HEAVY METAL | Universo em fantasia em uma das melhores animações do cinema

Heavy Metal – Universo em Fantasia, lançado nos cinemas americanos em 1981, é uma das melhores animações das telonas, uma colagem de histórias piradas de ficção científica ao som de canções de rock, elaboradas em cima de um material de HQs da Heavy Metal.

A Heavy Metal foi uma revista em quadrinhos criada em 1975 nos Estados Unidos, e trazia séries em antologia e histórias curtas de sci-fi, fantasia medieval, eróticas, terror, suspense e cyberpunk.

Trazia trabalhos de alto impacto artístico e narrativo, com artistas como Esteban Maroto (especialista em histórias fantásticas), Stefano Tamburini e Tanino Liberatore (criadores do RanXerox, um dos mais polêmicos quadrinhos de todos os tempos), Terrance Lindall (ilustrador de uma das mais celebradas versões de Paraíso Perdido, de John Milton), além de trabalhos dos desenhistas Richard Corben, Pepe Moreno, Matt Howarth, Luis Royo, Alex Ebel e dezenas de outros.

Heavy Metal Universo em Fantasia
Heavy Metal Universo em Fantasia
Heavy Metal Universo em Fantasia
Heavy Metal Universo em Fantasia
Heavy Metal Universo em Fantasia
Heavy Metal Universo em Fantasia

H. R. Giger, pintor expressionista adepto do horror erótico bio-mecânico, criador do design de Alien, filme de 1979 de Ridley Scott, também publicou trabalhos na revista, que inclusive trouxe uma versão em quadrinhos do filme, escrita por Archie Goodwin e desenhada por Walt Simonson, chamada Alien: The Illustrated Story.

Heavy Metal e Métal hurlant

Capa da primeira Métal hurlant

A Heavy Metal é a versão americana da revista europeia Métal hurlant, uma revista de antologia de HQs de sci-fi e horror criada em 1974 na França pelos artistas Jean Giraud (mais tarde conhecido como Moebius, um dos mais celebrados desenhistas da indústria) e Philippe Druillet, junto com o escritor e jornalista Jean-Pierre Dionnet, além do diretor financeiro Bernard Farkas.

Os quatro ficariam conhecidos coletivamente como “Les Humanoïdes Associés“, nome pelo qual seriam tratados no mercado editorial, já que publicariam outras revistas com esse termo.

Nas páginas de Métal hurlant, Moebius criou Arzach e Druillet seu Lone Sloane (uma das inspirações para o cineasta George Lucas fazer seu Star Wars), além de trabalhos de grandes artistas como Richard Corben, Guido Crepax, Paolo Serpieri, Alejandro Jodorowsky, Enki Bilal, Caza, Serge Clerc, Alain Voss, Berni Wrightson, Nicole Claveloux, Milo Manara, Frank Margerin, Masse, Chantal Montellier e muito mais.

A cultura pop como ligação

A Heavy Metal também trouxe material da Métal hurlant para publicar, e incluiu obras de artistas americanos, como Matt Howarth, Stephen R. Bissette, John Holmstrom, Paul Kirchner, Gray Morrow, Jim Steranko, John Shirley, Arthur Suydam, Olivia De Berardinis e muito mais. Mais que isso, trouxe profissionais de outras áreas, o que trouxe mais prestígio para a revista.

Havia artigos e análises do crítico Lou Stathis, que escrevia sobre música e rock; Jay Kinney escrevia sobre quadrinhos underground, Steve Brown fazia resenhas de livros e novelas de ficção científica e Bhob Stewart escrevia sobre animações e filmes.

O escopo foi aumentando e sob o comando da editora Julie Simmons-Lynch, a Heavy Metal trouxe trabalhos de autores celebrados como Harlan Ellison, Robert Silverberg, John Shirley e até William Gibson (um dos pais do cyberpunk e pioneiro dos conceitos de Matrix) e William S. Burroughs e Stephen King — que dispensam comentários.

Quando Stathis se mais influente na revista, as ligações da cultura pop aumentaram e foram para o cinema, com entrevistas com diretores consagrados como Federico Fellini, Roger Corman, John Sayles e John Waters. Kevin Eastman, um dos co-criadores das Tartarugas Ninjas, o mais bem-sucedido quadrinho independente de todos os tempos, se tornou editor e publisher da Heavy Metal também, levando a HQ em sua jornada rumo a um universo em fantasia.

