Há poucos artistas que superam Shingo Araki em elegância, composição, forma, cinética e volume no universo do desenho animado — mais ainda nos animes, como são chamados os desenhos animados no Japão.
Com uma beleza de traço ímpar que “roubou” até a paternidade da obra de Masami Kurumada, o animador e diretor de animação Shingo Araki ficou conhecido mundialmente como o character design do anime de Cavaleiros do Zodíaco, o nome pela qual a obra Saint Seiya (de Kurumada) ficou conhecida no mundo todo, desde que explodiu em popularidade nos anos 1990.
A rica história profissional de Shingo se confunde com a história da indústria de animação japonesa, mas aqui focaremos especialmente seu trabalho em Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco.
Dono de um traçado e design dinâmico no sentido mais puro da palavra, atraente e bonito em poses, e com um toque de classe que nunca fica datado, o artista entregava charme e poder, fúria e suavidade, como podemos comprovar assistindo aos animes que constam de seus trabalhos.
Os corpos de seus personagens são finos e flexíveis, sejam femininos ou masculinos — mesmo os musculosos ganham mais graça e suavidade aparentemente impossíveis.
Posições criativas de combate, manejo hábil de ocupação de espaço, uso de cenários amplos em ângulos interessantes, expressões faciais com sobrancelhas salientes, cabelos volumosos e olhos grandes e expressivos, tudo com muita elegância e primor.
Araki conseguia refletir o sentimento na cena que desenhava. Ele vinha na medida certa em diferentes proporções, tamanhos e cores, com movimentos fluindo a cada cena, a uma velocidade impressionante quando exigido.
Os corpos esbeltos e inclinados, altos e esguios, no traço idiossincrático de Shingo, são hipnotizantes em um olhar mais apurado.
A carreira do artista
Shingo Araki iniciou sua carreira ainda muito jovem — 17 anos de idade — como ilustrador de publicidade, produzindo contos em uma publicação chamada Ooinaru isan, e depois na revista Estate-A Taiyo Big.
Com a mesma idade começou no mundo das mangás, ao começar a colaborar na revista Machi em 1955. Sua influência na época era o artista Massaki Sato, criador de Kage Otoko, mangá adulto de temática policial.
O jovem Araki fez 60 histórias de curta duração na revista, onde aperfeiçoou seu traço.
Ele começou a absorver influências das várias obras de Osamu Tezuka (o maior artista de mangá de todos os tempos), de Mitsutero Yokoyama e seu Tetsujin 28-GO (primeiro mangá a apresentar um robô gigante, iniciando o que viria mais tarde a ser conhecido como gênero mecha, lapidado pelo artista Go Nagai depois), de Jiro Kuawata e seu Oitavo Homem (mangá de ação de 1963 com um androide, considerado o primeiro super-herói ciborgue do Japão, pré-datando até mesmo Kamen Rider — no mesmo ano, o criador desse, o artista Shotaro Ishinomori criou Cyborg 009, e foi supostamente a inspiração para RoboCop) e de Mitsuaki Suzuki com sua Momoko Tanteicho (mangá de aventura com uma garota detetive).
Mori Masaki, futuro diretor de animações no mercado, entrou na Mushi Production, estúdio de Osamu Tezuka, como animador em 1965, e chamou Araki, então com 27 anos, para colaborar lá.
E a obra Jungle Taitei já saiu com trabalhos seus, no mesmo ano. A animação é mais conhecida como Kimba, a história da qual a Disney copiou para fazer seu Rei Leão (1994). Shingo Araki fez imagens intermediárias e atuou até mesmo como diretor de algumas cenas.
Osamu Tezuka é O artista. Chamado de “O Deus do Mangá” no Japão, tamanho seu poder e influência que é como se ele fosse os desenhistas Will Eisner, Jack Kirby, o empresário Walt Disney e o cineasta Orson Wells em um só.
Tezuka criou a maioria dos clichês do gênero (como os famosos olhos grandes), e se a palavra mangaká (escritor e desenhista de quadrinhos, no Japão) tem algum sinônimo no dicionário, a foto dele deve estar ao lado da palavra.
Em 1966, Araki e seus amigos Akio Sugino, Akihiro Kanayama e Nobuyoshi Sasakado fundaram o Studio Jaguar, mas ele continuou trabalhando nas obras de Tezuka, como A Princesa e o Cavaleiro (1967), Dodoro (1969) e Johnny Cypher (de 1968, uma produção nipo-americana).
No fim dos anos 1960, Shingo Araki conheceu a sua futura esposa, a também artista Michi Himeno. Ambos começaram a trabalhar juntos nos anos 1970. Ele fazia a direção de arte, desenhava, e ela executava.
A sinergia do casal garantiu um estilo explosivo e dinâmico que oferecia também um panorama mais suave e elegante ao traçado. Aos poucos, os traços de ambos mesclaram-se para se tornar um só.
