No Llores, Vuella, “não chore, volte” em espanhol, conhecido na América como Aloft, e chamado no Brasil de Marcas do Passado, é uma coprodução entre Estados Unidos, Espanha e França, um filme com uma trama de misticismo para confrontar relações familiares em uma obra cinematográfica com fortes tons psicológicos e sombrios.
Longa-metragem de pegada lenta, intimista e arrebatadora, todas características da diretora, a cineasta peruana Claudia Llosa, sobrinha do escritor, jornalista e político peruano Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010.
Marcas do Passado é uma jornada pesada para os espectadores, que terão que acompanhar o suplício de uma mãe solteira com dois filhos — um com tumor cerebral inoperável e a sombra que ele provoca em seu irmãozinho mais velho.
A vida segue seu rumo de modo misterioso, e a família destroçada não terá paz até todas as peças estarem em seus devidos lugares no destino.
Jennifer Connelly está empenhada em criar uma mãe com diferentes papéis ao longo do enredo surpreendente, e que torna o personagem de Cillian Murphy o principal.
É por meio dele que Claudia nos faz entender o que aconteceu de extraordinário e trágico na família Kunning. Esta é a terceira vez que Jennifer Connelly é dirigida por uma cineasta.
A primeira foi na comédia romântica Sete Minutos para o Paraíso (1985), de Linda Feferman, quando Jennifer ainda tinha 14 anos, em um filme típico adolescente da Sessão da Tarde.
A segunda vez aconteceu em Do Amor e de Sombras (1994), de Betty Kaplan, o longa mais parecido espiritualmente com Marcas do Passado — quase que de modo literal.
O longa de Betty é baseado no romance best-seller de Isabel Allende, a celebrada autora de A Casa dos Espíritos.
Jennifer filmou Do Amor e de Sombras depois de dois anos fora das telas, e retornou muito mais madura como atriz — em uma atuação melhor do que todos seus últimos 10 filmes na época.
Marcas do Passado é reflexo direto desse amadurecimento ao longo de 20 anos. No filme de Betty, ela interpreta uma jornalista que acaba envolvida em uma trama política durante a ditadura chilena dos anos 1970, em elementos de realismo mágico, característica especial da literatura de Allende — e de Mario Vargas Llosa, tio de Claudia.
E em Marcas do Passado, parte importante da trama se dá em um processo extraordinário de acontecimentos que envolvem a mãe e os dois meninos.
E também temos um intervalo de 20 anos, crucial para a família ser estabelecida no que Claudia quer contar em seu filme.
E mais importante do que tudo, Marcas do Passado, como seu título brasileiro, serve para delimitar um ponto muito importante no cinema, uma indústria cultural que não tem as devidas marcas do passado reconhecidas pela sua mão-de-obra feminina, uma força criativa que ajudou a criar a sétima arte.
Essa resenha de Marcas do Passado jogará um pouco de luz nisso.
Marcas do Passado
(No Llores, Vuella, 2014,
de Claudia Llosa)
Ele nunca vem primeiro.”
spoilers
As imagens de cinza/azul frios do diretor de fotografia Nicholas Bouduco ajudam a criar todo o clima do filme de Claudia Llosa, que nos acompanharão até o fim dessa história. Lento e contemplativo, o longa tem uma narrativa de vai e vêm cronológico da família Kunning.
Nana (Jennifer Connelly) leva seu filho Ivan (Zen McGrath), de 11 anos, para um ponto não-identificado em uma zona erma dos Estados Unidos, onde muitas pessoas se aglomeram para ter a oportunidade de ter um encontro à sós com o Arquiteto (William Shimell), um homem com pretensos poderes de cura.
Debaixo de uma espécie de casa natural de galhos, um afortunado na multidão pode ser escolhido ao acaso para ter contato com o homem e ser curado de alguma enfermidade.
Quem está doente é o pequeno Gully (Winta McGrath), o caçula de Nana, com apenas 6 anos. Ele tem um tumor cerebral inoperável, mas é Ivan quem tenta a sorte de pegar duas pedrinhas no sorteio que o Arquiteto faz para escolher quem dar a dádiva do encontro reservado.
Ivan pega uma pedrinha para si, e tenta pegar outra para seu irmão, mas sem sucesso.
Tampouco teve a sorte de ser o escolhido pelo destino — de todas as pedrinhas verdes distribuídas, apenas uma é branca, e é ela quem determina o escolhido da vez.
