ANN NOCENTI | Uma jornalista no editorial da Marvel Comics

Ann “Annie” Nocenti nasceu em New Jersey, Estados Unidos, e além de jornalista, é cineasta e professora, e foi uma das melhores editoras da Marvel Comics.

Nos anos 1980, ela fez uma das melhores fases do Demolidor (um advogado cego criado por Stan Lee e Bill Everett em 1964), e antes dos 30 anos, foi indicada ao Oscar das HQs americanas, o Eisner.

Ann também foi a editora de uma das melhores, se não a melhor, fase dos X-Men, nos títulos New Mutants (#17–66, Annual #1–4, Special Edition #1, 1984–1988), a revista dos Novos Mutantes, e The Uncanny X-Men (#183–232, Annual #8–11, 1984–1988), a revista dos X-Men.

Ann Nocenti
Arte promocional da Marvel Comics para o Demolidor de Ann Nocenti. Artes de John Romita Jr. e Al Williamson
Arte de John Romita Jr. e Al Williamson
Ann Nocenti
Mary Typhoid, um dos vários amores bandidos do Demolidor. Uma louca psicopata ligada de forma doentia ao seu parceiro, muitas vezes vestida no mood colombina — personagem da commedia dell’arte, mulher sedutora, esperta e volúvel, anos antes da Arlqueina, da DC Comics, estrear na cultura pop
Os X-Men, sob comando da edição de Ann Nocenti, se tornariam gigantes nas mãos de Chris Claremont, John Romita Jr. e Marc Silvestri
Wolverine, arte de John Romita Jr. e Dan Green
Ann Nocenti
Um dos melhores créditos dos anos 1980 das HQs de super-heróis estão nessa página: Chris Claremont, John Romita Jr. e Dan Green. E Ann Nocenti, é claro
X-Men. Arte de Marc Silvestri e Dan Green. Poder e cinética mesmo em cenas estáticas
Ann Nocenti
Marc Silvestri, um dos artistas mais dinâmicos dos quadrinhos, só ele para substituir com força o traço de John Romita Jr.
A melhor formação dos X-Men de todos os tempos. Com o Longshot de Annie Nocenti e Arthur Addams
Ann Nocenti, Chris Claremont e Louise Simonson

Ela também co-criou personagens que até hoje são usados na Marvel, como o x-man sortudo de quatro dedos Bon Jovi mood Longshot (com Arthur Addams em Longshot #1, 1985), sua inimiga Espiral (mesma edição), o megavilão Mojo (na terceira edição); um dos vários amores bandidos do Demolidor, Mary Typhoid (com John Romita Jr. em Daredevil #254, 1988); e o filho do demônio Mefisto, Coração Negro (também com Romita, em Daredevil #270, 1989).

O Coração Negro apareceu até nas telas de cinema, no primeiro filme do Motoqueiro Fantasma (2005), dirigido por  Mark Steven Johhson, e interpretado pelo ator Wes Bentley.

Ann Nocenti
Ann Nocenti nos escritórios da Marvel nos anos 1980. Foto de Eliot R. Brown

Ann era um ponto fora da curva em sua época.

Quando menina, cresceu em meio a revistas do Dick Tracy (detetive criado 1931 pelo cartunista Chester Gould para o jornal impresso Chicago Tribune. Aliás, é de Dick Tracy as origens de supervilões com designs grotescos e diferenciados, base para a criação dos antagonistas dos super-heróis no gênero de histórias em quadrinhos popularizados pelas editoras Marvel Comics e DC Comics.

Também lia muito Archie (uma espécie de Turma da Mônica juvenil americana) e mais mocinha, teve contato com trabalhos de Robert Crumb, um dos grandes nomes dos quadrinhos underground americano, que trabalha temas mundanos e sociais.

Enquanto escrevia gibis de super-heróis, fazia mestrado na Universidade de Columbia e trabalhava também em revistas e jornais, e se cercava de livros de Marshall McLuhan, Noam Chomsky, Edward S. Herman e Walter Lippmann, todos profissionais renomados da comunicação.

Logicamente, havia outras profissionais mulheres atuando na indústria, como Lynn Varley, Mary Saverin, Louise Simonson e outras gatas pingadas, mas a expressividade que Nocenti conseguiu se fez notar de modo mais relevante, já que eram os anos 80 e ter uma postura combativa assim era novidade ainda.

 

Depois de se formar em comunicação social com 20 e poucos anos, ela respondeu a um anúncio de emprego numa edição dos anos 1980 da revista Village Voice, uma das mais famosas e prestigiadas revistas alternativas de cultura dos EUA, publicado pelo editor Dennis O’Neil, sobre trabalhar na Marvel Comics.

Dennis O’Neil

QUESTÃO | O Objetivismo na Charlton e a zen-violência na DC Comics

Foi quando ela descobriu o gênero de histórias em quadrinhos de super-heróis. Ela tinha uma experiência prévia em livros infantis e era barwoman para complementar a renda, mas o pessoal da Marvel gostou da jovem logo de cara.