Araki foi diretor de animação de outros trabalhos colossais da indústria de cultura pop, como alguns trabalhos do mangaká Go Nagai — nas adaptações animadas dos mangás Devilman (1972), Cutie Honey (1973) e UFO Robo Grendizer (1975).
Nagai é outro gigante dos mangás, um prolífico autor de ficção científica, fantasia, horror e erotismo. Com Mazinger Z (1972), inaugurou o gênero de mecha (robôs gigantes); com Harenchi Gakuen (1968) e Kekko Kamen (1974), o gênero ecchi (soft porn); com Cutie Honey, o gênero mahou shoujo (garotas mágicas); com Devilman e Violence Jack (1973), introduziu a violência gráfica e gore no mercado; entre muitos outros exemplos.
Outros trabalhos de Shingo de destaque foram Ashita no Joe (1970), Mahou – A Pequena Sereia (1971), Babel II, série de mangá de 1971 do autor Mitsuteru Yokoyama e que ganhou uma série em anime de 1992, com character design dele, e Rosa de Versalhes, mangá shojo (para meninas) de Riyoko Ikeda, produzido em 1972, e adaptado para uma série anime por Shingo Araki, além de uma versão live-action franco-japonesa, ambos em 1979.
Aliás, é na França que Shingo Araki é mais celebrado, muito por conta dessa obra e de Cavaleiros do Zodíaco, ambas de enorme popularidade no país.
Em 1981, Araki trabalhou em Ulysses 31, uma animação franco-nipônica que abriu as portas das colaborações comerciais entre a indústria de animação japonesa com outros países.
Inspirada na mitologia grega de Odisseu (conhecido como Ulysses em latim), a série de 26 episódios é uma aventura sci-fi produzida por DIC Audiovisuel em conjunto com o estúdio de anime Tokyo Movie Shinsha.
Trabalhando para Toei Animation e Tokyo Movie Shinshia, Araki deu vida a muitas produções americanas que contratavam os serviços da empresa japonesa (graças ao sucesso de Ulysses 31), principalmente para a produção de aberturas ou cenas-chave das séries.
Algumas delas foram Mighty Orbots (1984), onde trabalhou como animador principal, e o filme animado da série dos Comandos em Ação, G.I. Joe: The Movie (1987).
O mais conhecido dessas colaborações foi Inspetor Bugiganga (1983), desenho animado franco-americana-canadense de humor, que passou nas TVs brasileiras no começo dos anos 90.
Seus traços podem ser vistos nos episódios The Curse of the Pharaoh (01×18), Coo-Coo Clock Caper (01×27), The Bermuda Triangle (01×28), Did You Myth Me? (01×48) e Unhenged (01×56). Seu nome era o segundo de uma longa lista nos créditos do desenho.
O trabalho de Shingo Araki que deve ser mais conhecido pela Geração Z é Yu-Gi-Oh!, um mangá sobre jogo de cartas mágicas, escrita e ilustrada por Kazuki Takahashi, publicado em 1996, e que foi transformado em um anime de enorme sucesso em 1998, com Araki como diretor de animação.
Tudo mudaria na carreira de Shingo Araki quando a obra em mangá Cavaleiros do Zodíaco caiu em suas mãos.
O artista já afirmou em entrevistas que não sabe explicar a razão de ter se identificado tanto com a obra, mas acredita que o espirito juvenil que Masami Kurumada imprimiu nas páginas da revista o contagiaram como a um menino, e que todo o contexto das histórias combinavam com seu interior.
E, graças aos deuses do desenho, Shingo Araki se provou um character design tão capacitado que ultrapassou Masami Kurumada como o dono do traço definitivo dos Cavaleiros do Zodíaco na mídia animada.
Shingo Araki, Cavaleiro do Zodíaco
O nome original em japonês, Saint Seiya, pode ser traduzido como “santos de bronze”. As histórias de Cavaleiros do Zodíaco narram as aventuras de guerreiros súditos da Deusa da Paz (e Guerra) Atena.
Eles são a força militar dessa divindade grega, que Deus envia à Terra a cada 200 anos para que lutem contra forças do mal que ameacem a humanidade.
Os escolhidos são jovens, treinados em sigilo sob a tutela de um mestre indicado pelo Santuário — a “base” de Atena na Terra — e, quando comprovada sua qualificação, recebem uma das armaduras.
Estes trajes foram criados pelos antigos alquimistas do extinto continente de Mu, possuem vontade própria, e são feitas de oricalco (um tipo de metal que teria sido usado em Atlântida, citado em Críticas, de Platão), gamânio (metal fictício criado por Kurumada) e pó de estrelas, e suas formas representam as constelações — desenhadas por Atena de acordo com suas observações do céu.
Os cavaleiros são donos de poderosas forças celestiais vindas do seu treinamento e das constelações que representam.
Eles são organizados em castas definidas por armaduras, por sua vez categorizadas por três qualidades de metal que representam essas constelações — 88 no total, sendo 12 de ouro (constelações zodiacais), 24 de prata (constelações austrais) e 48 de bronze (constelações boreais).