Ivan, mesmo ainda muito criança, já gostava de falcões, e estava com um no momento.
Acontece que o animal dispara em direção à casa natural de galhos, onde o Arquiteto estava com o sortudo da pedrinha da vez — um garoto desfigurado e cego.
Nana corre atras do pássaro, que não vai embora da tal casa até destruir o teto para escapar. Ela pega o garoto cego para tirar ele dali antes que os galhos caiam em cima deles.
Todos os presentes ficam consternados — e furiosos — com a situação, e se recusam a dar carona para Nana e o Ivan por causa dos problemas que o falcão causou.
Quando ela finalmente convence Ivan a deixar o falcão para eles terem condução e saírem do local, a primeira tragédia que o destino reserva acontece, quando um homem mais revoltado mata o pássaro com um tiro.
A morte do falcão é a morte da confiança de Ivan em Gully — o culpado indireto –, e claro, na mãe, a culpada direta.
A partir disso, Claudia cria uma simetria temporal para nos explicar como que o afastamento entre a família destroça as relações entre eles.
A narrativa pula 20 anos, com Ivan (interpretado agora por Cillian Murphy), completamente afastado da mãe, que se tornou uma artista renomada — e surpreendentemente, também uma curadora. Uma jovem jornalista, Jannia (Mélanie Laurent), está determinada a investigar o destino do filho distante de Nana, Ivan, que sem surpresa nenhuma, trabalha com a criação de falcões.
Mas Jannia também tem suas angústias e temores, que só encontrarão resolução em uma reaproximação de todos. É esse o motor narrativo para que acompanhemos uma tentativa de reencontro — e cura? — para todos os envolvidos.
Claudia mostra a arte e a natureza como meio de cura, e que um de seus ingredientes é o amor.
O roteiro de Marcas do Passado também é de Claudia, que o escreveu cheio de mistérios e revelações, em inversão de expectativas bem criativas. É preciso atenção redobrada para pescar todas as referências.
Vale ressaltar a atuação Jennifer Connelly e Cillian Murphy, em desempenhos impressionantes, ainda que na cena derradeira isso fique aquém das expectativas. Talvez, depois de tantos silêncios e raivas, a emoção parece ter sido reprimida demais em ambos.
No fim, o voo do falcão é a liberdade de Ivan.
Marcas do Passado não só é a melhor obra cinematográfica de Jennifer Connelly sob a direção de uma mulher, como se enfileira ao lado de filmes consagrados da atriz, como Cidade das Sombras (1998), Réquiem Para um Sonho (2000), A Casa de Areia e Névoa (2003) e Noé (2014).
As marcas das mulheres no
passado do cinema
Marcas do Passado recebeu inúmeros prêmios no Festival Internacional de Cinema de Berlin em 2014 e selecionado no Festival de Sundance em 2015.
Claudia Llosa se fez conhecer no mundo cinematográfico com o filme A Teta Assustada (2009).
Premiada inúmeras vezes, em especial com o Urso de Ouro, do Festival de Berlim, a trama, como Marcas do Passado, também tem um viés místico, atrelado a questões sociais próprias do Peru.
A história do cinema é, como todas as histórias de todas as áreas de conhecimento humano, também a história de grandes mulheres, que desde sempre, na maioria esmagadora das culturas da civilização, uma história de luta contra o sistema de privilégio do protagonismo masculino.
Enquanto realizadoras e diretoras, as mulheres no cinema sempre ofereceram seus pontos de vista peculiares, particulares e brilhantes desde que a sétima arte foi fundada.
E nunca chegará o ponto suficiente e necessário para que todo esse talento desconhecido venha à luz com destaque. Trata-se de uma construção diária a fim de enfileirar com igualdade esse conhecimento.
A trajetória do cinema e as mulheres é um vazio nos livros acadêmicos do assunto, no Brasil e no mundo.
A diretora francesa Alice Guy-Blaché já tinha feito de tudo antes de alguém ter começado a fazer alguma coisa. Atuou como diretora entre 1894 e 1922 em quase 700 filmes, e além de ser a primeira diretora do cinema francês, foi provavelmente a primeira mulher a dirigir um filme na história.
Com efeito, é considerada uma das primeiras pessoas a ser reconhecida como alguém na direção de um filme.
Muitas das técnicas e procedimentos hoje adotados como senso comum nos processos cinematográficos foram criados pela Alice.