Seu primeiro trabalho foi uma histórias de 6 páginas publicada em Bizarre Adventures #32 (1982), desenhada por Greg LaRocque, uma aventura despretensiosa nesse título de antologia preto e branco da editora.

Ann Nocenti
O primeiro trabalho de Ann Nocenti na Marvel

Seu primeiro título solo foi a revista da Mulher-Aranha, Spider-Woman, no número #47 (1982), que acabou já no #50, com a morte da personagem.

O livro Marvel A História Secreta, de Sean Howe, tem um título auto explicativo, e uma declaração de Nocenti para ela é sobre essa passagem.

Nunca aconteceu de uma heroína ter uma roteirista regular. Você vai dar uma perspectiva única aos quadrinhos”. Foi assim que o editor Mark Gruenwald chegou até Ann, pedindo que ela fizesse uma história com a Mulher-Aranha. O detalhe era de quem era uma história de morte. “Eu acho que ele já devia ter pedido aquilo para todo mundo — e todo mundo disse não, porque é uma esquisitice matar super-herói. Mas eu não era ligada, Pensei o seguinte: ‘ok, é tipo um boneco de papelão, é uma menina usando uma roupa de aranha, para enfeitar copinho plástico.’ Aí eu fiz quatro edições, eu a matei e recebi cachoeiras de cartas dos fãs tristes, horrorizados. Eu não entendia os laços que a meninada constrói com os personagens. Eles são vivos, sabe? Foi uma bela introdução ao Universo Marvel.”

A heroína voltaria a vida poucos meses depois, em um arco na revista dos Vingadores, Avengers #240–241, escrita por ela mesma e Roger Stern, com desenhos de Al Milgrom.

Ann Nocenti também passou nas revistas do Doutor Estranho e Star Wars, franquia cinematográfica cuja licença de quadrinhos era da Marvel na época.

Por 27 edições, Ann ajudou a expandir a mitologia do universo expandido da saga espacial mais famosa do cinema.

Ela escreveu a minissérie Beauty and the Beast (1984-1985), estrelada pelo Fera e pela Cristal, até que foi alçada a cargos maiores, dessa vez como editora-assistente de Carl Potts nos títulos do Hulk, Os Defensores, Doutor Estranho e o Coisa.

Nocenti também escreveu uma minissérie em 6 edições de Longshot (1985-1986).

O conceito da metafísica da sorte fascinava Ann Nocenti, que pouco injetou dos clichês de super-heróis na trama. Ela ficou em abordar o poder da mídia na forma de um mundo extradimensional onde isso dita as regras da sociedade.

Com desenhos de alto impacto visual de Arthur Addams e arte-final do filipino Whilce Porthacio, a obra é uma das mais diferentes e instigantes da Marvel oitentista.

As influências de Marshall McLuhan, Noam Chomsky, Edward S. Herman e Walter Lippmann, que Annie estudava em seu mestrado, são claras aqui.

Longshot, o herói sortudo bonitão de 4 dedos de outra dimensão
Ann Nocenti
Em suas desventuras por nosso mundo, Longshot acaba entrando em conflito até com outros heróis, como o Homem-Aranha
A arte de Arthur Addams aqui está binita e dinâmica como poucas vezes
Alto contrasta visual e impacto de cores. A minissérie de Longshot é um excelente material de quadrinhos a ser descoberto

Nocenti ainda anota mais uma colaboração com Addams em Homem-Aranha, em Web of Spider-Man Annual #2 (1986), um crossover com Warlock, o alien tecno orgânico criado em Novos Mutantes, onde há também uma história curta da escritora com Mike Mignola, uma das mais engraçadas do Cabeça de Teia.

Ann Nocenti
Um pequena, engraçada e desesperadora história do Homem-Aranha. Texto de Mike Mignola e arte de Mike Mignola

Ann Nocenti e o Demolidor

A sua fase com o Demônio da Cozinha do Inferno (um dos apelidos do Demolidor) é marcada por um texto ágil e sem perda de tempo.

As narrativas têm altos e baixos como uma montanha-russa, e não dá para saber onde que Nocenti quer ir, até efetivamente chegarmos lá com ela.

Toda a fase é muito gostosa de acompanhar, e ter os desenhos de John Romita Jr., grande desenhista, muito inspirado, e a arte-final elegante e mais linda do mundo de Al Williamson, uma lenda dos quadrinhos americanos, na maior parte das edições, torna a experiência de ler a fase de Ann Nocenti no Demolidor imprescindível.

