X-Men – Primeira Classe foi um recomeço para a franquia de mutantes da Marvel na Fox, depois do sucesso do X-Men – O Filme (2000) e X-Men 2 (2002) — que é um dos melhores do gênero — e X-Men 3 – O Confronto Final (2006), pavoroso.
Neste, que descarta a cronologia anterior que se passa no “tempo presente”, a ação se passa nos anos 1960, e o mood 007 é o que impera.
Temos discussão geopolítica, militares, locações exuberantes, femme fatales, agentes secretos, covis, plano de dominação mundial e tudo mais que marcou a franquia cinematográfica de James Bond, que começou aliás, em 007 Contra o Satânico Dr. No, em 1962. Aliás – 2: em X-Men – Primeira Classe e Dr. No, temos a Crise de Mísseis de Cuba como ponto narrativo.
O filme dos mutantes mostra inacreditavelmente até o que provocou isso, quando os Estados Unidos colocou mísseis na Turquia, em direção à URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Matthew Vaughn cita filmes como Batman Begins (2005), Jornada nas Estrelas (1966) e os filmes de James Bond dos anos 1960 como suas maiores influências para fazer X-Men – Primeira Classe.
Vindo de Kick-Ass: Quebrando Tudo (2010), outra adaptação de quadrinhos (de Mark Millar e John Romita Jr.), Vaughn criou um novo ritmo para os mutantes, com estilo, história e elementos técnicos que performam muito bem em conjunto, tornando esse um dos melhores filmes da Fox com os X-Men (a saber: o primeiro e o segundo, X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, que é a sequencia de Primeira Classe, e o último, Logan).
Mesmo com um roteiro escrito a oito mãos, o longa-metragem funciona, e ainda que o line-up errático de x-heróis e x-vilões domine, ninguém fica (muito) jogado à toa.
O diretor reescreveu muita coisa junto com a roteirista Jane Goldman, adicionando ainda mais personagens, humor e elementos históricos sessentistas. As atuações precisas dos protagonistas James McAvoy e Michael Fassbender, com toques íntimos ausentes na trilogia original, dão mais dramaticidade a esse filme de super-herói, que é mais um thriller de 007 com relações humanas — e mutantes — antes de tudo. Vaughn já tinha trabalhado bem o assunto em seus filmes anteriores, como Stardust: O Mistério da Estrela (2007) e Nem Tudo é o Que Parece (2004).
Vaughn usou planos muito tradicionais e a câmera se movendo ao mínimo, um contraste de orientações para um filme de ação cinético como se exige em um produto típico de ação e efeitos especiais.
Mas a ambientação criada na captação de imagens de formato anamórfico para criar uma experiência de “widescreen” funcionou.
Como ele mesmo disse, “um filme dos X-Men, uma história estilo James Bond e um thriller político ao estilo [do diretor de cinema John] Frankenheimer, tudo ao mesmo tempo“.
X-Men – Primeira Classe
(X-Men First Class, 2011,
de Matthew Vaughn)
X-Men – Primeira Classe começa com uma nova recapitulação de Erik Lensherr, o futuro Magneto, quando criança nos campos de concentração em Auschwitz, na Alemanha nazista. Ao mesmo tempo, em 1944, o pequeno Charles Xavier conhece menininha Raven em sua mansão em Westchester, Nova York.
A garotinha é mutante, toda azul por causa de sua mutação, que é aparente desde a infância (diferente do usual, que se manifesta apenas na puberdade).
O jovem Xavier também já tem domínio de seu poder, e ambos ficam amiguinhos rapidamente, já que a garota invadiu a mansão apenas porque procurava comida (e refúgio).
Do outro lado do mundo, Sebastian Shaw (Kevin Bacon), um cientista nazista, depois que descobriu as habilidades magnéticas do garoto na cena de abertura do filme, mata a mãe de Erik à sangue-frio para que ele manifeste seus poderes de novo.
Uma moeda (que deveria ser mexida por Erik quando na ocasião em que Shaw matou sua mãe) faz a transição de abertura do longa.