A cineasta belga Agnès Varda trabalhou até os 90 anos, quando faleceu em 2019. Foi um dos maiores nomes do cinema e da arte no mundo hoje.
Seus filmes focavam no realismo documental, formas não-ficcionais de mídia, com a utilização de não-atores, já abordando feminismo e críticas sociais no pré-Nouvelle Vague.
Por aqui no Brasil, há de se destacar vários nomes. A atriz paulista Cléo de Verberana tinha 22 anos em 1931 quando se tornou a primeira mulher brasileira a dirigir um filme: O Mistério do Dominó Preto.
O longa também foi estrelado e produzido por ela. Adélia Sampaio, filha de empregada doméstica e de origem pobre, tornou-se, em 1984, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no país, com o filme Amor Maldito.
O recorte aqui se torna mais dramático, pois a quase inexistente presença de mulheres negras no cenário cinematográfico profissional é reflexo direto da montanha de problemas a ser escalado em nossas tentativas de superar o racismo e a questão de privilégios no Brasil, último país do Planeta Terra a abolir a escravidão.
Nomes comerciais mais conhecidos do cinema nacional são Carla Camurati, que fez filmes como Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995) e Copacabana (2001), Laís Bodansky, com Bicho de Sete Cabeças (2001) e Como Nossos Pais (2017) e Anna Muylaert, que dirigiu Durval Discos (2002), É Proibido Fumar (2009) e Que Horas Ela Volta? (2015).
Marcas do passado
no Oscar
A mais jovem estrela na cadeira da direção é a americana Greta Gerwig, 37 anos. Lady Bird (2017) deu destaque mundial ao seu trabalho, sendo indicado e vencido os mais importantes prêmios da categoria, e tornou-se um dos mais queridos pelo público e crítica.
Greta se tornou a quinta mulher a ser indicada ao Oscar de Melhor Direção pelo longa.
Quando ela fez Frances Ha, em 2012, já era notória a qualidade ímpar de seu trabalho. Quem arrebatou um Oscar e a posição de primeira mulher a ganhar o prêmio de Melhor Direção foi a diretora americana Kathryn Bigelow, por Guerra ao Terror (2009).
Abriu espaço entre a maioria masculina a conquistou o maior prêmio de prestígio cinematográfico comercial de Hollywood, que se não chega perto de sofisticação intelectual como outros festivais, é a chance 100% de ficar em exposição na maior vitrine da cultura pop do planeta.
A neozelandesa Jane Campion já tinha recebido holofotes no Oscar em 1993 com O Piano, filmaço que arrebatou diversos reconhecimentos na indústria — Campion foi a segunda (de uma lista de quatro nomes) diretora a ser indicada ao Oscar, e tornou-se a primeira mulher a vencer a Palma de Ouro, o prêmio máximo do prestigiado Festival de Cannes, em 1993.
Jane não levou o prêmio de Melhor Direção por O Piano, mas ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, e suas atrizes foram consagradas também.
Com apenas 11 anos, Anna Paquin se tornou a segunda atriz mais jovem a vencer um Oscar (de Melhor Atriz Coadjuvante), atrás apenas de Tatum O’Neal, por Lua de Papel (1973). Ela interpretou Flora McGrath, filha de Ada McGrath, interpretada por Holly Hunter, que faturou o Oscar de Melhor Atriz.
Nesse ano, A Lista de Schindler, de Steven Spielberg, foi quem ganhou o Oscar de Melhor Filme e de Melhor Diretor.
De movimentações mais recentes em premiações, é importante destacar Nomadland, dirigido por Chloé Zhao, um drama que foi o grande vencedor da edição deste ano do Festival de Veneza.
Esta foi a quinta vez que um filme dirigido por uma mulher ganha o Leão de Ouro nos 77 anos do festival, e a primeira desde 2010.
Após o movimento #metoo e discussões sobre igualdade de gênero — e mesmo antes de todas essas dinâmicas acontecerem — é necessário que a mira do trabalho das mulheres no cinema estejam sempre em pauta e em pé de igualdade de discussão.
O canal do Youtube Cinemascope, capitaneado pela jornalista e professora Joyce Pais, é fundamental em construir esse debate. Aqui o perfil dela no Insta.
Outra jornalista necessária no cenário para entender mais sobre o assunto é a jornalista e cineasta Marina Person, ex-VJ da MTV e com um longo histórico relacionado ao cinema, como atriz e diretora.