Um confronto com o Justiceiro começou a se tornar obrigatório desde Frank Miller e Ann Nocenti
Os eternos problemas psicológicos de Matt Murdock/Demolidor também
Os desafios do Demolidor de Ann Nocenti o levam literalmente até o inferno
Os confrontos com os vilões, como o Guerrilheiro, criação de Ann Nocenti

Coração Negro, o filho de Mefisto, o Diabo da Marvel
Mas nada derruba mais o Homem sem Medo do que a mulher errada. E Ann Nocenti foi a mulher certa para fazer isso com a Mary Typhoid

Ann começa em Demolidor exatamente do mesmo ponto onde sua majestade Frank Miller, um dos melhores escritores americanos de HQs, terminara sua obra-prima, A Queda de Murdock: Matt recomeçando do zero, morando num apê bem modesto, ao lado de sua namorada Karen Page, e sem sua licença para advogar.

A Queda de Murdock

Ann Nocenti é uma excelente escritora, dona de diálogos excelentes, criativa em misturar diversos plots, como crime e violência desenfreada em ambiente urbano, corporações, ecologia, economia sustentável, traumas psicológicos, mulheres fortes e proeminentes, adultério, transtornos de personalidade, ameaça nuclear, sentimentos ambíguos, cidades do interior americano, cenários rurais, Ultron, Inumanos, Mefisto, Mary Tyfoid, uma das várias paixões bandidas do Demolidor, e recorrente em diversos outros arcos narrativos ao longo da trajetória do personagem, sendo usada por vários autores.

O Rei do Crime

Pelo trabalho em Demolidor, Ann teve uma indicação ao Eisner Award, o “Oscar” das HQs americanas, de Melhor Escritora em 1989.

Concorreu com Mike Baron, que fez Nexus, pela First Comics; com William Messner-Loebs, por uma revista do Johnny Quest; com Grant Morrison e seu Homem-Animal; e com Alan Moore, e sua Piada Mortal — esses dois últimos, trabalhos icônicos da DC Comics, e frequentadores fieis de TOP 10 em lista de melhores quadrinhos por aí.

A qualidade dos diálogos e narrativa de Ann Nocenti são gigantes

Ann Nocenti perdeu para Alan Moore. O que equivale dizer que perdeu um jogo de bola para o Maradona.

A primeira página do Demolidor de Ann Nocenti

A primeira edição do Demolidor escrita por Ann foi desenhada por Barry Windsor-Smith em Daredevil #236 (1986), e em Daredevil #238–291 (1987-1991, menos as #246 e #258), o palco foi só dela, com o brilho da arte de John Romita Jr. nas edições #250 até o #282 (1988-1990), a maioria delas pela arte-final de Al Williamson.

A passagem dela pelo título entregou pérolas como um confronto do herói com Dentes de Sabre, arqui-inimigo de Wolverine, em um crossover com a saga Massacre de Mutantes, que ocorria nos títulos dos X-Men e Novos Mutantes, da qual Annie era editora; uma aventura conjunta com o Pantera Negra; um confronto/encontro com Wolverine, o primeiro dos dois heróis, em busca do Guerrilheiro, com uma capa clássica de Rick Leonardi, também nos desenhos internos, com arte-final de Al Williamson; mais um crossover com a saga Queda de Mutantes, em mais uma parceria do herói com a Viúva-Negra, em um sensacional conflito generalizado urbano nas ruas de uma Nova York sem luz, graças a ataques dos Cavaleiros do Apocalipse e sua enorme Nave (que ficaria na cidade por muito tempo nas mãos do X-Factor); a longa e fantástica introdução de Mary Typhoid na mitologia do Demolidor, com a participação essencial do Rei do Crime; e diversas lutas com criminosos como Balaço, Guerrilheiro, Bullet, a Força Federal (Pyro e Blob) e Rifle, fora crossovers com o Homem-Aranha e o Justiceiro.

Wolverine vs Demolidor vs Guerrilheiro

Em Daredevil #252, uma das melhores histórias do Demolidor, quando Nova York fica às escuras depois de um ataque dos Cavaleiros do Apocalipse (saga Queda de Mutantes). Demolidor tem que controlar os distúrbios que assolam toda a cidade
Annie era tão talentosa que até misturas inusitadas como Ultron, Doutor Destino e até os Inumanos nas histórias funcionam

Outro ponto que merece destaque é a luta do Demolidor com Coração Negro, o diabólico filho de Mefisto, o Diabo da Marvel, que ainda anota uma participação pra lá de especial do Surfista Prateado

Os números finais de Ann Nocenti no título trouxe o artista Lee Weeks nos desenhos, com arte-final de Al Williamson, em uma fase de abalo mental para Matt Murdock — pra variar.

Ele se autointitula Jack Murdock e não tem lembranças de ser um advogado, menos ainda ser um herói. Então quem veste o uniforme do Demolidor e sai por aí dando de uma de vigilante?