Devemos prestar atenção nessa moeda. A trama pula para 1962, vemos Erik já adulto (interpretado por Michael Fassbender), um assassino vingativo fodassaralho com agenda própria caçando e matando nazistas, na pegada mais 007 de X-Men – Primeira Classe.
Em Oxford, Inglaterra, os jovens Charles (James McAvoy) e Raven (Jennifer Lawrence) tem uma relação muito boa — ela é muito ligada ao rapaz, bem mais do que ele, em termos amorosos (Xavier a vê como irmã).
Em mais um aceno à Bond, a CIA (“Central Intelligence Agency“, a agência secreta americana) investiga o Clube do Inferno, que nas HQs é uma maçonaria mutante sadomaso com pretensões de conquista mundial, e que aqui é tratada no contexto de Guerra Fria com políticos corruptos que tentam desestabilizar o mundo.
Há referências de mísseis instalados pela Europa, como na Turquia, motivo da URSS ter colocado mísseis em Cuba, como contrapartida.
Shaw ainda está vivo, é parte desse clube, auxiliada por Emma Frost (January Jones), vinda diretamente de Mad Men (2007-2015). Ela é um dos motivos do filme valer a pena, demais de boa, e aqui está até com sua segunda mutação, um sucesso dos quadrinhos: Emma pode alterar toda sua pele para diamante (como Colossus faz com aço orgânico com a sua).
O casal (?) têm outros asseclas menores, capangas que mal têm fala, como Maré Selvagem (Álex González), bem menos selvagem aqui, um desperdício do personagem original das HQs, que é um tornado humano que dispara shurikens e facas, e Azazel (Jason Flemyng), um demônio milenar (!) que nem mutante é, que engravidou Mística (!!), pai do Noturno (!!!) — é pois é.
Uma agente secreta da Cia, Moira MacTaggert (Rose Byrne), descobre os planos escusos de Shaw e seu grupo.
Enquanto isso, Erik caça nazistas até na Argentina, em uma cena sensacional. Xavier é libertino, falastrão e cachaceiro, em uma ótima interpretação de James no papel, de modo insuspeito até no lore das HQs. Funciona.
Alguns efeitos especiais são particularmente bons, como o poder de Shaw em absorver impacto cinético.
A sequência dele absorvendo a força explosiva de uma granada é ótima. O ator Oliver Platt interpreta outro agente da CIA (cujo nome nunca é revelado), e ele é o alívio cômico do filme, e isso também funciona.
Erik chega bem perto de matar Shaw quando ele finalmente o rastreia, mas Emma o impede. Forças militares da CIA estão se aproximando do vilão também, mas são repelidos pelo poder do Maré Selvagem.
Erik quase pega o submarino que Shaw usa para fugir, mas Xavier o salva de ser literalmente atropelado por ele.
Uma vez com o pessoal da CIA, os mutantes, à revelia, se torna a “nova divisão mutante da agência“, em um mood inédito até mesmo na X-mitologia dos quadrinhos da Marvel. Xavier fica amigo de Moira, e acerta ajudar o governo na questão mutante.
Alertado pelo perigo de um telepata entre os mutantes que o antagonizam, Shaw cria um elmo anti-telepatia.
Do lado dos mutantes do bem, Hank McCoy, o Fera (Nicholas Hoult), amigo de Charles, é o inventor das bugigangas essenciais ao plano de Charles: é ele quem projeta o Cérebro (e o batiza), aparelho incrível que rastreia mutantes em qualquer parte do planeta, e é ele quem desenhou o avião Pássaro Negro, o meio de transporte dos X-Men.
Mutante com poder de força e agilidade, graças a uma constituição física animalesca, Hank gosta de Raven, e ela (parece que) também, já quem ambos tem mutações que alteram suas formas humanas.
Entre eles, há mais camadas de discussão, já que Hank usa uma injeção química para frear sua mutação, o que causa espanto e certa decepção em Raven.
