ao invés de esclarecer a história, ela parecer mais complicada do que já é.
Seria esperado isso nas cenas de ação, mas felizmente, não ocorre. Pois é nítida a preocupação de David Leitch em deixar bastante claro o que está acontecendo, com ausência de planos curtos e fechados e a modorrenta câmera tremida ou cenas em câmera lenta, e é isso que faz Atômica funcionar, ainda mais do que seus similares nas telonas.
Além de cenas de ação, temos cenas de sexo. O sangue e suor, secreções humanas por natureza em uma luta entre dois seres humanos, está intimamente ligado ao sexo, ainda que muitos realizadores tentem castrar esse mood das estruturas montadas. Portanto, o sexo faz parte do filme, bem mais do que na novela gráfica.
Delphine Lasalle, a agente secreta francesa, personagem de Sofia Boutella, é um homem nos quadrinhos, onde Lorraine também o seduz. E sim, eles fazem sexo, mas vestidos (mais americano, impossível). Ambas as atrizes concordaram em conduzir as cenas de modo mais picante, a fim de provocar novos meios de contemporizar a história de modo mais crível.
O sexo é funcional a princípio, mas cai no chavão comum de representar morte depois. Lorraine não usa sua beleza sexy de gostosa blasé gelada pra cima de nenhum homem, ainda que a maioria a queira. Ponto para o não-sexismo aqui.
A reviravolta tem um final diferente da HQ, algo esperado se tratando de um produto americano…capitalista, né. Cinema de Hollywood. Segue o jogo, lance normal.
Escritores, diretor e desenhista atômicos
Atômica foi dirigido por David Leitch, em cima de um roteiro de Kurt Johnstad, baseado nos quadrinhos de Antony Johnston e Sam Hart.
E esse foi o primeiro filme creditado de David como diretor, já que ele David já tinha co-dirigido De Volta ao Jogo com Chad Stahelski.
Depois de Atômica, Leitch dirigiu Deadpool 2 (2018) — ele já tinha dirigido o “vídeo teste” de 2017 que o ator Ryan Reynolds usou para tentar fazer o primeiro filme –, Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (2019) e o recente Trem-Bala (2022).
Kurt já tinha escrito os roteiros dos filmes 300 (2006), baseada numa HQ de Frank Miller, Ato de Coragem (2012) e 300: A Ascenção do Império (2014).
Antony escreveu 5 números de Daredevil, a revista do Demolidor, da Marvel Comics, entre 2010 e 2011, responsável pela saga Terra das Sombras, uma das melhores sagas da Marvel na época.
Ele também escreveu as tramas de vários jogos de videogames da série de terror espacial Dead Space (2008-2013), o jogo do universo Senhor dos Anéis, Terra-Média: Sombras de Mordor (2014), e o esperando game de terror Resident Evil Village (2021), um clássico do horror survival dos videogames, entre outros.
Sua maior obra é a série Wasteland (2006-2015), uma distopia passada numa América cheia de rios e oceanos envenenados por um grande desastre que arruinou metade do planeta. No meio das ruínas, Michael, que revira os escombros para sobreviver, encontra uma máquina misteriosa que pode ajudar a humanidade a se reerguer.
Já o artista Sam Hart nasceu em 1973, no Reino Unido, mas mora no Brasil há muitos anos. Fez trabalhos de ilustração e storyboards para revistas, jornais e agências como Veja, Exame, Superinteressante, Folha de São Paulo, DPZ e Africa.
No mundo dos quadrinhos, estreou em 1991, com o fanzine Matrix, que ganhou os prêmios Melhor Fanzine HQMix e Primeira Bienal de HQ-RJ.
Isso abriu portas para os mercados americanos e europeus de quadrinhos. Foi editor das revistas brasileiras de quadrinhos Front! e Kaos nos anos 2000, desenhou uma série de HQs de Starship Troopers (2006), do filme Tropas Estelares (1997), de Paul Verhoeven, e edições de 2008 de Juiz Dredd, um dos mais clássicos personagens ingleses, na revista 2000 AD, além de ter feito mais duas graphic novels King Arthur (2011), e Joan of Arc (2014).
Um de seus projetos mais recentes é a série sci-fi medieval em quadrinhos 10 Dias Perdidos (2018~).
Sam levou 1 ano para desenhar as 176 páginas de Atômica, lançada em 2012 pela editora Oni Press no Reino Unido. O artista se baseou visualmente em sua avó para criar Lorraine. No mesmo ano de lançamento do filme de Atômica, a graphic novel foi lançada no Brasil, com o nome de Atômica: A Cidade Mais Fria, pela Darkside Books.
A arte de Sam Hart na HQ de Atômica é minimalista. Não há graduação de tons do preto e branco para cinza, o que ajuda a criar uma identidade visual marcante em consonância com a Guerra Fria em si.