Vejo conexões entre todas as formas vitais de arte popular. Está tudo no mix. Criar barreiras entre, digamos, quadrinhos e música – ignorar o ruído que vem de qualquer parte do sistema – é contraproducente e simplesmente estúpido. A maioria dos artistas e escritores que eu conheço ouvem música e se inspiram na música enquanto trabalham; a maioria dos músicos que eu conheço leem quadrinhos e são fascinados com as imagens. Há um diálogo intenso conectando todos os cantos da cultura e da mídia, e para ouvi-lo tudo que você precisa fazer é parar de ouvir seletivamente.

Lou Stathis

Heavy Metal – Universo em Fantasia nos cinemas

O sucesso da revista a levou exatamente para os cinemas. Com um orçamento de quase 10 milhões de dólares, foi feito um filme animado, que levou 3 anos para ser produzido, com seus diferentes segmentos de animação feitos por estúdios diferentes, cada qual com seu estilo e design.

Heavy Metal Universo em Fantasia

Como o material original, trazia grande dose de violência gráfica e nudez, além de ser estrelado pelas vozes de grandes profissionais da época, como John Candy, Eugene Levy, Harold Ramis e Ivan Reitman — comediantes, atores e diretores de comédia na maioria dos sucessos dos cinemas americanos dos anos 1980 e 1990.

Heavy Metal – Universo em Fantasia (nome adotado no Brasil) veio com uma trilha sonora simplesmente matadora: Sammy Hagar, Devo, Blue Öyster Cult, Cheap Trick, Nazareth, Stevie Nicks, Black Sabbath, Grand Funk Railroad, Journey e muito mais.

Curiosamente, Heavy Metal – Universo em Fantasia é uma produção canadense, e não há um único artista canadense na trilha.

Heavy Metal Universo em Fantasia
Capa do disco de Heavy Metal Universo em Fantasia

Com tantas músicas famosas incluída na trilha sonora, não é a toa que Heavy Metal – Universo em Fantasia tenha demorado uns 15 anos para ficar disponível no formato VHS (a mídia que imperava até então), por problemas de ajustes de direitos autorais.

Heavy Metal – Universo em Fantasia
(Heavy Metal, 1981, vários diretores)

Heavy Metal Universo em Fantasia
Heavy Metal Universo em Fantasia

Soft Landing

Baseado em uma história em quadrinhos de Dan O’Bannon e Thomas Warkentin. Dan foi o roteirista do filme Alien, Dark Star (o primeiro filme de John Carpenter), A Volta dos Mortos-Vivos e dezenas de outros do gênero — o IMDB lhe dá mais de 30 créditos de escritor.

Um carro esportivo Chevrolet Corvette C1 1960 sai de dentro de um ônibus espacial, em uma desenho que faz uso de técnicas fotográficas e de rotoscopia para reproduzir cenários e objetos de modo muito funcional e bonito. Ele viaja para a Terra e pousa em cânion deserto.

Heavy Metal Universo em Fantasia

O som de heavy metal pontua desde o começo o mood sonoro que veremos em Heavy Metal – Universo em Fantasia, com a música Radar Rider, do guitarrista americano Riggs. A direção dessa (pequena) sequência de introdução de Heavy Metal – Universo em Fantasia é de Jimmy T. Murakami e John Bruno.

Grimaldi

O astronauta Grimaldi trouxe de presente para sua filhinha algo dentro de uma mala. E logo é revelado se tratar de uma esfera verde brilhante, que mata derretido (!) o homem assim que ele toca nela, na frente da pobre garota.

Heavy Metal Universo em Fantasia

A partir disso, iremos acompanhar essa esfera misterioso e letal, e que é senciente, narrar diversas histórias onde ela é a protagonista.

Heavy Metal Universo em Fantasia
Loc-Nar de Heavy Metal Universo em Fantasia

Ela é Loc-Nar, um poder que “é a soma de todo o mal, que invade todas as sociedades em épocas e todas as galáxias.” A direção é de Harold Whitaker e John Halas.

Harry Canyon

Numa Nova York distópica de 2031, o cínico taxista Harry se envolve com a filha de um professor de arqueologia que desenterrou um perigoso artefato esférico de cor verde, a relíquia Loc-Nar.