Quatro delas são desconhecidas e nunca reveladas por Masami Kurumada, e mesmo essa classificação sofre revisões de tempos em tempos por outros autores, e até mesmo por Kurumada.
O continente de Mu foi afundado e destruído durante a época da Gigantomaquia, quando os guerreiros de Atena enfrentaram os Titãs em épocas mitológicas.
As causas da extinção do continente são desconhecidas, e por isso as técnicas de criação das armaduras se foram. Contudo, descendentes desse povo migraram para locais como a região montanhosa entre a China e a Índia (Jamiel), e conservaram o conhecimento de reparo delas.
Algumas ilhas, como a Ilha da Rainha da Morte, são tudo que sobrou do agora mítico continente — essa é uma das razões de seus habitantes conseguirem “copiar” armaduras de baixa patente, como as de bronze.
O número de 88 armaduras é muito mais simbólico do que real na verdade — ainda mais porque a quantidade nem mesmo significa que há 88 pessoas as envergando.
Houve uma quantidade desconhecida de armaduras perdidas na destruição de Mu, outro número X de armaduras mortas em Jamiel, o que torna impreciso o cálculo correto.
A mistura de astrologia, mitologia grega, o estilo shonen do mercado pop de mangá-anime — protagonismo juvenil masculino, lutas e mais lutas em jornadas de superações e encontro do destino –, mais colecionismo de centenas de bonecos, cada um com uma armadura que, montada, representa uma constelação, se provou uma mistura certeira e irresistível. A salada é imensa, com a adição de outras ordens de guerreiros de outros deuses, até de outras mitologias.
Onde está Shingo Araki no anime
Cavaleiros do Zodíaco/Saint Seiya foi criado por Masami Kurumada na revista Weekly Shonen Jump em dezembro de 1985-1990.
E na adaptação em anime feita pela Toei Animation (o mesmo estúdio que produziu Dragon Ball), de 1986 a 1989, Shingo Araki foi o escolhido para ser o character design da produção.
Essa série animada original dos anos 1980 possui 114 episódios, e é dividida em três partes: Saga do Santuário, Saga de Asgard (um filler, palavra inglesa para “enchimento“, jargão do meio usado para material extra que não existe no original, exclusivo do anime) e Saga de Poseidon, além de um filme e dois especias de TV.
Em 2002, após muita pressão do público (e uma animação feita por um fã, gravada em VHS, e entregue para Shingo Araki em pessoa em um evento na França), começou a ser lançada a continuação até então só existente no mangá, a Saga de Hades — 13 OVAs (original video animation, produções mais sofisticadas que episódios de TV, lançadas em VHS quando esse era o padrão de mídia da indústria) que compõe a chamada Fase do Santuário.
Em 2005, se iniciou a Fase Inferno, que teve mais 12 OVAs. E finalizando a Saga de Hades, em 2008 vem a Fase Elísios, com mais 6 OVAs. Totalizando 31 OVAs, que se somados à série clássica, inteiram 145 episódios.
A icônica abertura de Cavaleiros do Zodiáco, em sua primeira fase, é uma das melhores dos anos 1980, e é toda baseada na arte de Shingo Araki.
O traço de Shingo Araki não pode ser encontrado em todos eles, mas há quantidade suficiente para satisfazer o deleite de sua arte.
Em um universo de dezenas de episódios produzidos, a empresa dona da obra muitas vezes requer diferentes fontes de mão de obra, por isso a diversidade de qualidade nas animações, feitas por estúdios de profissionais diferentes.
Mesmo assim, é o traço de Shingo Araki quem ditou o rumo e a identificação imediata que a audiência tinha da obra de Cavaleiros do Zodíaco.
Ele também remodelou por completo o desenho das armaduras de bronze, prata e ouro originais de Masami Kurumada, em um design único que teve enorme impacto visual nas telas — as antigas “tiaras” do mangá, se tornaram chamativos capacetes em seu traço, por exemplo –, foram personagens fillers, como Dócrates de Hércules e o Cavaleiro de Cristal.
Cavaleiros do Zodíaco
1986-1989
E o primeiro episódio As Lendas de uma Nova Era (01×01) tornou Araki responsável por sedimentar o traço dos cavaleiros para o público, que necessariamente seguiu o padrão do desenhista.
Ele abre com uma narração sobre a lenda dos cavaleiros de Atena, e logo estamos em uma cidade japonesa no ano de 1986, onde vemos um público dentro do que parece ser uma edificação em formato do Coliseu de Roma.
Todos estão assistindo a um espetáculo de uma luta de ringues de grandes proporções. Logo entendemos que isso é a chamada Guerra Galáctica, onde jovens lutadores envergando armaduras lutam uns contra os outros.
É é neste primeiro episódio que vemos o protagonista Seiya conseguir sua armadura de Pégaso — depois de uma série de lutas, 1.024 (!), segundo o Mestre do Santuário (Shion) –, e mais do que tudo, tentar rever sua irmã (até ele esquecer isso até o fim da saga, risos).