Os números finais das histórias do Demolidor de Ann Nocenti são com os desenhos de Lee Weeks, artista com traço clássico e poderoso com arte-final de Al Williamson

Ann Nocenti nos X-Men

A primeira edição dos X-Men editada por Ann Nocenti

Annie foi a editora dos títulos Uncanny X-Men #183–232, Annual #8–11 (1984–1988) e The New Mutants #17–66, Annual #1–4 e Special Edition #1 (1984–1988).

Seus quatro anos nos dois títulos X formaram a base do plano-mestre que o roteirista Chris Claremont promovia metodicamente na revista, ao alterar e removar, peça por peça, conceitos e personagens mutantes.

Arte promocional da Marvel sobre seus trabalhos na edição

Seus roteiros deram solidez para tudo que tornaria possível os X-Men serem: a mais poderosa força da cultura pop de seu tempo. A fase de Ann Nocenti à frente de X-Men teve os desenhistas John Romita Jr. e Marc Silvestri, dois grandes artistas, os dois abrilhantados pela arte-final incrível de Dan Green.

Dan Green, Ann Nocenti e John Romita Jr.

DAN GREEN | O incrível poder da arte-final na Marvel

Sob o comando de Annie, em sua estreia (substituindo Louise Simonson), Claremont promoveu mais um confronto de Colossus com o Fanático em uma briga de bar, junto com Wolverine e Noturno (que ficaram só olhando dessa vez), em um mood que se tornaria clássico na mitologia dos personagens em questão, seguido de passagens marcantes como a perda de poderes de Tempestade; a vinda de Rachel Summers, mostrada na saga Dias de um Futuro Esquecido, para o “presente” dos dias atuais; o melhor crossover dos X-Men, Vingadores e outros heróis Marvel em uma única edição enxuta, dinâmica e concisa, contra Kulan Gath, feiticeiro dos tempos de Conan, o Bárbaro; transformou Rachel na segunda Fênix; criou a Força Federal, um “pré-Esquadrão Suicida” na Marvel, mais de um ano antes da DC Comics; fez uma Tempestade sem poderes derrotar Ciclope numa disputa e torná-la líder dos X-Men; criou Magus, inimigo dos heróis, um alien de origem tecno orgânica, que seria muito usado no Universo Marvel depois; fez Xavier abandonar a Terra e deixar sua escola aos cuidados de Magneto; promoveu uma das primeiras grandes sagas interligada com outros títulos no mercado de quadrinhos, o Massacre de Mutantes; introduziu os antagonistas Carrascos, assassinos mutantes de mutantes, o robô Nimrod, vindo da timeline de Rachel; introduziu os X-Babies (os heróis em versão miniatura, cortesia de Mojo), entre muitas coisas.

Massacre de Mutantes alterou os X-Men para sempre, que agora teriam o veterano Destrutor, a novata Psylocke, a relutante Cristal e Longshot, um dos primeiros não-mutante a integrar a equipe

FORÇA FEDERAL | Um “pré-Esquadrão Suicida” na Marvel Comics

O retorno de Destrutor aos X-Men

Tempestade perde e recupera seus poderes sob o comando de Ann Nocenti

O melhor fica por conta da desintegração dos X-Men, após os eventos traumáticos de Massacre de Mutantes, até chegar a uma das melhores formações dos X-Men de todos os tempos: a líder Tempestade, Vampira, Pyslocke Wolverine e Colossus ganharam a companhia de Destrutor, que retornou para a equipe depois de muito tempo afastado, mesmo caso de Cristal, que estava nos arredores da equipe fazia um tempo, além de Longshot, personagem criado por Annie com o desenhista Arthur Addams numa minissérie de mesmo nome, um dos poucos não-mutantes a fazer parte do line-up da equipe.

Eles foram os personagens centrais da Queda de Mutantes, que literalmente transformou os X-Men em lendas vivas dentro do Universo Marvel.

Queda de Mutantes, a saga que transformou os X-Men em verdadeiras lendas no Universo Marvel

Dado como mortos, os oito heróis começaram a atuar na surdina a partir de uma base tomada dos Carniceiros, bandidos ciborgues australianos que viviam no meio do deserto central do país.

Ann Nocenti fica até a primeira parte de uma nova saga da Ninhada, substituída na edição por Bob Harras. As bases da futura saga Inferno já estavam construídas com Annie no comando, como podemos verificar pela agenda secreta que o Senhor Sinistro promovia nas histórias.

A saga Inferno não foi editada por Ann Nocenti, mas toda a base dela foi construída sob seu comando

Já no título dos Novos Mutantes, Annie deu liberdade para o artista Bill Sienkiewicz pirar com sua arte.

Quando o desenhista começou a soltar seu lado mais experimental e mais maluco de arte, pós-Cavaleiro da Lua com influências de Neal Adams, foi Ann Nocenti quem o incentivou a pirar mais ainda. “A gente queria explodir a Marvel old school e criar uma coisa contemporânea“, afirmou na época.

Os desenhistas Jackson Guice, Kyle Baker e Barry Windsor-Smith fizeram várias edições, todos grandes artistas do mercado, cooptados pelo talento de Annie.

