“Ele está de volta ao deserto onde nasceu para viver como o renegado que sempre foi” era uma das chamadas comerciais da editora Abril para a nova fase do Incrível Hulk no ano de 1989 no Brasil, um material de quadrinhos de super-heróis com roteiro e desenhos do artista John Byrne.
Tal fase era composta por 6 edições do título The Incredible Hulk, números #314-319, mais uma história especial publicada em Marvel Fanfare #29, todas de 1986, publicadas pela editora americana Marvel Comics, dona do Gigante Esmeralda. Uma passagem muito curta para uma obra poderosa nas HQs de super-heróis.
John Byrne faz o Hulk ser mais incrível do que jamais tinha sido. No ápice criativo de sua arte — cinética e dinâmica — ele constrói cenas de ação e pancadaria que são insuperáveis mesmo nos dias de hoje, separa o monstro do cientista Robert Bruce Banner e casa o homem com o amor de sua vida, Betty Ross, ao mesmo tempo que torna o Golias Verde o ser mais irracional e selvagem possível desde o seu nascimento, uma ameaça sem precedentes no Universo Marvel.
Uma máquina de destruição imparável que nem mesmo os Vingadores mais fortes conseguem parar. Conhecido pela grande criatividade e por ser irascível em seus modos de trabalho com superiores, John Byrne conseguiu só arranhar o que pretendia para o Hulk, e saiu brigado com o editor Jim Shooter depois de ter ideias vetadas.
Ele saiu direto para a editora rival, DC Comics, onde revitalizaria o primeiro e maior ícone dos quadrinhos de super-heróis de todos os tempos, o Superman. Era o contexto do pós-Crise nas Infinitas Terras, evento editorial e comercial que jogou no lixo 50 anos de cronologia a fim de despertar novos interesses comerciais e criativos nos personagens, que agora tinham um passado em branco para ser trabalhado.
Byrne “marvelizou” o Superman, que foi um sucesso de vendas e crítica — até hoje é considerado uma das versões definitivas do herói.
John Byrne retornaria para a Marvel no final dos anos 90 e pega, de novo, uma revista do Hulk para escrever (dessa vez com desenhos do não menos espetacular e explosivo Ron Garney), e de novo, faz apenas 7 edições, já que brigou, de novo, com um editor (dessa vez Tom Brevoort), e de novo, por causa de ideias do que queria fazer com o Gigante Esmeralda.
O Hulk de Byrne e Garney era outra máquina de destruição em massa sem controle –ou pelo menos é o que achamos num primeiro momento.
E os 2 Hulk do John Byrne merecem destaque no vasto catálogo da editora Marvel Comics, tanto roteiro quanto arte — inclusive a de Ron Garney, que casou perfeitamente nos roteiros da segunda passagem de Byrne.
Nos acompanhe neste rastro de destruição e selvageria.
The Incredible Hulk #314-319 (1986), roteiro e arte de John Byrne
Antes de tudo, a ideia era trocar as equipes de produção das revistas da Tropa Alfa, escrita e desenhada por John Byrne, e o do Hulk, escrito por Bill Mantlo, com vários artistas, sendo o mais regular, Sal Buscema.
Byrne tinha chegado ao limite da criatividade com a Tropa Alfa, equipe de super-heróis canadenses. Byrne os co-criou com o roteirista Chris Claremont em Uncanny X-Men #120 (1979), com a Tropa Alfa antagonizando os heróis mutantes por causa de Wolverine, com quem tinha estreitas relações com a Tropa no passado.
O ano de 1979 também marcou a estreia na Marvel da revista Rom: Spaceknight, estrelada pelo Rom, o Cavaleiro do Espaço. Era uma revista licenciada pela Marvel a partir de um brinquedo — o action figure do personagem Rom, no caso.
Quem escrevia a revista era Bill Mantlo, que já tinha trabalhos esparsos na Marvel, mas que se revelaria um dos roteiristas mais inventivos da editora.
Ele transformou o Rom, que mais parecia um robô em forma de geladeira, em algo humano e dramático como jamais se imaginaria para um produto assim.
E os desenhos de Sal Buscema eram perfeitos para isso, com o talento ímpar dele de dar emoção a um rosto imóvel eternizado em um capacete plano sem expressão.