Aqui a é polícia privatizada, ela só se mexe pagando $1000 dinheiro, numa cidade perigosa cheia de aliens. A história foi escrita por Daniel Goldberg e Len Blum, que se basearam na HQ The Long Tomorrow, de Moebius.

A ator John Candy faz a voz de um policial nesse episódio, que tem várias músicas: Veteran of the Psychic Wars, da banda americana de rock progressivo e metal Blue Öyster Cult, True Companion, de um dos criadores da banda de soft rock Steely DanDonald Fagen, Blue Lamp, da cantora da banda de folk soft rock americana Fleetwood Mac, Stevie Nicks, Open Arms, da banda americana de soft rock de arena Journey, e Heartbeat, do Riggs.

Den

A história seguinte é sobre um nerdão perdedor do mundo atual, que acha um meteorito verde. Logo ele é jogado para outra dimensão, é transformado em um um guerreiro invencível em um mundo místico, onde salva uma garota de um sacrifício ritual e combate perigosos membros de uma seita que cultua o Loc-Nar.

Heavy Metal Universo em Fantasia
Den, na arte de Richard Corben

A história é baseada em uma de mesmo nome criada pelo escritor e desenhista Richard Corben. A voz de Den é de de novo John Candy, um dos atores mais engraçados que o cinema já viu.

A direção da animação foi de Jack Stokes, Jerry Hibbert e o próprio Richard Corben escreveu o roteiro, bem como realizou o character design.

Captain Sternn

Quando Den “dispensou” o Loc-Nar no episódio anterior, a narrativa se misturou diretamente à animação seguinte. a despeito de ser outro segmento de design e estilo. A esfera diabólica agora se dirige para uma estação espacial extremamente burocrática, com personagens e alienígenas estilizados como um cartoon americano.

Heavy Metal Universo em Fantasia

Estamos em um julgamento, mas quando uma testemunha comprada pelo Capitão Sternn acha o Loc-Nar, tudo dá errado pra ele, que está no tal julgamento, acusado de vários crimes como assassinato, estupro, roubos e mais. É uma história adaptada de uma HQ criada pelo desenhista Bernie Wrightson.

Quem interpreta o capitão Sternn é Eugene Levy, outro grande ator de comédia, mas conhecido pelo papel de Noah Levenstein, o pai de Jim, na cinessérie American Pie (1999-2020).

Os diretores da animação foram Julian Harris e Paul Sebella, com Bernie Wrightson escrevendo o episódio, e como character design. A música aqui é Reach Out, da banda americana de hard rock Cheap Trick.

Neverwhere Land/B-17

No quarto segmento animado de Heavy Metal – Universo em Fantasia, temos o episódio mais “realista”, se é que isso é possível de ser aplicado ao filme.

Originalmente, ela teria um prelúdio, o Neverwhere Land, numa história escrita por Cornelius Cole III, que mostrava a influência do Loc-Nar ao cair milhões de anos atrás nas águas de uma Terra jovem, influenciando a vida até os dias atuais.

A exibição contaria com a música Time, da banda inglesa de rock progressivo Pink Floyd, e há ainda inserções musicais da Passacaglia, uma passagem de Magnificat, composta pelo maestro polônes Krzysztof Penderecki. Ela foi deletada posteriormente.

Em B-17, estamos em uma batalha aérea durante o que parece ser um conflito durante a Segunda Guerra Mundial, a bordo de um avião B-17 chamado Pacific Pearl. Ele voa com dificuldade pela quantidade de danos e seus integrantes não parecem ter muitas esperanças de sobreviver.

Heavy Metal Universo em Fantasia

O Loc-Nar (que parece dar a entender que saiu direto da outra animação, em mais uma insuspeita ligação) persegue o avião, o que deixa os dois pilotos bastante temerosos do que pode ser.

Alguns soldados foram abatidos, e quando a esfera entra no avião, ela age de maneira contrária ao que já fazia: em vez de matar, ela ressuscita os mortos como terríveis zumbis

A direção é de Barrie Nelson e W. H. Stevens Jr., e foi Dan O’Bannon quem escreveu a história. Temos aqui a música Heavy Metal (Takin’ a Ride), do Don Felder, guitarrista e um dos vocalistas do Eagles, banda americana de soft rock.