Até o pintor Jon J. Muth fez uma capa e páginas internas (The New Mutantes #62, 1988), um artista que co-criou junto com Kent Williams, outro pintor, a minissérie em 4 edições Wolverine e Destrutor: Fusão, escrita por Louise e Walt Simonson.

Até o número #54, o escritor de The New Mutants era Chris Claremont, mas depois é Louise quem assume os Novos Mutantes, que sob o comando de Annie, fazem Doug Ramsey/Cifra morrer, um dos eventos mais traumatizantes da jovem equipe, além da lenta e penosa transformação de Illyana Rasputin em uma versão mais diabólica de si mesma, preparando terreno para a saga Inferno também.

Magia quer matar Forge pelas mortes dos X-Men. Sina já prevê o ~~ Inferno ~~ que a garota vai trazer ao mundo

Além de escrever Demolidor e editar os X-Men, Ann Nocenti ainda faria diversas edições especiais do Homem-Aranha e outros trabalhos nas revistas Marvel Comics Presents e Marvel Fanfare, títulos da empresa com histórias soltas de seus personagens.

Annie ainda fez com o artista John Bolton a graphic novel Someplace Strange (1988), onde dois irmãos se envolvem em uma aventura fantástica, publicada pelo selo Epic Comics, o “pré-Vertigo” da Marvel, onde escritores e desenhistas podiam fazer histórias próprias e reter os direitos das obras.

Outra graphic novel escrita por Ann Nocenti foi uma dos Inumanos, em Marvel Graphic Novel #39 (1988), desenhada por Bret Blevins, seu parceiro em Novos Mutantes, e arte-finalizada por Al Williamson, que além do Romita Jr,. também às vezes dava a cara nos x-títulos com Blevins.

Uma HQ autoral de Ann Nocenti pelo selo Epic Comics, com arte de John Bolton
Uma graphic novel com os Inumanos, nunca lançada no Brasil

Nos anos 1990, Ann Nocenti escreveu 4 edições com a personagem Mary Typhoid, desenhada por John Van Fleet, a minissérie Typhoid (1995-1996).

Também escreveu os números #9 e #10 de The All New Exiles (1996-1997), revista que mostrava alguns personagens Marvel perdidos no universo da editora Malibu Comics.

Annie também escreveu uma novela para os X-Men, Prisoner X (1998).
Ela retornaria para a Marvel no especial do Demolidor em Daredevil #500 (2009).

Jornalismo e cinema

Durante toda a década de 1980, Ann Nocenti desenvolveu alguns trabalhos de jornalismo paralelo à sua carreira de escritora e editora na Marvel.

Mas nos anos 1990 ela focou sua carreira nisso — matérias em The Nation, Print, Utne, Heeb, The Brooklyn Rail, CounterPunch — além de começar a fazer cinema — The Baluch, Creep for Glass Eye Pix e Disarming Falcons.

Ela foi editora da High Times (a bíblia da maconha nos EUA), Prison Life Magazine, Stop Smiling (dedicada à cinema, onde Annie entrevistou vários diretores e escritores da indústria).

Em 2016, Ann Nocenti foi uma das escritoras e produtoras de MAGIC CITY: The Art of the Street.

Em 2018, foi produtora executiva do MARVEL: Universe of Super-Heroes no museu MoPOP de Seattle, Washington, um dos mais famosos da América.

Ann Nocenti NOS quadrinhos

Annie era tão querida no staff editorial da Marvel que aparecia com frequência DENTRO das histórias da empresa.

Dentre algumas aparições, podemos ver ela em pessoa, vestida de Tigresa, na capa de Spider-Woman #50 (1982).


Em The Avengers #215 (1982), ela está junta de Steve Rogers, a identidade civil do Capitão América, quando o herói está em uma agência de publicidade — na época, ele era desenhista (é sério).


Em The Thing #7 (1983), Ann Nocenti aparece junto com os colegas de firma John Byrne, Ron Wilson, Jim Shooter e Roger Stern em uma cena da trama, que junta os heróis da Marvel com os escritores e artistas da editora. Nocenti também aparece em The Incredible Hulk #291 (1984) e The Defenders #127 (1984).


A personagem da Espiral, de Longshot, é originalmente uma humana, Rita Ricochete, e Arthur Addams baseou sua aparência na própria Ann Nocenti.


Na linha Ultimate, que a Marvel começou a promover em 2000, os heróis Marvel foram reimaginados para um novo público (é daqui q veio o Nick Fury mood Samuel L. Jackson e o Homem-Aranha Miles Morales).

Ann Nocenti e Arthur Addams foram homenageados na reinterpretação de Longshot, que tem o nome civil de Arthur Centino, um anagrama de Nocenti.