Já os heróis apresentados por Byrne e Claremont em X-Men — o líder, Víndix/Guardião, que veste uma roupa tecnológica avançada que lhe dá vários poderes; o ágil Pigmeu; a semideusa transmorfa Pássaro da Neve; a alienígena Marrina; o gigante peludo Sasquatch; os gêmeos mutantes supervelozes Estrela Polar e Aurora; e o místico Shaman — foram um sucesso, e os personagens caíram nas graças dos fãs.
Logo, a Marvel pediu um título solo para a Tropa Alfa para, vejam só, o canadense John Byrne. E ele tocou sozinho a equipe, no roteiro e arte, a partir de Alpha Flight #1 (1983), onde ficou até o #28, no final de 1985.
Na Tropa Alfa tinha gay, anão, índio, ET, político de direita, policial, pagão e deficiente físico, todos liderados por uma mulher forte, fazendo o grupo muito maior e mais forte do que era quando eram liderados por um homem.
Tudo isso nos anos 1980. E as histórias eram ótimas, um dos melhores materiais de quadrinhos de super-heróis. Vendeu muito, a bem da verdade, com os roteiros incríveis e desenho mais ainda de Byrne. Que, vejam só, fazia por fazer a revista — ele nunca escondeu que nunca gostou muito dos heróis.
John Byrne já disse em entrevistas que produzia a Tropa Alfa no automático. Isso quer dizer duas coisas. Representatividade e diversidade nunca foram ruins para as vendas da Marvel ou dos quadrinhos de super-heróis.
Tudo se trata de construir boas histórias. Hoje, revistas que trabalham com o tema — que nunca devem ser a trama –, que vendem pouco ou nada, não encontram respaldo no público majoritário pelo simples fato de não ter base construída com criatividade e qualidade para isso.
O roteirista Bill Mantlo ainda escrevia o Rom (75 edições, já perto de seu final) e outros heróis, incluindo o Hulk, desde The Incredible Hulk #245 (1980). Ele fez uma longa parceria com Sal Buscema em sua fase com o Hulk.
Fase ótima, com desenhos que pareciam rasgar as páginas. Várias edições também tiveram a arte de Mike Mignola, desenhista que se mostraria um dos artistas mais experimentais das HQs — fora dos super-heróis inclusive.
Mantlo já tinha feito 69 edições do Hulk. E Byrne queria sair da Tropa Alfa. Os dois conversaram, os editores dos títulos acertaram os ponteiros, e a troca foi feita.
O último número de Bill Mantlo em Hulk foi o #313 (1985) e o último número de John Byrne em Tropa Alfa foi o Alpha Flight #28 (1985).
As duas edições apresentam uma trama que corre em paralelo, baseada no que Mantlo já estava fazendo há tempos.
O Hulk estava estava preso na Encruzilhada, um nexo de dimensões que funcionava na frequencia mental do Gigante Esmeralda — ele era teletransportado para algum dos inúmeros mundos, e quando se sentia infeliz, voltava para o nexo para escolher outro lugar.
Ele foi jogado nesse local pelo Doutor Estranho, na edição #300, depois que Bruce Banner, perdoado por todos seus “crimes” como Hulk (pelo Presidente dos EUA em pessoa), perdeu o controle de sua mente.
O Hulk estava em seu mood original: semirracional e com baixo intelecto. E ficou na Encruzilhada vivendo aventuras, apuros, dramas e até amores (!) por um longo tempo. Essa fase toda foi concebida e escrita por Bill Mantlo.
Enquanto isso, na Terra, no Canadá, a Tropa Alfa se recuperava de um combate contra o robô assassino que matou o Guardião, antigo líder da equipe.
Na ressaca pós-combate, os integrantes da equipe procuravam um novo corpo para o Dr. Walter Langkowski, o cientista canadense que também tinha sido banhado por radiação gama (tal qual Bruce Banner/Hulk), e que se transformava no Sasquatch.
Ele tinha perdido o corpo em outra trama, e seu espírito habitava a armadura robótica do Box (criado por Roger Bochs, outro integrante da equipe).
Quando encontram uma forma humanoide em outra dimensão por meio de um aparelho de visualização e transporte dimensional, eles buscam atrair esse corpo.
O que eles não esperavam é que era ninguém menos que o próprio Hulk.