A arte da animação é de Mike Ploog, desenhista dos mais celebrados do meio, com passagens de destaque na Marvel Comics em personagens de aventura fantástica e terror como Conan, Motoqueiro Fantasma, Homem-Coisa, Lobisomen e Monstro de Frankenstein.

So Beautiful & So Dangerous

Temos mais uma vez uma ligação sutil com a próxima animação. Estamos na Terra, em uma reunião de emergência no Pentágono, o centro de estratégias militares dos Estados Unidos, onde as autoridades tentam lidar com uma estranha radiação verde do espaço que tem alterado os seres humanos.

Heavy Metal Universo em Fantasia

Cheia de aliens, mutantes e robôs, é a mais pirada e bem-humorada sequencia de Heavy Metal – Universo em Fantasia. A única menção ao Loc-Nar parece ser um detalhe num acessório de Gloria, uma secretária boazuda, que é abduzida por extraterrestres.

Dois deles, os pilotos Edsel e Zeke, cheirando uma trilha enorme de Plutonian Nyborg (não parece ser outra coisa que não “cocaína”), com a melhor trilha sonora da animação, baseada em uma HQ criada por Angus McKie.

John Candy interpreta o robô que se casa com Gloria (!), Eugene Levy faz um repórter e Edsel, e Harold Ramis é Zeke.

Ramis é o Egon do dois filmes do Caça-Fantasmas (1984-1989), além de vários outros filmes de comédia dos anos 1980. Ele foi o diretor de Férias Frustradas (1983), onde dirigiu John Candy e Eugene Levy, produção da National Lampoon, e fez também Feitiço do Tempo (1993), um dos filmes mais legais e divertidos de viagem no tempo do cinema.

A direção ficou por cinta de John Halas, e as músicas que tocam são Queen Bee, da banda americana de hard rock Grand Funk Railroad, I Must Be Dreamin, do Cheap Trick, Crazy? (A Suitable Case for Treatment), da banda escocesa de heavy metal Nazareth, All of You, do Don Felder, Prefabricated, da banda francesa de hard rock Trust, e Heavy Metal, do Sammy Hagar, uma das peças do Van Halen, uma das bandas mais divertidas do hard rock e glam metal dos EUA.

Taarna

O último desenho é o mais bem elaborado da antologia que Heavy Metal – Universo em Fantasia apresenta . Numa terra medieval mística e tecnológica, o Loc-Nar, dessa vez com o tamanho de um gigantesco meteoro, cai dentro da boca de um vulcão, e o faz explodir com violência.

Heavy Metal Universo em Fantasia
Os cenários do episódio “Taarna” tem cenários deslumbrantes

Em vez de lava, uma gosma verde mutante é expelida, e logo inunda tudo ao seu redor, atingindo um exército próximo. Eles se tornam mutantes extremamente agressivos, cheios de desejo de morte e sadismo.

Heavy Metal Universo em Fantasia

Quando uma cidade entra na mira deles, as autoridades anciãs fazem um chamado desesperado para convocar uma pretensa defensora, pertencente à raça guerreira Taarkiana, que ninguém sabe ao certo se responderá ao chamado. De qualquer forma, não há tempo de salvar ninguém.

Mas Taarna, a última taarkiana viva, aparece, em uma linda sequencia animada com a maravilhosa personagem, em cenas lúdicas e de impacto visual díficeis de serem superadas mesmo hoje.

Os bárbaros mutantes, exército do Loc-Nar
Heavy Metal Universo em Fantasia
Taarna em Heavy Metal Universo em Fantasia

Heavy Metal Universo em Fantasia

A animação foi escrita por Daniel Goldberg e Len Blum, baseada em Arzach, de Moebius. As músicas que tocam são E5150 e The Mob Rules, da banda britânica de heavy metal Black Sabbath, e Through Being Cool, da banda americana de rock alternativo (muito) Devo.

Epilogue

A narrativa ainda se entrelaça com a garota do começo do filme animado, já que ela também é da mesma raça guerreira, da qual o Loc-Nar não pode resistir e explode, numa cena real live-action muito boa de destruição da casa onde estão, a única na animação.

