A SIM – Semana Internacional de Música – aconteceu em São Paulo de 4 a 8 de dezembro de 2019, com 95 eventos para discutir o futuro da música, 48 palcos, 424 shows de 458 artistas do Brasil e do mundo.
Um dos muitos frutos do evento foi a criação do Mapa dos Festivais –plataforma que é muito mais que só um guia dos festivais brasileiros de música: é um buscador com informações de viagens, hospedagens, datas e inúmeras possibilidades de pesquisa e cruzamento de dados.
O COVID-19 SE ENCARREGOU DE DEIXAR ESSA MATÉRIA MORTA EM POUCO TEMPO, MAS AINDA A DEIXAREI ATIVA DE MODO A LEMBRAR COMO QUE PODERIA TER SIDO O ANO
Segue então.
Trata-se de um site com uma agenda de festivais de norte a sul do Brasil e com dicas de como chegar até eles e aproveitar a experiência da melhor forma.
“A gente brinca que é o Google Flights dos festivais, porque se a pessoa já sabe o festival que ela quer ir, ela digita lá o nome e vem todas as informações. E se ela não sabe, ela vai descobrir novos festivais. A gente quer estimular que as pessoas descubram o Brasil através dos festivais de música”, revela Juli Baldi, idealizadora do projeto, em press release divulgado pelo evento.
Juli Baldi no SIM – Semana Internacional de Música 2019. Foto de Rodrigo Gianesi.
“A gente já tinha essa ideia há uns dois anos, mas era para simplesmente cadastrar 30 festivais independentes do Brasil e fazer um relato sobre esses festivais, uma cobertura jornalística. Depois de termos acesso às informações da pesquisa da Sympla com a SIM São Paulo, de que são mais de 2000 festivais de música no Brasil, a gente percebeu que tinha que ampliar esse leque e transformar essa ideia, que era de registro histórico, em produto. Os festivais que estão na primeira edição, que não tem condições de ter um site legal, que não tem muita estrutura, podem usar a página do Mapa dos Festivais para colocar todas as informações de line-up, como chegar, onde ficar, tudo lá”.
CHEGAR A 900 FESTIVAIS DE MÚSICA NO CADASTRO ATÉ AO FINAL DE 2020
O SIM e seu Mapa dos Festivais ainda está em sua primeira fase de catalogar quem faz música no Brasil, e atualmente tem com cerca de 160 festivais em sua base de dados. Sua meta é chegar a mais de 900 até o final de 2020, incluindo eventos de diversos gêneros, do indie ao funk, passando por pop, rock, hip hop, gospel, sertanejo, brega, etc.
“Queremos melhorar o site, fazer um aplicativo e ter novas funcionalidades. Por enquanto, a gente tá cadastrando os festivais na mão. Até o final de março, vamos ter uma área para o próprio produtor cadastrar e manter seu festival atualizado de maneira independente,” conta e adianta os planos de também desenvolver perfis para fãs e artistas na plataforma: “A gente também quer que o fã de música tenha o seu login para salvar os festivais em que quer ir, mandar pros amigos e começar a planejar uma viagem através do site. E que os artistas também tenham sua própria página para o fã seguir e receber notificações de quando o artista estiver tocando em determinado festival”.
Parte dos planos do SIM para festivais de música para aumentar o mapa incluem também ter palco em festivais, executar showcases de festivais e artistas pelo Brasil, fazer a tradução do mapa para inglês e espanhol, geração de conteúdo para um blog, bem além das informações sobre os festivais nas páginas deles: a intenção é escrever sobre cenas, fazer recortes de região, etc. A intenção é chegar até o fim de 2020 com tudo isso finalizado.
/// OUTRAS MANEIRAS. Novas formas de se construir festivais pequenos e shows de música hoje em dia acontecem por iniciativa das próprias gravadoras, como a Sony, que na era do streaming e esfacelamento de vendas físicas de música, se reinventou de maneira a surfar as novas ondas do mercado.
É por isso que ela trabalha em divisões chamadas Brands, Live e Product Placement — as duas primeiras se encarregam de produzirem eventos musicais.
Como mostra essa matéria do Projeto Draft, durante a Rio 2016, por exemplo, a Sony Music Brasil foi acionada pelo Consulado do Japão, que desejava encomendar um evento que divulgasse sua cultura.
Foram dois dias de balada na casa de shows Vivo Rio, com um line-up by Sony que incluiu artistas como Emicida, Vanessa da Mata, Tokyo Ska Paradise Orchestra e a cantora nipo-brasileira Marcia.
tomrocha
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