Toda a trama e desenhos é de John Byrne.
O Hulk já sai espancando os membros da Tropa Alfa e os deixa todos arrebentados para trás (histórias tratadas já por Mantlo no comando da revista da equipe).
E então começa de fato o Hulk de John Byrne.
O primeiro número teve arte-final de Bob Wiacek, mas os outros foram de Keith Williams.
Byrne faz o Hulk, fugindo do Canadá (da Tropa Alfa), procurar a Base Gama, no Novo México, EUA, onde ele foi literalmente criado.
A notícia do traço de destruição da volta do Golias Verde chega aos noticiários, visto por Leonard Samson, um doutor em psiquiatria, com um longo histórico com o Hulk.
Criado por Roy Thomas e Herb Trimpe em Incredible Hulk #141 (1971), ele tentou ajudar Banner por várias vezes a controlar o monstro, e chegou até a ser afetado por ele, ao ser atingido por radiação gama e também sofrer uma mutação: ficou superforte e com cabelos verdes, mantendo seu intelecto.
Samson intercepta o monstro, e se surpreende que o Hulk pode falar (de modo rudimentar). E ele quer salvar Banner a qualquer custo. Claro que o monstro não dá bola, o que é uma ótima desculpa para excelentes cenas de luta. Surpreendentemente, Samson chega a derrotar o Hulk.
Inacreditavelmente, o Hulk é capturado inconsciente. Samson obrigou o governo americano a reconstruir a Base Gama, e junto com outros cientistas, por meio de um banho de nutrientes, conseguem separar Robert Bruce Banner do Hulk!
Mas a SHIELD, a organização secreta e de operações militares que atuam em nível mundial, interceptam a operação e levam o Hulk embora.
Samson intervém depois, e percebe que o Hulk sem Banner é muito mais perigoso e irracional do que jamais foi.
O monstro escapa de suas mãos, e a trilha de destruição é percebida pelos Vingadores — no caso, o Homem de Ferro (armadura Centurião de Prata), Hércules, Magnum e Namor, os membros mais fortes da equipe.
E nem mesmo eles conseguem parar o monstro (na verdade mal contém Samson, que de tão obstinado, luta contra os heróis para ele mesmo capturar o Hulk.
Enquanto isso, Robert Bruce Banner está à beira da morte por causa da separação física do monstro.
Um composto químico especial, administrado com a permissão do único parente vivo do cientista, sua prima Jennifer Walters, a Mulher-Hulk (que foi transformada graças a uma transfusão de sangue dele).
Recuperado, Banner decide montar uma equipe especial de operativos, os Caça-Hulk, para prender o monstro que um dia foi. Em meio a tudo isso, o antigo amor do cientista, Betty Ross, reaparece. E eles se reaproximam. E ele a pede em casamento (!).
E ele se casam, ainda que o pai da noiva, o General Ross, inimigo de longa data do Hulk, não apareça armado e tente impedir o casamento. Rick Jones, antigo “parceiro” do Hulk, e motivo dele existir inclusive, é baleado na cerimônia.
Vale citar que Rick Jones também foi parceiro do Capitão América, Capitão Marvel e do Rom.
John Byrne faz todos esses acontecimentos com uma urgência sufocante, com uma desenhos precisos e roteiro enxuto.
Tudo corre de maneira fluida e inacreditável, ainda mais com o casamento correndo em paralelo a mais uma luta de Samson com o Hulk, os Caça-Hulk contra os dois,tudo fazendo parecer que os dois estavam bem perto da igreja onde acontecia o matrimônio.
Byrne ainda encontrou tempo para uma edição muito legal em Marvel Fanfare #29 (que seria Hulk #320), onde fez uma história de páginas inteiras com o Hulk contra o Martelo e Bigorna, dois vilões B da Marvel.
Destaque para a participação especial de um pequeno índio que consegue acalmar o Hulk, com fumaça e aparelhos tecnológicos (!), para depois percebermos que ele estava na verdade disfarçado para matar os vilões.
Na época, ninguém sabia quem era, mas depois foi estabelecido que se tratava do Carrasco do Crime, que matava vilões no Universo Marvel, uma identidade usada por muitos personagens.