O episódio seguinte com direção e arte de Araki foi O Ataque à Fundação (01×16), com o surgimento de Dócrates, o primeiro inimigo de fato dos Cavaleiros, um cavaleiro sem “categoria de metal específica”, criado especialmente para o anime.
Seu design é especialmente interessante, já que é gigantesco, tem uma armadura baseada em serpente e seu poder é baseado na figura mitológica de Hércules.
Neste episódio é apresentado com mais clareza o novo Mestre do Santuário, Ares, e suas intenções nada benignas para quem discorda dele, a começar pelo que vemos no que o local parece, um verdadeiro poço infernal de torturas e maldades.
A vida boa no Santuário sob o Mestre Ares…
Há uma recapitulação histórica nesse episódio, onde nos é informado que havia cavaleiros de Atena em vários acontecimentos importantes ao longo da História
O primeiro cavaleiro fora da categoria de bronze a aparecer na série foi o Cavaleiro de Prata Misty de Lagarto. Isso acontece no episódio O Anjo da Morte (01×23), e é Araki quem o fez.
O Cavaleiro de Prata Misty de Lagarto derrota Seiya com apenas um dedo. A arte aqui brinca com as proporções e perspectivas, deixando o público ver todo o corpo de Seiya sofrendo com o golpe, ao mesmo tempo que vemos em detalhes Misty.
No episódio O Cosmo Flamejante do Amor (01×30), Araki volta e mostra um confronto dos heróis contra Shina, a Amazona (“Cavaleira”) de Prata de Ofiúco (mais comumente chamado de Cobra), e o Cavaleiro de Prata de Corvo, Jamian.
Araki retorna já na Saga das 12 Casas, onde os Cavaleiros de Bronze Hyoga de Cisne e Shun de Andrômeda enfrentam o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos — ainda desconhecido para o público que se trata do Mestre Ares (nome real: Saga) –, no episódio Enviados para uma Outra Dimensão (01×45). Seiya e Shiryu, por outro lado, “escapam” da luta graças à sagacidade do Dragão, que, mesmo cego, viu mais que o Pégaso.
Mais um episódio dirigido por Araki nesta saga foi o Por Que Leão Tenta Matar Seiya? (01×51).
Como o nome já diz, temos o Cavaleiro de Bronze de Pégaso contra Aeolia, o poderoso Cavaleiro de Ouro de Leão, que foi dominado mentalmente pelo golpe Satã Imperial do Mestre Ares.
Também vemos Marin, Amazona de Prata de Águia, mestra de Seiya, aos apuros contra um homem gigante horroroso qualquer, Jacó.
O episódio Shaka Abre os Olhos (01×57) também é de Shingo Araki, e ele mostra o confronto impossível entre o Cavaleiro de Bronze mais forte, Ikki de Fênix, e Shaka de Virgem, o Cavaleiro de Ouro mais próximo dos deuses, e com certeza um dos mais poderosos de toda a franquia.
O último episódio na Saga das 12 Casas dirigido por Shingo foi O Renascer de Hyoga (01×60), onde o Cavaleiro de Ouro de Escorpião, Milo, massacra os bronzeboys Seiya de Pégaso e Shiryu de Dragão, que morreriam se não fosse a intervenção de um recém-ressuscitado Hyoga de Cisne.
No episódio Inimigos do Extremo Norte! Os Lendários Guerreiros Deuses (01×74), Shingo Araki nos mostra o primeiro relance da saga filler dos Cavaleiros do Zodíaco, a chamada Saga de Asgard, com Hilda de Polaris, a representante do deus Odin na Terra, sendo dominada por um ainda escondido Poseidon (e este ainda ludibriado por Kanon, o irmão gêmeo, ainda MAIS maligno, de Saga).
As armaduras restauradas dos Cavaleiros de Bronze após as Batalhas das 12 Casas são desenhadas por Araki, e também vemos sua concepção dos Guerreiros Deuses, os “Cavaleiros” de Asgard, em especial de Shido de Mizar, um dos novos inimigos dos heróis, que dá um trabalhão para Shun e Seiya.
Hilda de Polaris e os Guerreiros Deuses de Asgard
O centésimo episódio de Cavaleiros do Zodíaco, Poseidon, o Imperador do Oceano, foi de Shingo Araki, e claro, é o começo da Saga de Poseidon.
Temos a apresentação de quem é Julian Solo, seu novo papel divino, e Seiya e Shun tendo o primeiro combate contra os Generais Marina, os guerreiros de Poseidon, no caso, contra o Dragão Marinho (Kanon disfarçado) e a mais bonita personagem de toda a franquia, Tetis de Sereia.
Cinco episódios depois, vemos a arte dele em Excalibur Habita no Braço de Shiryu (01×105), que mostra a luta de Shiryu de Dragão contra o General Marina Krishta de Krisaor, com uma vantagem para o bronzeboy, já que ele agora tem o “poder” que Shura de Capricórnio lhe deu antes de ser derrotado e morto.