É por meio do Cérebro que Xavier consegue rastrear mutantes, e eles partem chamar outros para montar uma equipe para a CIA. Assim, além de Xavier, Hank, Raven e Erik, temos também Alex Summers/Destrutor (Lucas Till), Sean Cassidy/Banshee (Caleb Landry Jones), Armando Muñoz/Darwin (Edi Gathegi) e Angel Salvadore (Zoe Kravitz).
Wolverine chega a aparecer numa cena, numa participação pra lá de especial de Hugh Jackman no papel, apenas para uma linha de diálogo: “Go fuck yourself” (depois de usar 7 vezes “Fuck off” em outros takes) ele diz para o convite de Xavier e Lensherr.
No filme, a cena em que todos confraternizam e decidem expor seus poderes e escolher os codinomes, é extremamente problemática, com referência até do tamanho do pé de Hank com….bem, você sabe o que.
Tosco até dizer chega. Enquanto os jovens se divertem, Xavier, Erik e Moira empreendem uma invasão a um refúgio soviético.
A cena é particularmente boa, ainda mais para Erik, lobo solitário que é. O uso sexualizado de Emma para garantir o apoio do general russo (Rade Serbedzija) é também é bem problemática, além de noventista demais para um filme de 2011. Quem sabe se melhor dirigida…
O grande plano de Shaw consiste em provocar uma guerra nuclear no mundo e garantir assim mais mutações acontecendo — por isso o fomento à Crise de Mísseis.
Shaw, Maré e Azazel atacam o esconderijo da CIA onde os mutantes estavam, garantindo algumas boas cenas de ação, apesar da morte inexplicável de Darwin, e Angel já mudando de lado com uma boa conversa.
Xavier pega o que sobrou dos jovens e finalmente leva todos para a Mansão X, sua antiga casa em Westchester. Emma tinha sido capturada no refúgio soviético, e foi deixada aos cuidados do Pentágono, o centro da CIA.
As frotas marítimas americanas e russas já estão em alto mar, e o perigo e medo começam a tomar conta do mundo.
Enquanto isso, Xavier treina Destrutor, Banshee e Erik. O mutante magnético consegue mexer à distância um enorme radar e sua estrutura, numa cena bem legal.
Diametralmente oposta é a mal-construída relação de Erik com Raven. Hank, relutante com sua aparência, ajuda a moça a cair nos braços de Erik, perdendo seu lugar na fila em definitivo.
Em Cuba, no clímax de X-Men – Primeira Classe, o submarino voando pelo poder de Erik é impressionante.
Sua luta contra Shaw também é ótima, com grandes efeitos especiais, e um final espetacular, com a moeda recorrente desde o começo do longa, presente na hora fatídica da morte de Sebastian Shaw, com uma participação decisiva de Charles — a sequência é um clássico do filme de super-heróis.
No fim, Moira aleija Xavier sem querer, graças a um tiro destinado à Erik, que desejava lançar todos os mísseis russos e americanos de volta para os militares humanos.
Lensherr decide que o jeito de Xavier não é o certo, ele quer violência para garantir a paz entre humanos e mutantes. Assim, ele parte (com Angel, Azazel e Maré).
Charles decide que uma equipe para manter a coexistência pacífica entre mutantes e humanos é necessária.
E é uma humana, Moira, quem batiza o grupo: X-Men.
No Pentágono, Erik resgata Emma Frost, e se apresenta finalmente com o nome de Magneto.
O line-up de “primeira classe” nos cinemas
X-Men – Primeira Classe é um dos poucos filmes em que Stan Lee não fez uma aparição especial. E a equipe de heróis mutantes vistas no longa não poderia ser mais diferente do que os primeiros X-Men que ele co-criou, junto com Jack Kirby, em X-Men #1, de setembro de 1963.
Os integrantes originais são Jean Grey/Garota Marvel, Scott Summers/Ciclope, Bobby Drake/Homem de Gelo e Warren Worthington III/Anjo, além, é claro, de Hank McCoy/Fera e o Professor Charles Xavier.