O editorial não queria essa revista, com arte de página inteira. E ela quase que não saiu. O editor, Denny O´Neil, recusou. E o editor-chefe, Jim Shooter (desafeto dos dois), também não. Isso foi um dos vários motivos para que o artista brigasse com a Marvel.
Nunca se soube o que John Byrne preparava para seu Hulk, mas sabe-se que não iria matá-lo (muitos pensavam isso, sabe-se lá a razão).
Coube a um dos editores da Marvel, Al Milgrom, seguir com a história de John Byrne em Hulk, a partir do #320, de modo decepcionante — Al sempre foi melhor arte-finalista do que roteirista ou desenhista.
Nove números depois, o escritor Peter David assumiu o título do Verdão, e ele faria literalmente história como o mais longo roteirista do Hulk.
John Byrne ainda chegou a fazer mais uma capa para o Hulk, em Incredible Hulk #359, em 1989, com roteiro de Peter David.
Só 10 anos depois ele retornaria a assumir o título.
Hulk #1-7 (1999), roteiro de John Byrne e arte de Ron Garney
O roteirista Peter David entrou no Hulk em The Incredible Hulk #328 (1987), e só foi sair no #467 (1998). Foram 137 edições, fora as dezenas de especiais. Foi uma das passagens mais longas de um profissional em um título de super-herói.
E sua saída representou um deslocamento narrativo do título, que sambou até Incredible Hulk #474, quando foi cancelado (roteiro de Joe Casey e desenhos de Javier Pulido).
Para dar nova vida, um novo título foi criado, chamado simplesmente de Hulk, e seu roteiro seria de ninguém menos de John Byrne. Que, pra variar, conseguiu fazer apenas 7 histórias de novo.
John Byrne de novo trabalha com um Hulk descontrolado logo na primeira edição, dessa vez muito mais selvagem e assassino.
O Gigante Esmeralda é literalmente uma máquina de matar, fazendo centenas de vítimas em ataques aleatórios nos EUA: em cidades e até dentro de aviões (!).
Um vilão de longa data do monstro, Tyrannus, está por de trás dos ataques e, mais uma vez, o conceito de separação de monstro e homem é abordado por Byrne, mas de modo muito mais besta e desinteressante.
Ele criou uma máquina que permite controlar o Golias Verde remotamente, mas para fazer isso de maneira mais adequada, ele separa o cientista do monstro em algo como um Hulk de “pura força gama”. Pois é.
Tyrannus é Romulus Augustus, o último Imperador de Roma e que, no Universo Marvel, permanece vivo até os dias de hoje, graças a uma Fonte da Juventude que descobriu nos domínios escondidos de um submundo chamado Subterrânea.
Ele foi criado por Stan Lee e Jack Kirby em Incredible Hulk #5 (1962), portanto, um dos primeiros inimigos do Hulk.
O destaque dessa pequena fase de Byrne na verdade fica com Ron Garney, um dos grandes desenhistas de ação dos quadrinhos de super-heróis.
Toda cena sua é estilosa e dinâmica, e transparece rapidez e urgência. E para ficar tudo mais brilhante, ele teve a colaboração na arte-final de Dan Green, um dos arte-finalistas mais talentosos da indústria para desenhos cinéticos assim.
Byrne está muito mais verborrágico aqui, com narrador onisciente em muitos dos momentos do roteiro, o que deixa a narrativa lenta em muitos momentos.
Apenas no número 5 o Garney não está presente, que conta com capa de Lee Weeks, com desenhos de Sal Buscema e Mark Teixeira, numa história descontraída do Hulk.
No número #6, Byrne começa a trabalhar outro tramas em paralelo a Tyrannus, como um velho louco que quer matar todos os seres humanos e substituí-los por plantas (!), com participação especial do Homem-Coisa e dos Vingadores.
Byrne traz de novo o Homem de Ferro e Magnum, mas agora com Visão e Feiticeira Escarlate.
No número #7, temos a continuação da treta com os Vingadores, com um gancho sensacional no final da edição para mais um confronto com o Wolverine, personagem que, aliás, surgiu como inimigo do Verdão (!) na revista do Hulk, em The Incredible Hulk #180 (1974), roteiro de Len Wein e desenhos de Herb Trimpe.
Os espetaculares desenhos de Ron Garney compensam muito esse material do Hulk. O desenhista estava recém-saído da premiada fase de Capitão América, escrita por Mark Waid.