Antes, ainda vemos Shun derrotando El de Scylla e derrubando o Pilar do Pacífico Sul que o General Marina protegia.
Shiryu vs Krishta de Krisaor e Shun vs El de Scylla
O episódio Amigos Quando Morrem, Morrem Juntos! (01×111) é o começo da luta final dos Cavaleiros de Bronze contra Poseidon.
Temos também os cinco Cavaleiros de Ouro remanescentes — Mu de Áries, Aldebaran de Touro, Aeolia de Leão, Shaka de Virgem e Milo de Escorpião — decidindo o que fazer, já que estão “presos” no Santuário por ordem de Atena e do Mestre Ancião (à postos de um vindouro Hades).
E episódio também tem Shun de Andrômeda a todo custo tentando não matar o General Marina Sorento de Sirene em sua luta.
O último episódio da série clássica dos cavaleiros, Viva a Amizade! Longa Vida Lendários Cavaleiros (01×114), não poderia ser de outro que não Shingo Araki.
É preciso destacar a luta do Cavaleiro de Bronze Ikki de Fênix contra o General Marina Dragão Marinho, Kanon, em um dos grandes momentos da série, quando o implacável Ikki decide que ele vale tão pouco que nem se dá ao trabalho de matá-lo.
A cena é tão intensa — Kanon descobre que Atena, a quem tentava matar, o salvou por várias vezes — que até seu colega Sorento o olha com desprezo.
Neste episódio vemos Hyoga e Shiryu vestirem pela primeira vez as armaduras de seus mestres — Camus de Aquário e Dohko de Libra, respectivamente, além, é claro, de ver todos os Cavaleiros de Bronze derrotarem o Deus dos Mares, na última aventura na série clássica dos anos 1980.
Cavaleiros do Zodíaco
O Santo Guerreiro
(OVA)
1987
Durante toda essa fase oitentista, Cavaleiros do Zodíaco teve 2 especiais de vídeo e um filme animado com character design de Shingo Araki.
O primeiro é o OVA Cavaleiros do Zodíaco: Saint Seiya, O Santo Guerreiro, um curta-metragem lançado em 1987, com uma aventura não-canônica dos Cavaleiros pré-Saga do Santuário, onde enfrentam Éris, a Deusa da Discórdia da mitologia grega, e alguns Cavaleiros de Prata de centenas de anos atrás, ressuscitados por ela para lhe servir de guerreiros.
Cavaleiros do Zodíaco
A Batalha dos Deuses
(OVA)
1988
O segundo curta é o OVA Cavaleiros do Zodíaco: A Grande Batalha dos Deuses, lançado em 1988, dessa vez inspirado na mitologia nórdica, de novo em uma aventura não-canônica dos Cavaleiros pré-Saga do Santuário.
O inimigo a ser combatido é Durval, líder guerreiro do povo de Asgard e representante do todo poderoso deus Odin na Terra. O OVA, apesar de não ser cânone, ajudou a criar as bases futuras da vindoura Saga de Asgard no anime da TV, com a sucessão de Durval por Hilda de Polaris como a inimiga da vez.
O destaque é um sensacional confronto de um Hyoga dominado mentalmente contra Shiryu.
Cavaleiros do Zodíaco
(filme)
1988
O maior destaque é o longa-metragem Os Cavaleiros do Zodíaco – O Filme, lançado em 1988, mas só visto por aqui nas salas de cinema a partir de 14 de julho de 1995.
O filme apresenta uma trama não-canônica pós-Saga do Santuário, com Abel, irmão de Atena — em uma confusa mistura de mitologias grega e babilônica — que, pra variar, deseja destruir o planeta.
E mostra uma possível mea culpa da produtora Toei, já que o plot do filme talvez indicasse que a tão desejada Saga da Hades não veria a luz do dia tão em breve: a história antecipa acontecimentos da Saga de Poseidon (Hyoga e Shiryu vestindo armaduras de ouro), e da Saga de Hades (ressurreição dos cavaleiros de ouro).
Em 1989, a Toei Animation fez mais um OVA, um média-metragem estrelado pelos defensores de Atena.
O especial foi batizado com o nome de Saint Seiya: Saishu Seisen no Senshitachi, adaptado no Brasil como Os Cavaleiros do Zodíaco: A Batalha Final (e depois para Os Guerreiros do Armagedon). Shingo Araki não tem o design dele aqui.
Cavaleiros do Zodíaco
Hades
1990
Assim como vários animes, Cavaleiros do Zodíaco terminou antes de toda a sua história ser completada.
Depois do encerramento do episódio 01×114 feito por Shingo Araki, a Toei chegou a fazer uma trilha sonora, lançada com o nome de Saint Seiya Hades Chapter King of Underworld, em 1990, até com algumas linhas de diálogos com os personagens, com seus dubladores originais, para uma vindoura adaptação em anime da Saga de Hades do mangá de Masami Kurumada.