Aliás, o título do filme, X-Men Primeira Classe/First Class, faz referência direta a outra série de revistas da Marvel para os heróis mutantes. X-Men First Class, lançada em 2006, com roteiros de Jeff Parker e arte de Roger Cruz, desenhista brasileiro, mostrava a mesma equipe, mas em aventuras inéditas.
Matthew escolheu personagens pinçados de diferentes contextos para compor o elenco de sua trama.
Destrutor é o irmão mais novo de Ciclope, e surge bem depois nos gibis, mas aqui ele é o mais velho e aparece antes. Banshee é bem mais idoso do que o Sean apresentado no filme de Vaughn, e aparece nos anos 1960 nas revistas dos X-Men como antagonista num primeiro momento.
Darwin e Angel são todos personagens dos anos 2000 no lore. Durante a busca de Xavier pelos mutantes com o Cérebro, aparecem um menino de óculos vermelhos jogando baseball (Scott Summers/Ciclope) e uma garota negra com os cabelos brancos (Ororo Munroe/Tempestade).
O Fera foi o único x-man original que apareceu em X-Men Primeira Classe. Scott, Jean e Bobby apareceram na trilogia original, mas o Fera e Anjo só apareceram no terceiro.
O mutante alemão Kurt Wagner, vulgo Nightcrawler/Noturno, filho de Azazel e Mística, apareceu em X-Men 2, interpretado por Alan Cumming, e X-Men – Apocalipse (2016) e X-Men – Fênix Negra (2019), interpretado por Kodi Smit-McPhee.
Graças aos deuses do gibi, essa relação de parentesco entre Azazel/Mística/Noturno não é abordada no longa, e mesmo nas HQs, esses argumentos, cometidos pelo roteirista Chuck Austen, é visto com maus olhos e desconsiderado pelos fãs. Outra relação que existe nas HQs é um romance entre Banshee e Moira, que aqui no filme também nem é abordada.
Xavier, Fera e Magneto surgiram em X-Men #1 (1963), Banshee em X-Men #28 (1967) e Destrutor em X-Men #54 (1969), todos na primeira fase dos heróis nos gibis da Marvel.
O canadense Wolverine fez sua primeira aparição em Incredible Hulk #180 (1974), e depois estreou em os Novos X-Men em Giant Size X-Men (1975), junto com a americana-africana Tempestade, o russo Colossus, o alemão Noturno, o japonês Solaris, o nativo indígena americano apache Pássaro Trovejante, e o irlandês Banshee (agora como herói). Moira surgiu na mesma época, em X-Men #96 (1975).
Emma Frost e Sebastian Shaw, bem como o Clube do Inferno, apareceram em X-Men #129 (1980), na fase do roteirista Chris Claremont e John Byrne, uma das melhores dos X-Men e de toda a indústria.
Maré Selvagem apareceu em Uncanny X-Men #210 (1986), no começo da desconstrução que Claremont faria da equipe, em uma fase excelente com artes de John Romita Jr., Marc Silvestri e Dan Green, com edição de Ann Nocenti, que fariam os X-Men a maior potência dos quadrinhos de super-heróis nos anos 80 e 90.
Já Angel Salvadore apareceu New X-Men #118 (2001), no run de Grant Morrison, e Azazel em Uncanny X-Men #428 (2003). Darwin aparece em X-Men: Deadly Genesis #2 (2005), uma saga que conta eventos antes de Giant Size X-Men, de 1975, com roteiros de Ed Brubaker.
Primeira Classe de
Produção nos X-Men
O ator Colin Firth estava no páreo para ser Sebastian Shaw, e só perdeu por conta dos ares sempre maligno que o ator Kevin Bacon exala naturalmente.
Matthew Vaughn acabaria por escalar Firth em seu Kingsman: Serviço Secreto (2014) e Kingsman: O Círculo Dourado (2017). Bryan Cranston (Breaking Bad, 2008/2013) estava acertado, mas preferiu um papel em Drive (2011).
Bacon trabalhou diretamente em cima dos trejeitos e história de Josef Mengele, conhecido cientista nazista que trabalhou com experimentos de eugenia e tortura, muitas vezes com crianças.