Dona de vasto conhecimento sobre o assunto (como a Joyce também), de bastidores a criação, de cobertura e reportagens, de mídia cruzada com música a TV, Marina é uma das vozes mais poderosas do cinema como um todo no Brasil. Confira o perfil dela.
37º filme de Jennifer Connelly
Marcas do Passado
Estados Unidos/Espanha/França
/ A MARATONA JENNIFER CONNELLY.
1- Era Uma Vez na América (1984)
2- Phenomena (1985)
3- Sete Minutos Para o Paraíso (1985)
4- Labirinto – A Magia do Tempo (1986)
5- Essas Garotas (1988)
6- Etoile (1989)
7- Hot Spot – Um Local Muito Quente (1990)
8- Construindo Uma Carreira (1991)
9- Rocketeer (1991)
10- O Coração da Justiça (1992)
11- Do Amor e de Sombras (1994)
12- Duro Aprendizado (1994)
13- O Preço da Traição (1996)
14- Círculo das Vaidades (1996)
15- Círculo das Paixões (1997)
16- Cidade das Sombras (1998)
17- Amor Maior que a Vida (2000)
18- Réquiem Para um Sonho (2000)
19- Pollock (2000)
20- Uma Mente Brilhante (2001)
21- Hulk (2003)
22- A Casa de Areia e Névoa (2003)
23- Água Negra (2005)
24- Pecados Íntimos (2006)
25- Diamante de Sangue (2006)
26- Traídos pelo Destino (2007)
27- O Dia em que a Terra Parou (2008)
28- Coração de Tinta (2008)
29- Ele Não Está Tão a Fim de Você (2009)
30- 9 – A Salvação (2009)
31- Criação (2009)
32- Virginia (2010)
33- O Dilema (2011)
34- E…que Deus nos Ajude!!! (2011)
35- Ligados pelo Amor (2012)
36- Um Conto do Destino (2014)
37- Marcas do Passado (2014)
38- Noé (2014)
39- Viver Sem Endereço (2014)
40- Pastoral Americana (2016)
41- Homem-Aranha De Volta ao Lar (2017)
42- Homens de Coragem (2018)
43- Alita – Anjo de Batalha (2019)
/ ROTTEN TOMATOES. O site agregador de críticas da internet Rotten Tomatoes registra uma pontuação muito baixa: 17%, o que diz muito sobre a função e relevância da plataforma, detalhada nessa resenha de Virginia, outro filme de Jennifer Connelly com pontuação baixa.
/ NOBEL. Mario Vargas Llosa foi o primeiro escritor espanhol a ser honrado com o prêmio do Nobel de Literatura desde a vitória do mexicano Octavio Paz, em 1990. Outros escritores de língua espanhola ganhadores do Nobel, da América Latina, foram o colombiano Gabriel Garcia Marquez (1982) e o chileno Pablo Neruda (1971). O Brasil nunca ganhou.
/// 2014. Nos cinemas passavam filmes como Frozen: Uma Aventura Congelante, Ninfomaníaca – Volume 1, O Lobo de Wall Street, 47 Ronins, A Menina que Roubava Livros, Operação Sombra – Jack Ryan, Caçadores de Obras-Primas, Clube de Compras Dallas, Tudo Por Um Furo, Noé, Capitão América 2: O Soldado Invernal, O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, Godzilla, Sob a Pele, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, No Limite do Amanhã, A Culpa é das Estrelas, Oldboy – Dias de Vingança, O Homem Duplicado, Transformers 4: A Era da Extinção, Planeta dos Macacos: O Confronto, Guardiões da Galáxia, The Rover – A Caçada, Os Mercenários 3, Lucy, A Bela e a Fera, O Protetor, Sin City 2: A Dama Fatal, Garota Exemplar, Libertem Angela Davis, O Homem Mais Procurado, Relatos Selvagens, O Que Fazemos Nas Sombras, O Abutre e outros.
/// NOTA DA DIRETORA. O site oficial do filme oferece uma nota da diretora Claudia Llosa sobre o filme. Vale a leitura.