A capa dessa trilha sonora tem arte de Shingo Araki, que mais uma vez redesenhou as armaduras de Pégaso, Dragão, Cisne e Fênix. E Shun de Andrômeda aparece já dominado pela persona de Hades.
Cavaleiros do Zodíaco
Hades
2002
Em 2002, finalmente a Saga de Hades do anime de Cavaleiros do Zodíaco foi publicado, na forma de OVAs.
Os 13 primeiros tem character design de Shingo, e 3 deles tem sua direção de arte.
No episódio O Ataque dos Espectros (02×07), o Cavaleiro de Ouro Mu de Áries e os Cavaleiros de Bronze enfrentam o viscoso e insetoso Espectro (“cavaleiro”) de Hades Myu de Papillon.
No episódio A Armadura de Athena (02×12), Shion, o antigo Mestre do Santuário e Cavaleiro de Ouro de Áries, revela o plano secreto de ajudar Atena, ao fingir que ele e outros Cavaleiros de Ouro ressuscitados estavam performando serem traidores para enganar Hades.
Também vemos aqui o Espectro Radamantes de Wyvern quase aniquilar Aiolia, Mu e Milo antes dos bronzeboys aparecerem para salvá-los (o Rada pode fazer essa luta impossível pois os Cavaleiros de Ouro estavam com seus poderes reduzidos inadvertidamente).
O episódio seguinte, A Manhã da Determinação (02×13/), marca o encerramento da participação de Shingo Araki nessa nova fase de Cavaleiros do Zodíaco, e é o fim da Fase Santuário na Saga de Hades, quando os Cavaleiros de Bronze finalmente irão para o Inferno (literalmente!) enfrentar Hades.
A fase seguinte, Inferno, vai até o episódio Adeus! Cavaleiros de Ouro (02×25), e a final, Campos Elísios, vai até o episódio Para o Mundo Onde a Luz Transborda (02×31), veiculado originalmente no Japão em 1 de agosto de 2008.
É, finalmente, o fim das adaptações das histórias clássicas do mangá original dos anos 1980.
Cavaleiros do Zodíaco
Prólogo do Céu
2004
Uma prova da confusa estratégia da Toei quando retomou a franquia dos Cavaleiros do Zodíaco foi soltar um filme longa-metragem animado dos heróis em meio a essa Saga de Hades, em uma produção que já contava o que acontecia depois do final dela (!): Os Cavaleiros do Zodíaco: Prólogo do Céu (Saint Seiya: Tenkai-hen Joso), lançado nos cinemas em 2004, e que tem character design de Shingo Araki.
Artemis, a Deusa da Lua, surge com o intuito de castigar os cavaleiros por terem se voltado contra os deuses — afinal, Poseidon e Hades já tinham ido pro vinagre. Para protegê-los, Saori Kido oferece a Terra à Artemis (!) e jura sua própria vida como promessa de que eles nunca mais lutariam.
O acordo então é aceito e a Deusa da Lua passa a governar a Terra (!!), com Saori obrigando os bronzeboys a desistirem de suas atividades de cavaleiros (!!!) — Seiya nem precisaria, pois está catatônico (!?!) no começo da trama.
Bastante confuso e enigmático, sua trama foi considerada um ponto fora da curva convencional da franquia.
Quis entregar algo mais que infantil, baseado na ideia de envelhecimento da base do fandom, mas não foi bem recebida pelo público e crítica.
Pra piorar, os roteiristas ficaram bloqueados pelos eventos que ainda não tinham sido mostrados nos OVAs de Hades, então não tiveram toda a liberdade criativa para seguir as direções que desejavam.
Como tudo que está ruim pode piorar, eles seguiram o que foi estabelecido no final do mangá de Masami Kurumada, mas eventualmente os produtores da série animada alteraram aspectos e situações quando realizaram seu final, que contradiz o longa.
E ele é um dos motivos apontados para que as fases Inferno e Campos Elísios tenham uma qualidade de animação bem inferior (traduzindo: menos grana de investimento por causa do fracasso desse filme nas telonas) do que a primeira, Santuário — o que talvez explique também a ausência de Shingo Araki na direção de arte nessas fases.
O filme deveria ser o primeiro de uma trilogia que contaria a Saga do Céu, ocorrendo após a Saga de Hades da obra original. Esse sempre foi o desejo dos fãs, ainda que não estivesse necessariamente na mira do criador, Masami Kurumada.
O projeto foi cancelado, e Kurumada se viu livre para criar outra obra, um novo mangá, chamado Saint Seiya: Next Dimension, que continua as aventuras dos Cavaleiros do Zodíaco pós-Saga de Hades, em uma trama que envolve viagem no tempo (!?) e mais uma vez Hades na trama.
Os Cavaleiros do Brasil
Cavaleiros do Zodíaco estreou no Brasil em 1 de setembro de 1994 pela Rede Manchete, em uma parceria comercial para vender brinquedos — a Samtoy produziu os bonecos da série em troca da exibição dos comerciais da empresa.