Os trabalhos de Ann Nocenti

Ann Nocenti no Demolidor

Daredevil #236 (com Barry Windsor-Smith, 1986)
Daredevil #238 (com Sal Buscema)
Daredevil #239–240 (com Louis Williams, 1987)
Daredevil #241 (com Todd McFarlane, 1987)
Daredevil #242 (com Keith Pollard, 1987)
Daredevil #243-244 (com Louis Williams, 1987)
Daredevil #245 (com Chuck Patton, 1987)
Daredevil #247 (com Keith Giffen, 1987)
Daredevil #248-249 (com Rick Leonardi, 1987)


Daredevil #250-282 (com John Romita Jr, 1987)
*Daredevil #246 e #277 foram com Steve Ditko e Rick Leonardi na arte
Daredevil #283 (com Mark Bagley, 1990)
Daredevil #284–290 (com Lee Weeks, 1990-1991)
*Daredevil #286 e #289 foram com Greg Capullo e Kieron Dwyer
Daredevil #500 (com David Aja, 2009)
Daredevil: Black and White (com David Aja, 2010)

Como editora-assistente na Marvel

Com Al Milgrom:
The Defenders #104–122 (1982–1983)
The Incredible Hulk #269–288 (1982–1983)
Micronauts #39–51 (1982–1983)
ROM #28–41 (1982–1983)[Note 1]
Star Wars #58–61 (1982)[Note 2]
Marvel Fanfare #3–14 (1982–1984)
Doctor Strange vol. 2 #56–60, 62 (1982–1983)
Fantastic Four #253–257 (1983)
Marvel Two-in-One #98 (1983)
The Thing #1 (1983)

Com Carl Potts:
Doctor Strange vol. 2 #61, 63 (1983–1984)
The Defenders #123–130 (1983–1984)
Fantastic Four #258 (1983)
The Incredible Hulk #289–290 (1983)
X-Men Classics #1–3 (1983–1984)
Amazing High Adventure #1 (1984)

Com Louise Jones (Simonson):
Uncanny X-Men #179–182 (1984)
Marvel Fumetti Book #1 (1984)
The New Mutants #16 (1984)
Star Wars #84 (1984)

Como editora:

The Thing #2–7 (1983–1984)
The Incredible Hulk #291–294 (1984)
Uncanny X-Men #183–232, Annual #8–11 (1984–1988)
The New Mutants #17–66, Annual #1–4, Special Edition #1 (1984–1988)


Star Wars #85–107 (1984–1986)
Kitty Pryde and Wolverine #1–6 (1984–1985)
Starriors #1–4 (1984–1985)
Nightcrawler #1–4 (1985–1986)
Misty #1–6 (1985–1986)
Heroes for Hope #1 (co-editado por Nocenti e Chris Claremont, 1985)
X-Men/Alpha Flight #1–2 (co-editado por Nocenti e Dennis O’Neil, 1985–1986)
Greenberg the Vampire (Marvel Graphic Novel #20)
Firestar #1–4 (1986)
Classic X-Men #1–23 (1986–1988)
Dracula (Marvel Graphic Novel #26)


Fantastic Four vs. the X-Men #1–4 (1987)
Spider-Man vs. Wolverine #1 (1987)
Comet Man #1–6 (1987)
Fallen Angels #1–8 (1987)
X-Men vs. the Avengers #1–4 (co-editada por Nocenti e Mark Gruenwald, 1987)
Excalibur Special Edition #1, Excalibur #1 (1987–1988)
Wolfpack #1 (1988)

Como escritora:

Bizarre Adventures #32 (com Greg LaRocque, 1982)
Spider-Woman #47–50 (com Brian Postman, 1982–1983)
The Defenders #127 (com Marie Severin, outra das poucas mulheres no editorial da Marvel)
The Avengers #240–241
Doctor Strange vol. 2 #64 (com Tony Salmons, 1984)
Nightmare #1–4 (com Joe Bennett, 1994–1995)
Amazing High Adventure (com Tony Salmons, 1984)
Star Wars #89 (com Bret Blevins, 1984)
Beauty and the Beast #1–4 (com Don Perlin, 1984–1985)
Longshot #1–6 (com Arthur Adams, 1985–1986)
Marvel Comics Presents #16 (com Larry Dixon)
Classic X-Men #25, 27–28, 30–34, 38–39, 44 (com John Bolton, Kyle Baker (#38), Jim Lee (#39) e Kieron Dwyer (#44) 1988–1990)
Marvel Fanfare #60 (com Dave Ross, 1992)
Marvel Fanfare #40 (com David Mazzucchelli, 1988)
Marvel Comics Presents #10–17: (com Rick Leonardi, 1989)
The New Mutants Summer Special (com Bret Blevins, 1990)
What If…? vol. 2 #40 (com Steve Carr e Deryl Skelton, 1992)
Wolverine: Evilution (com Mark Texeira e John Royle, 1994)
Web of Spider-Man Annual #1 (com Arthur Addams e Mike Mignola, 1986)