Isso também ajuda a deixar menos claro quem de fato está de qual lado, ao tornar todos “parecidos”. Como que Lorraine saberá em quem confiar? Antony trabalha isso também, em um roteiro circular que nos faz pensar mais sobre o que está acontecendo, nos deixando como porto seguro a própria Lorraine. Rapidamente nos apegamos à ela no meio desse estresse mental e perigo iminente.
Charlize Theron
Charlize Theron teve treinamento com oito profissionais para criar sua incrível performance física como agente secreta de alto nível no filme.
Ela treinou junto com Keanu Reeves, que estava se preparando para John Wick: Um Novo Dia para Matar, lançado no mesmo ano de 2017, dirigido por Chad Stahelski, o co-diretor do anterior, junto com Leitch. Chad voltaria a dirigir Keanu Reeves em Matrix Ressurections (2021).
Theron e Reeves já tinha feito dois filmes juntos, o suspense Advogado do Diabo (1997) e o romance Doce Novembro (2011). Mas os filmes de ação não eram novidade para Charlize, que já tinha estrelado a adaptação da animação da MTV Æon Flux (2007), uma heróina sexy em um futuro distópico.
Nascida em Johannesburg, na África do Sul, Charlize é uma das melhores atrizes de sua geração, equiparando beleza (foi modelo) e talento (também é dançarina de balé) de um modo raro visto em Hollywood.
Seu primeiro filme foi no terror B Colheita Maldita 3: A Colheita Urbana (1995), e menos de 10 anos depois ter faturado o Oscar de Melhor Atriz por Monstro (2003) é prova de seu trabalho. Dois anos depois, ela foi indicada de novo, no mesmo prêmio, por Terra Fria (2005), e em O Escândalo (2019), novamente na mesma categoria.
Dois antes de fazer Atômica, da qual ela foi uma das produtoras, Charlize fez Mad Max 4 – Estrada da Fúria (2015), o melhor filme do ano até hoje, na qual interpretou Furiosa, personagem que toma o lugar até do protagonista, Max.
Charlize Theron demorou 5 anos para fazer Atômica acontecer nas telas, e o sucesso de Furiosa em Mad Max foi o que ajudou a deslanchar o desenvolvimento do projeto.
Nas filmagens de Atômica, Charlize Theron chegou a perder dois dentes. Seu companheiro de tela, James McAvoy, quebrou a mão no set de Fragmentado (2016), e fez suas cenas com gesso no braço.
Em uma cena de Atômica vemos um cinema da Alemanha Oriental, com o filme Stalker (1979) em exibição. Trata-se de um clássico soviético da ficção científica, onde um guia profissional guia pessoas interessadas através da Zona, uma região militarizada e surreal em um país não-identificado, onde podem chegar a uma sala onde seu desejo mais profundo pode ser realizado.
Toby Jones com seu Eric Gray é a segunda vez do ator como alto oficial da Inteligência Britânica na Guerra Fria, depois do incrível e poderoso O Espião Que Sabia Demais (2011), um dos melhores filmes de espionagem do cinema, baseado em um livro de Carré.
Você pode saber mais sobre Carré nesta matéria sobre Alexei Vazhin, um dos mais misteriosos espiões do Universo Marvel.
ALEXEI VAZHIN | James Bond, Nick Fury e George Smiley em um só
A trilha sonora de Atômica
Cada capítulo do filme Atômica tem uma canção que serve de tema, e ela pontua muito do que é apresentado, um trabalho cada vez mais raro de ser obtido, já que a justaposição correta faz toda a diferença aqui.
Um dos responsáveis pela escolha das músicas foi o veterano John Houlihan, cujo trabalho nos dois Deadpool (2016,2018) falam por si, e de Tyler Bates, cujos filmes também falam por si: Watchmen (2009), Guardiões da Galáxia (2014), Guardiões da Galáxia Volume II (2017) e John Wick – Um Novo Dia Para Matar.
1 – Cat People – Putting Out Fire – David Bowie
2 – Major Tom – Völlig Losgelöst – Peter Schilling
3 – Blue Monday – HEALTH
4 – C*cks*cker – Tyler Bates
5 – 99 Luftballons – Nena
6 – Father Figure – George Michael
7 – Der Kommissar – After the Fire
8 – Cities in Dust – Siouxsie & The Banshees
9 – The Politics of Dancing – Re-Flex
10 – Stigmata – Marilyn Manson & Tyler Bates
11 – Demonstration – Tyler Bates
12 – I Ran (So Far Away) – A Flock of Seagulls
13 – 99 Luftballons – Kaleida
14 – Voices Carry – Til Tuesday
15 – London Calling – The Clash
16 – Finding the UHF Device – Tyler Bates
Bowie, além de abrir a trilha sonora (na organização do álbum, sendo que no filme a primeira que aparece é a Blue Monday, clássico do New Order, do disco Power, Corruption & Lies, de 1983, aqui reinterpretada pelos caras do Health), teria um papel no filme, mas ele declinou, pouco antes de falecer, provavelmente por motivos médicos.
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