A despeito do estrondosos sucesso no exterior, ninguém podia prever o terremoto que as aventuras animadas de Seiya e seus amigos provocariam.
Com uma versão dublada feita pelo hoje extinto estúdio de dublagem Gota Mágica, o anime conquistou o público jovem de todo o Brasil, que foi inundado por uma avalanche colossal de merchandising.
Podíamos ver as artes de Shingo Araki dos Cavaleiros em balas, doces, lancheiras, roupas, brinquedos, revistas, álbum de figurinhas e qualquer coisa intercambiável com os produtos. Com efeito, Cavaleiros do Zodíaco fez explodir o jornalismo pop de entretenimento no Brasil, com o lançamento da revista Herói, da ACME, em dezembro de 1994, que colou nas bancas como a única fonte de (poucas) informações oficiais e artes e ilustrações para consumir nessa época zero-internet.
Algumas cenas do filme dos Cavaleiros contra Abel foram usadas na primeira abertura brasileira de Cavaleiros do Zodíaco, que a TV Manchete exibiu em 1994 e 1995.
Ela foi produzida na Espanha, por isso o nome Los Caballeros Del Zodiaco é visto muitas vezes nos produtos de merchandising, inclusive no logo de abertura.
A série foi reprisada pelo Cartoon Network a partir de 2003 e pela Band desde 2004, ambos em uma versão redublada pelo (também) extinto estúdio de dublagem Álamo.
Em 2005, teve transmissão na Rede 21. Em 2010, a Band exibiu a saga de Hades, até então inédita no país. Reprisou no Natal de 2012, e em 2016, a Rede Brasil pegou a série, passando uma versão remasterizada em alta definição.
Cavaleiros do Zodíaco não foi a única parceria de Shingo Araki e Masami Kurumada. O mangá Fuma no Kojiro, de Kurumada, publicado em 1982, ganhou uma série de OVAs em 1989, e o character design de novo foi Araki.
De 1977 a 1981, Kurumada publicou Ring ni Kakero, seu primeiro mangá de sucesso. Mas foi só em 2004 que a Toei o transformou em anime, e Shingo Araki foi o escolhido novamente para character design.
A última obra dos Cavaleiros do Zodíaco baseada nos desenhos de Shingo Araki foi o game de briga de rua Saint Seiya: Sanctuary Battle (2011), lançado exclusivamente para o PlayStation 3 (Sony), pouco antes da morte do artista.
Shingo Araki nasceu em Nagoya, no Japão, no dia 1 de janeiro de 1939.
E faleceu no dia 1 de dezembro de 2011.
Seu signo era Capricórnio, mas seus personagens preferidos nos Cavaleiros do Zodíaco — além de Seiya –, eram o Saga, o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos, e Shiryu, o Cavaleiro de Bronze de Dragão.
Vida e Obra de Shingo Araki
Akai Tori no Kokoro (TV) : diretor, storyboard, animação
Amon Saga (OAV) : character design, supervisor de animação
Andersen Douwa – Ningyo Hime (movie) : character design, key animation
Aoki Densetsu Shoot! (movie) : character design
Aoki Densetsu Shoot! (TV) : character design, diretor de animação
Apache Yakyugun (TV) : diretor de animação (ep 18, 20, 23-25)
Ashita no Joe (movie) : diretor de animação
Ashita no Joe (TV) : diretor de animação
Attack No. 1 (TV) : animação
Babel II (TV) : character design, diretor de animação (ep 1-2, 11, 16, 21, 26, 28)
Babel II OAV : character design
Chingo Muchabei (TV) : storyboard
Cutey Honey (TV) : character design, animation director
Devilman (TV) : diretor de animação
Fuma no Kojirou: Fuma Hanran-hen (OAV) : character design
Fuma no Kojirou: Seiken Sensou-hen (OAV) : character design
Fuma no Kojirou: Yasha-hen (OAV) : character design
Galaxy Express 999 (TV) : character design
Gegege no Kitaro (TV 4/1996) : character design
Gegege no Kitaro: Daikaiju (movie) : character design, diretor de animação
Gegege no Kitaro: Yokai Tokkyu! Maboroshi no Kisha (movie) : character design, diretor de animação
Genshi Shonen Ryuu (TV) : diretor de animação
Glass no Kamen (TV) : diretor de animação
Grendizer – Getter Robo G – Great Mazinger Kessen! Daikaijuu (movie) : character design
Hana no Ko Lunlun (TV) : character design
Judo Sanka (TV) : diretor de animação
Jungle Emperor Leo [1966] (movie) : diretor de animação
Jungle Taitei Susume Leo (TV) : diretor de animação
Kimba the White Lion (TV) :diretor de animação
Kindaichi Shounen no Jikenbo (TV) : character design
Kouya no Shonen Isamu (TV) : character design
Kyojin no Hoshi (TV) : character esign, key animation
Legend of the Galactic Heroes (OAV) : character design