The Amazing Spider-Man #295 (1987)
The Spectacular Spider-Man #133 (1987)
Spider-Man #17 (com Rick Leonardi, 1991)
Spider-Man #29–31 (1992–1993)
Venom: The Madness #1–3 (com Kelley Jones, 1993–1994)
The Spectacular Spider-Man Annual #14 (1994)
Marvel Comics Presents #109–116, 123–130, 150–151 (com Steve Lightle e Fred Harper, 1992–1994)
The Spectacular Spider-Man #213–214 (com James W. Fry III, 1994)
Typhoid #1–4 (com John Van Fleet, Marvel Edge, 1995–1996)
Girl Comics #3: (com Molly Crabapple, 2010)
Marvel Holiday Special 1992 (com Tom Grindberg, 1993)
Marvel Fanfare #30 (com Brent Anderson, 1987)
The Inhumans (com Bret Blevins, 1988)
Someplace Strange (com John Bolton, Epic Comics, 1988)
Toxic Crusaders #7: (com Marie Severin, 1992)
Marvel Holiday Special 1993 (com Tom Grindberg, 1994)
The All-New Exiles #9–10 (com John Fang, Malibu, 1996)
Marvel Comics Presents vol. 3 #1 (com Greg Land, 2019)
Marvel Comics #1001 (com Kim Jacinto, 2019)

Ann Nocenti na DC Comics

Além da Marvel, Nocenti trabalhou com a DC Comics, a casa do Superman, Batman, Mulher-Maravilha. Ann Nocenti escreveu um título que durou 16 edições do personagem Kid Eternity (1993-1994), pelo prestigiado selo Vertigo, seu primeiro contato com a grande editora Karen Berger. Em 2003 e 2004, fez histórias do Batman, e em 2012, escreveu os títulos do Arqueiro Verde (10 edições) e Mulher-Gato (21 edições). Em 2013, a Katana, heroína japonesa da DC, ganhou uma minissérie pela escritora também, (10 edições), além de várias edições especiais one-shot. Em 2014, Nocenti escreveu uma nova série do Klarion The Witch Boy.

Kid Eternity, de Ann Nocenti, pelo selo Vertigo

Kid Eternity vol. 3 #1–16 (com Sean Phillips, Sean Harrison Scoffield (#7) e Paul Peart (#15), 1993–1994)
Vertigo Jam (com Duncan Fegredo, 1993)
Mystery in Space (com Fred Harper, 2012)
Batman: Gotham Knights #38: (com John Bolton, 2003)
Batman/Poison Ivy: Cast Shadows (com John Van Fleet, 2004)
Batman and Catwoman: Trail of the Gun #1–2 (com o lamentável Ethan Van Sciver, 2004)
Catwoman vol. 3 (com a brasileiríssima Adriana Melo (#0), Rafa Sandoval, Aaron Lopresti (Annual) e Pat Olliffe, 2012–2014)
Young Romance: A New 52 Valentine’s Day Special (com Emanuela Lupacchino, 2013)
Batman: The Dark Knight vol. 2 #23.4 (com Georges Jeanty, 2013)
Catwoman: 80th Anniversary 100-Page Super Spectacular (com o desenhista brasileiro Robson Rocha, morto pelo covid-19, 2020)
Green Arrow vol. 5 (com Harvey Tolibao, Steve Kurth (#10) e Freddie Williams II, 2012–2013)
Katana #1–10 (com Alex Sanchez, Cliff Richards, Fabrizio Fiorentino (#7) e Chris Cross (#9), 2013–2014)
Justice League Dark #23.1 (com Chris Cross, Fabrizio Fiorentino e Tom Derenick, 2013)
Klarion #1–6 (com Trevor McCarthy, Fabrizio Fiorentino (#4) e Szymon Kudranski (#4–6), 2014–2015)
Secret Origins vol. 3 #6 (com Roger Robinson, 2015)

Ann Nocenti em outras editoras

Asylum #9 (Maximum Press, 1996)
The Foot Soldiers (edição, Image, 1997-1998, Jim Krueger, Phil Hester, Steve Yeowell, Mike Parobeck, Michael Avon Oeming, Tony Salmons, Scott McDaniel, Ian Gibson e Steve Rude, Image, 1997–1998)
Raw Periphery #1 (com James Romberger, era para ser pela VertigoDC, mas saiu pela Slave Labor Graphics, 1997)
Dark Horse: Strange Wink #3 (com John Bolton, Dark Horse, 1998)
Womanthology: Heroic: (com Alicia Fernandez, IDW Publishing, 2012)
True Blood vol. 2 (co-escrita por Nocenti e Michael McMillian, arte de Michael Gaydos, Greg Scott (#6) e Beni Lobel (#7–9), IDW Publishing,, 2012–2013)
The Seeds (com David Aja, Berger Books/Dark Horse, 2018)
Ruby Falls #1–4 (com Flavia Biondi, Berger Books/Dark Horse, 2019–2020)

Nocenti e Karen Berger

Ann Nocenti
The Seeds #1 (2018)

Um dos últimos trabalhos de Ann Nocenti é The Seeds (2018-2021), uma HQ desenhada por David Aja para o selo Berger Books, da editora Dark Horse Comics. O comando do selo é de Karen Berger, uma das melhores profissionais de toda a indústria de quadrinhos americanos.