O site Fala, Animal fez uma entrevista com Ron Garney em 2021, e essa fase do Hulk foi abordada rapidamente.
“Outro ponto alto de sua carreira foi no Hulk. Você é um dos desenhistas que realmente representa o personagem como um monstro, e não apenas um homem grande. Você realmente tem essa visão monstruosa do Hulk?”, foi a pergunta sobre a passagem dele pelo título.
“O Hulk deve ser monstruoso. Não existe meio-termo“, respondeu o artista.
Isso explica a potência gráfica que Ron imprimiu no título, mesmo depois que Byrne saiu da revista, de novo brigado por conta de divergências de ideias com o editor, Tom Breevort.
O roteirista Erik Larsen assumiu os roteiros, com Ron ainda na arte. O desenhista fica até o número 20, ainda que algumas fossem apenas artes de capa. Uma dessas histórias teve as aparições de cachorros afetados por radiação gama, reutilizados de modo infame no filme do Verdão de 2003, Hulk, dirigido por Ang Lee.
HULK | Jennifer Connelly e a HQ de Stan Lee pelo cinema de Ang Lee
Depois de se ferrar em mais um Hulk, John Byrne assume um novo título dos X-Men, X-Men: The Hidden Years (1999-2000), um projeto que considerava um marco pessoal, dos sonhos. Ele continuaria as histórias clássicas dos X-Men escritos por Roy Thomas e Neal Adams, encerradas em X-Men #66 (1970).
The Hidden Years teve 22 números que contavam novas histórias no gap de tempo até eventualmente alcançar o ponto cronológico de Giant-Size X-Men (1975), quando estream os Novos X-Men e o título seria retomado. Byrne escreveu e desenhou, e contou até com Tom Palmer na arte-final, o mesmo artista das revistas de Thomas e Adams.
Bill Mantlo
Mantlo assumiu a Tropa Alfa em Alpha Flight #29 (1985) e ficou até o #66 (1989), em uma fase que não é dos seus melhores trabalhos — mas as capas de Mike Mignola para vários números são bem legais.
O ano de 1989 marca o único trabalho de Mantlo para a DC Comics, a megassaga Invasão!, uma das mais subestimadas da editora.
A Aliança Alienígena reúne várias raças extraterrestres para destruir os heróis da Terra, que têm que correr contra o tempo para deter a invasão.
Ela é bastante divertida e a saga ainda explica a origem das pessoas ganharem superpoderes no Universo DC. Mantlo fez a saga junto com Keith Giffen, Todd McFarlane e Bart Sears.
Se você gosta do Rocket Racoon, dos Guardiões da Galáxia, da Marvel Comics (e dos filmes do Marvel Studios), saiba que Mantlo foi o co-criador do personagem (junto com Keith Giffen), em uma história do Hulk.
Outras de suas criações incluem os Micronautas (aventuras na mesma pegada do Rom, e mais uma franquia licenciada de brinquedos); Manto e Adaga, dois jovens heróis clássicos da Marvel dos anos 1980; os Alienígenas, inimigos de longa data do Hulk (paródia-homenagem de Mantlo ao Quarteto Fantástico); e vários personagens de etnias e nacionalidades diferentes, como o Tigre Branco (hispânico), Cavaleiro das Arábias (de lá mesmo), Sabra (israelense) e os Supersoldados Soviéticos (URSS).
Sua carreira de sucesso foi interrompida abruptamente em 1992, quando foi atropelado, enquanto patinava. O motorista fugiu sem socorrê-lo e nunca foi identificado.
Bill sofreu um traumatismo craniano tão severo que está em estado irreversível até hoje. A família depende de dinheiro para custos de tratamento, e várias iniciativas de desenhistas e escritores tentam ajudá-lo regularmente.
/ HULK DE BYRNE EM 1978. Byrne já tinha desenhado o Hulk em Hulk Annual #7 (1978), em uma aventura que enfrentava o Molde-Mestre, o robô que cria os Sentinelas, robôs caçadores de mutantes (Anjo e o Homem de Gelo também participam da história). O Doutor Samson também aparece na trama, escrita por Roger Stern, parceiro de Byrne em várias HQs, como o Capitão América.
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