Lupin III: Part III (TV) : character design, supervisor de animação
Lupin VIII (TV) : character design
Mahou no Mako-chan (TV) : diretor de animação
Mahou Shoujo Lalabel (TV) : character design
Majokko Megu-chan (TV) : diretor de série, character design, diretor de animação
Maple Town Stories (TV) : diretor de animação
Marine Boy (TV) : diretor de animação
Mighty Orbots (U.S. TV) : key animation
Paaman (TV) : storyboard
Ring ni Kakero (TV) : character design, diretor de animação
Ring ni Kakero 1: Nichibei Kessen Hen (TV) : character design
(The) Rose of Versailles (TV) : character design, diretor de animação
Saint Seiya (TV) : character design
Saint Seiya Gekijoban (movie) : character design, diretor de animação, key animation
Saint Seiya Tenkai-hen (movie) : character design, diretor de animação
Saint Seiya: Kamigami No Atsuki Tatakai (movie) : character design, diretor de animação
Saint Seiya: Shinku No Shonen Densetsu (movie) : character design, diretor de animação
Saint Seiya: The Hades Chapter – Elysion (OAV) : character design, chefe de animação
Saint Seiya: The Hades Chapter – Inferno (OAV) : character design, diretor de animação
Saint Seiya: The Hades Chapter – Sanctuary (OAV) : character design, diretor de animação
Shin Kyoujin no Hoshi II (TV) : diretor de animação, layout
Shin Kyuseishu Densetsu Hokuto no Ken: Raoh-den Junai no Sho (movie) : character design
Shonen Tokugawa Ieyasu (TV) : character design
(The) Siamese – First Mission (movie) : character design
Space Adventure Cobra – The Movie : animador
Taro the Dragon Boy (movie) : arte original
UFO Robo Grendizer (TV) : character design, diretor de animação
Ulysses 31 (TV) : character design
Yokoyama Mitsuteru Sangokushi (TV) : character design
Yu-Gi-Oh! (TV) : character design
Yu-Gi-Oh! Duel Monsters (TV) : character design
Os outros artistas
A série Saint Seiya teve 55 animadores e 18 diretores de animação, e logicamente, não foi apenas Shingo Araki o responsável pelo mega sucesso de Cavaleiros do Zodíaco.
A série também teve a estrela de outros artistas na produção, a começar pela própria esposa dele, Michi Himeno, com quem dividia tanto a vida quanto o estilo de arte na série.
O desenhista Hisashi Takai fez só dois episódios, mas excelentes: o clássico combate (segunda parte) de Seiya vs Shiryu, em A Ressurreição do Dragão (01×05) e Cisne Negro vs cavaleiros em Os Cavaleiros do Apocalipse (01×09).
Já a artista Tomoko Kobayashi foi o responsável pela arte do episódio A Fronteira entre a Vida e a Morte (01×31), um dos melhores episódios de Cavaleiros do Zodíaco, quando os heróis enfrentam dois Cavaleiros de Prata, Dante e Capela.
cuidou do episódio Cosmo Final (01×42), onde Mu conserta as armaduras de bronze antes da Batalha das 12 Casas, e Eisaku Inoue, responsável, por exemplo, pelo episódio Adeus ao Meu Mestre e Meus Amigos (01×67), que mostra a luta final de Hyoga contra seu mestre Camus na Casa de Aquário.
O que queria Saga?
O objetivo do primeiro e maior vilão da franquia, Saga de Gêmeos, é revelado no episódio O Relógio de Fogo se Extingue (01×71), onde ele afirma que com o Escudo de Atena, que pode repelir qualquer ataque, e Nike, a Deusa da Vitória, que garante conquista absoluta de seus objetivos (e que sempre esteve com Atena, na forma do báculo que a deusa segura), derrotaria “Zeus no céu, Poseidon no mar e Hades na terra dos mortos“, e assim se tornaria um Deus na Terra.
O “primeiro” Hades
A primeira menção de Hades foi essa feita acima, por Saga, mas a “primeira aparição” foi ainda na série clássica, no episódio Um Bruxo do Mar! A Canção da Morte (01×97), na Saga de Asgard, quando o General Marina Sorento de Sirene explica sobre os deuses — mais precisamente, sobre Atena, Zeus, Poseidon e Hades — para os cavaleiros.
A representação gráfica dele é baseado na mitologia (conforme a série).
/// CAVALEIRO BRASILEIRO. Tem um brasileiro nos Cavaleiros do Zodíaco. Ele é Aldebaran, o Cavaleiro de Ouro de Touro.
/// MERCADO AMERICANO. A Tokyo Movie Shinsha fez as animações de títulos como Transformers, Aventuras de Sonic, o Porco-Espinho, Ducktails, Batman: The Animated Series (a celebrada animação dos anos 90), Superman, Os Seis Biônicos, Animaniacs e muito outros.
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