Por mais de 30 anos, Karen foi a responsável pelo selo Vertigo da DC Comics, onde HQs de temas mais adultos e sofisticados foram publicados, originando algumas obras-primas do mercado.

Foi sob seu comando que roteirista ingleses alteraram por completo a indústria, com Alan Moore em Monstro do Pântano, Neil Gaiman em Sandman, Grant Morrison em Homem-Animal e Patrulha do Destino, e dezenas de outras HQs, como Preacher e 100 Balas. Finalmente os EUA e o mundo puderam ter HQs com outras temáticas que não a de super heróis, sob as asas de uma máquina colossal do mainstream.

Revista-preview do lançamento da Vertigo
O editorial de Karen Berger

Vertigo trazia uma mistura de nomes consagrados, oferecendo do melhor material de drama, horror, ficção, romance, terror, ação, mistério, magia, crime, tudo que você poderia imaginar que o ser humano pode criar (e ainda nem criou).

A comparação er que a Vertigo era a “HBO das HQs”, tamanho o prestígio e sofisticação das obras publicadas

Esse grande e importante movimento editorial para a indústria cultural e a mitologia pop ainda é sentida, reverbera de forma significativa mesmo depois de muitos anos. Berger é uma das mulheres que realmente mudaram o mundo.

Em 2013, a Warner, dona da DC, mandou Berger embora, e algum anos depois, até mesmo desfez o selo Vertigo (no lugar, entrou um pouco inventivo DC Black Label).

Em 2016, a editora Dark Horse a contratou, e desde então Karen cuida do selo Berger Books, onde gerecia uma gama variada de trabalhos.

Um dos trabalhos desse selo é The Seeds, uma história passada nos EUA, onde reportagens cujos fatos são checados antes de serem divulgados estão morrendo, e onde fauna e a flora começaram a sofrer mutações. Acompanhamos uma jornalista que cruza com a maior história que já viu, e como que isso impacta esse mundo.

Ann Nocenti
A arte de David Aja conversa muito com a pegada filosófica de Ann Nocenti
Annie Nocenti e David Aja fizeram uma história curta especial para a revista Daredevil #500 (2009)

Em 2019, Ann Nocenti escreveu Ruby Falls, com a artista Flavia Biondi, também para o Berger Books, um neonoir de mistério. 

Como dito, Ann e Karen já trabalharam juntas na época da Vertigo, na revista do Kid Eternidade, um garoto que pode invocar presencialmente do além figuras históricas para lhe ajudar em suas aventuras.

Histórico é ter o privilegio de acompanhar os trabalhos de Ann Nocenti e Karen Berger.

Ann Nocenti
Ann Nocenti
Ann Nocenti
Ann Nocenti
Os X-Babies, a melhor formação dos X-Men
Nocenti com os X-Babies

/ ANN NOCENTI NOS VIDEOGAMES. O primeiro jogo da Capcom em parceria com a Marvel foi o game de briga de rua do Justiceiro, o jogo chamado The Punisher., lançado para os arcades em 1993.

Um dos chefes de fase é ninguém menos do que o Guerrilheiro, personagem criado por Ann Nocenti em histórias do Demolidor. Um ano depois, a softhouse lançaria um game de luta, X-Men Children of The Atom, que mudaria o mercado e as dinâmicas dos jogos de luta para sempre. Um dos personagens do line-up foi a Espiral (Spiral), criada por Annie e, como já mencionado, desenhada por Arthur Addams com a feição da escritora.

Arte promocional da Capcom para o game The Punisher, o game de briga de rua do Justiceiro. Entre os inimigos, o Guerrilheiro (Bushwacker) e o Carniceiro Esmaga-Ossos (Bonebreaker), criados na gestão de Annie na Marvel

O game gerou uma franquia poderosa de games e luta dos personagens Marvel/Capcom, e o próximo game, Marvel Super Heroes (1995), teve a introdução de Coração Negro (Blackheart) no elenco de lutadores disponíveis. Ele retornou em 1997 em Marvel Super Heroes vs Street Fighter, e em Marvel vs Capcom 2 (2000), junto com Espiral.

JUSTICEIRO | Jogo da Capcom para a Marvel é a melhor opção de brincar de Frank Castle

Arte promocional de Marvel Super Heroes. Coração Negro é um dos personagens
Espiral, artwork da Capcom para Marvel vs Capcom 2

As mulheres dos X-Men na fase Nocenti/Claremont/Silvestri/Green

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