Michael Fassbender estudou a atuação de Sir Ian McKellen nos três filmes anteriores de X-Men para compor seu Magneto, e deu uma olhada nos gibis. Mas decidiu descartar tudo e seguir um caminho próprio, atitude que muitos atores tomam, e que raramente dá certo, mas que aqui funcionou.
As intenções do primeiro roteirista do filme com a cena de abertura eram bem mais ambiciosas. Sheldon Turner escreveu algo como o início de X-Men – O Filme (2000) encontrando O Pianista (2002), com Charles Xavier liderando um esquadrão de soldados dos Aliados, que encontrariam o pequeno Erik ao desmantelar o campo de concentração onde o garoto estava.
Eles se encontrariam depois da guerra, como amigos, e depois como rivais. Ludger Pistor e Wilfried Hochholdinger interpretam os dois soldados nazistas que Erik mata na Argentina. Os dois também fazem soldados nazistas em Bastardos Inglórios (2009), de Quentin Tarantino, onde Michael Fassbender faz um soldado Aliado.
Sarah Harding chegou a ser chamada três vezes para interpretar Emma Frost, e Rosamund Pike chegou a ser cogitada para interpretar Moira McTaggert.
A atriz Tahyna MacManus, que interpretou Emma Frost em X-Men Origens: Wolverine (2009), chegou a ser considerada para reprisar seu papel, ainda que os papéis não possam ser co-relacionados na trama.
Jennifer Lawrence é a Mística aqui, mas na trilogia original, o papel coube à Rebecca Romijn, que também tem uma participação de segundos quando Raven se transforma em uma mulher mais adulta do que é.
A atriz Amber Heard chegou a ser considerada para o papel da mutante azul, e Taylor Lautner só não foi o fera por motivos de agenda.
O processo de maquiagem de Jennifer Lawrence em X-Men – Primeira Classe durava cerca de 8 horas, o que explica ela não querer mais aparecer com azul nos filmes seguintes, pero no mucho.
Jason Flemyng com seu Azazel e Nicholas Hoult amargavam mais de 4 horas para suas makes. Ele e Jennifer Lawrence engataram um romance-relâmpago durante as filmagens, assim como Michael Fassbender e Zoe Kravitz.
A morena retorna no cinema de super-heróis na concorrência como a nova Mulher-Gato em The Batman, a próxima produção da Warner para o Cavaleiro das Trevas pelas mãos do diretor Matt Reeves (Cloverfield e a nova trilogia de Planeta dos Macacos) previsto para 2022.
Bryan Singer dirigiu X-Men – O Filme (2000) e X-Men 2 (2003). Já X-Men 3 – O Confronto Final (2006) foi dirigido por Brett Ratner, já que Singer preferiu fazer para a Warner o filme Superman – O Retorno (2006), um senhor fracasso nos cinemas.
Para X-Men – Primeira Classe, Singer retornaria, mas ele declinou para dirigir Jack, o Caçador de Gigantes (2013).
Assim, Matthew Vaughn ficou na direção, com Singer creditado como produtor. Bryan ainda dirigiria os filmes seguintes, mas acusações de assédio contra ele (que é gay) o fizeram sumir do mapa. Mesma situação de Ratner, pelos mesmos motivos (ele é hétero).
Obviamente, a Fox fez uma confusão cronológica danada com os filmes, sobrepondo e ignorando eventos estabelecidos anteriormente, principalmente com situações de X-Men 3 – O Confronto Final (2006) e X-Men Origens – Wolverine (2009), o que torna X-Men – Primeira Classe uma espécie de soft reboot da trilogia anterior.
Mas foi graças a X-Men – O Filme (2000), X-Men 2 (2002) e o filme da Sony do Homem-Aranha (2002) que o terreno cinematográfico ficou firme para produções de super-heróis.
Os estúdios entenderam o apelo comercial das adaptações de quadrinhos de heróis e vilões de papel para as telonas e foi assim o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) pode surgir, já com Homem de Ferro, em 2008.
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FRED DUNCAN | O agente do FBI que ajudou Charles Xavier a criar os X-Men