O bicho voador de Taarna também aparece para a menina, e juntos eles cruzam os céus, rumo à novas aventuras. A música final é Working in the Coal Mine, do Devo.

A criação da revista

A revista Heavy Metal nasce quase por acaso, quando o publisher (espécie de editor acima do editor-chefe, figura editorial que existe apenas nos EUA) Len Mogel vai para Paris com sua esposa Ann para negociar os direitos de uma publicação francesa da National Lampoon (1970-1998), uma das mais bem-sucedidas revistas de humor da América.

Tudo mudaria quando Ann surge com uma edição da Métal hurlant em mãos. Era pura magia: ficção científica e fantasia adulta ilustradas com uma dose absurda de violência, mostrados nas mais belas pinturas gráficas.

Mogel retornou e montou a Heavy Metal, que não demorou nada a ficar bastante popular. E como o filme Clube dos Cafajestes (1978), dirigido por John Landis, com os atores John Belushi, Tim Matheson, Peter Riegert, Tom Hulce e Stephen Furst, fazia um enorme sucesso nos cinemas e enchia os cofres da National Lampoon, criadora do filme, o dinheiro para fazer uma animação também não demorou.

Heavy Metal – Universo em Fantasia estreou em 29 de julho de 1981 nos cinemas americanos, lançado pela Columbia Pictures.

A arte de capa do principal poster foi do ilustrador de fantasia Chris Achilléos, num lindo desenho de Taarna, usado até hoje em materiais promocionais. É dele o character design da personagem na animação também.

O legado de Heavy Metal Universo em Fantasia

Heavy Metal – Universo em Fantasia chegou a ter uma pseudo-sequência, Heavy Metal 2000, lançada em 2000, uma produção direta para o mercado de vídeo.

Não era baseada em HQs da Heavy Metal como a antologia de 1981, e tratava das aventuras de uma guerreira da história em quadrinhos Melting Pot, uma graphic novel publicada pela Heavy Metal, criada por Kevin Eastman, um dos chefões da revista, com arte de Simon Bisley. A guerreira era baseada na modelo e atriz de filmes B Julie Strain, então esposa de Kevin.

Esse filme chegou a ter um videogame lançado no mesmo ano, Heavy Metal: F.A.K.K.²., produzida pela softhouse Ritual Entertainment para computadores.

Simon Bisley foi o artista gráfico usado para o character design do jogo Heavy Metal: Geomatrix, lançado pela Capcom em 2011 para o console de 128-bits da Sega, o Dreamcast. É um game de luta que não tem a ver com as propriedades intelectuais da Heavy Metal, mas a intenção da Capcom era bem clara em se fazer lembrar.

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Rumores de uma novo desenho animado de Heavy Metal circularam por todos esses anos, com nomes como David Fincher (Zodíaco), James Cameron (Exterminador do Futuro), Tim Miller (Deadpool) Zack Snyder, Gore Verbinski (Piratas do Caribe) e Guillermo del Toro (Hellboy). O mais próximo dessas considerações foi uma animação da Netflix com Fincher na produção executiva, a série Love, Death & Robots (2019).

Heavy Metal Universo em Fantasia, Heavy Metal A Revista

Confira uma seleção das melhores capas da revista

 

Taarna faz tanto sucesso que a Heavy Metal trouxe a personagem em uma publicação especial recente, de 2018. Arte de Alex Ross, um dos mais famosos ilustradores de super-heróis dos EUA

/ ELON MUSK. Em 1 de junho de 2018, o milionário Elon Musk lançou um carro Falcon Heavy de sua nave espacial Tesla/Starman, tal qual o Corvette visto em Soft Landing.

/ BLACK SABBATH. Alguns dos bárbaros selvagens vistos em Taarna usam elmos que se parecem com os capacetes dos pilotos vistos na capa do disco Never Say Die! (1978), do Black Sabbath, o último álbum de Ozzy Osbourne na banda. Ele foi substituído por Ronnie James Dio, ex-Rainbow, que inclusive canta as músicas da banda que aparecem em Heavy Metal – Universo em Fantasia. Em uma entrevista para a própria Heavy Metal, ele contou que sempre quis ir além do reino do dia-a-dia, e que quando leu o roteiro do filme, achou perfeito. “A animação joga você em um reino fora da realidade, e nós tentamos acompanhar isso na música“, disse ele.

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