A mother who abandons her child for the common good; a son who abandons himself and his own ability to feel in order to bear the weight of tragedy; and a woman who abandons her life to follow her one obsession of curing herself. Three characters reveal themselves to us, reflecting on the difficult balance of creating a full life while assuming its fragility and uncertainties. Aloft journeys through the worlds of art and nature to explore the meaning of healing and death as it forces us to confront the immensity of such concepts as love, order, chaos and faith, which at times are impossible to understand through rational thinking alone. Does art heal? Is nature a variable? Aristotle said that humans feel pain when they act against their nature. (Cycles, seasons, renovation and change). In the end, we learn that understanding our own nature is the most difficult task in life and that, perhaps, art can help us by offering the possibility of catharsis and sublimation.
Nana Kunning (Jennifer Connelly) explores that concept through her acts, aware that the exploration is not to be found in the piece of art (the object) itself, but in the process of its creation. Aloft forces the viewer into that journey. The same journey that Ivan, her son, (Cillian Murphy) will embark upon to find her. A journey to the infinite, into the absolute whiteness where there is nowhere to hide. A journey back to ourselves.
“Uma mãe que abandona seu filho pelo bem comum; um filho que abandona a si mesmo e sua própria capacidade de sentir para suportar o peso da tragédia; e uma mulher que abandona sua vida para seguir sua única obsessão de se curar. Três personagens se revelam para nós, refletindo sobre o difícil equilíbrio de criar uma vida plena enquanto assumem sua fragilidade e incertezas.
Aloft percorre os mundos da arte e da natureza para explorar o significado da cura e da morte, forçando-nos a confrontar a imensidão de conceitos como amor, ordem, caos e fé, que às vezes são impossíveis de entender apenas através do pensamento racional. A arte cura? A natureza é uma variável? Aristóteles disse que os humanos sentem dor quando agem contra sua natureza. (Ciclos, estações, renovação e mudança). No final, aprendemos que entender nossa própria natureza é a tarefa mais difícil da vida e que, talvez, a arte possa nos ajudar ao oferecer a possibilidade de catarse e sublimação.
Nana Kunning (Jennifer Connelly) explora esse conceito através de seus atos, consciente de que a exploração não está na obra de arte (o objeto) em si, mas no processo de sua criação. Aloft força o espectador a essa jornada. A mesma jornada que Ivan, seu filho, (Cillian Murphy) embarcará para encontrá-la. Uma jornada para o infinito, no branco absoluto onde não há onde se esconder. Uma jornada de volta para nós mesmos.”
/ OS FILMES DE JENNIFER CONNELLY.
1- Era Uma Vez na América (1984)
2- Phenomena (1985)
3- Sete Minutos Para o Paraíso (1985)
4- Labirinto – A Magia do Tempo (1986)
5- Essas Garotas (1988)
6- Etoile (1989)
7- Hot Spot – Um Local Muito Quente (1990)
8- Construindo Uma Carreira (1991)
9- Rocketeer (1991)
10- O Coração da Justiça (1992)
11- Do Amor e de Sombras (1994)
12- Duro Aprendizado (1994)
13- O Preço da Traição (1996)
14- Círculo das Vaidades (1996)
15- Círculo das Paixões (1997)
16- Cidade das Sombras (1998)
17- Amor Maior que a Vida (2000)
18- Réquiem Para um Sonho (2000)
19- Pollock (2000)
20- Uma Mente Brilhante (2001)
21- Hulk (2003)
22- A Casa de Areia e Névoa (2003)
23- Água Negra (2005)
24- Pecados Íntimos (2006)
25- Diamante de Sangue (2006)
26- Traídos pelo Destino (2007)
27- O Dia em que a Terra Parou (2008)
28- Coração de Tinta (2008)
29- Ele Não Está Tão a Fim de Você (2009)
30- 9 – A Salvação (2009)
31- Criação (2009)
32- Virginia (2010)
33- O Dilema (2011)
34- E…que Deus nos Ajude!!! (2011)
35- Ligados pelo Amor (2012)
36- Um Conto do Destino (2014)
37- Marcas do Passado (2014)
38- Noé (2014)
39- Viver Sem Endereço (2014)
40- Pastoral Americana (2016)
41- Homem-Aranha De Volta ao Lar (2017)
42- Homens de Coragem (2018)
43- Alita – Anjo de Batalha (2019)
44- Top Gun – Maverick (2022)
45- Bad Behaviour (2023)
/ AS SÉRIES DE JENNIFER CONNELLY.
1- The $treet (2000)
2- O Expresso do Amanhã/Snowpiercer (2020-2024)
3- Matéria Escura (2024)
Jennifer Connelly e seu Instagram: https://www.instagram.com/jennifer.connelly/
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