Romero é um filme biográfico de 1989 que conta a história de Óscar Romero, o arcebispo de El Salvador, interpretado por Raul Julia. Dirigido por John Duigan, o filme narra a transformação de Romero de um religioso inicialmente conservador e apolítico em um fervoroso defensor dos direitos humanos e dos pobres durante um dos períodos mais violentos da história de El Salvador. E na interpretação poderosa de Raul Julia, temos uma dos melhores filmes do ator aqui.
Mas denunciar a partir da Igreja Católica os abusos cometidos pelo exército salvadorenho, organizar protestos pacíficos e clamar pela cessação da repressão liderada pelo violento regime militar foram ações que posteriormente custariam-lhe a sua própria vida.
“Nossa fé requer que vivamos atentos ao que ocorre neste mundo. Continuo acreditando que a injustiça econômica é a causa principal de nossos problemas. É dela que provém toda a violência. A Igreja tem que se identificar com os que lutam pela Liberdade, tem que defendê-los e compartilhar sua perseguição”, diz o arcebispo em certa parte no filme.
O longa se passa durante a década de 1970, quando El Salvador vivia em um contexto de crescente tensão política e social, marcado por injustiças, desigualdades de renda, repressão militar e brutalidade contra os pobres. Romero, inicialmente considerado uma figura de consenso entre as elites conservadoras, muda seu posicionamento à medida que testemunha a violência e a opressão contra os pobres nas mãos do governo e das forças militares.
A partir do assassinato de padres e da perseguição a ativistas da Igreja Católica, Romero se torna uma voz corajosa contra a injustiça, denunciando publicamente a violência e a repressão do governo. Ele começa a usar sua posição para pregar a favor dos direitos humanos, chamar a atenção para os desaparecimentos forçados e os abusos cometidos pelas forças do governo.
Eventualmente, isso leva ao seu próprio assassinato em 1980, enquanto celebrava uma missa, um evento que marcou profundamente a história de El Salvador, dando explosão à uma sangrenta guerra civil.
A transformação de Romero de uma figura silenciosa para um líder carismático e defensor dos pobres reflete a tensão entre a Igreja Católica e o governo autoritário de El Salvador na época, e aponta o papel da religião na luta contra a opressão e a exploração.
Romero
(1989, de John Duigan)
Durante a eleição presidencial de El Salvador em 1977, a inquietação pública atinge seu ponto mais alto devido aos temores de fraude eleitoral. Duigan detalha com sua câmera como que isso se dá em diversos momentos.
No meio de uma insurgência pela Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, movimento guerrilheiro de resistência civil de origem marxista-leninista, a ditadura militar anticomunista usa esquadrões da morte para sequestrar, torturar e liquidar qualquer pessoa que fale sobre o terrível histórico de direitos humanos do governo.
Os militares também impedem que eleitores comuns cheguem às urnas, como vemos em cenas de soldados bloqueando um ônibus que trazia pessoas para a cidade no dia da eleição. Quando as pessoas decidem caminhar, os militares atiram nas vans, deixando-as sem transporte para o retorno.
O Vaticano eleva o teologicamente conservador Óscar Arnulfo Romero (Raul Julia) à posição de arcebispo de San Salvador, capital do país, e embora apolítico, Romero tem medo da crescente hostilidade do governo.
Por mais que tente evitar mostrar sentimentos antigovernamentais, quanto mais tempo passa como arcebispo, mais vê evidências de engano, opressão e assassinatos sistemáticos, os quais ele não pode mais apoiar. E então começa a se pronunciar.
Após o assassinato do Padre Rutilio Grande (Richard Jordan), um jesuíta defensor dos pobres e amigo íntimo do Padre Romero, Romero começa efetivamente a se posicionar contra as políticas do governo, o que faz com que o governo retalie, ordenando que os esquadrões da morte tenham como alvo os padres de sua arquidiocese.
Após falhar em resgatar um refém pró-governo das guerrilhas em uma negociação mal-sucedida, Romero descobre que seu amigo, Padre Osuna (Alejandro Bracho), um crítico militante do regime militar, foi capturado e torturado.
Após garantir sua libertação, Romero organiza um boicote à posse do presidente eleito, desafiando-o ao celebrar uma missa em uma igreja que os militares salvadorenhos haviam tomado como quartel. Mais tarde, ele tenta garantir a libertação de um soldado feito refém junto com o Padre Osuna pelas guerrilhas, mas é preso no processo. O Padre Osuna é subsequentemente torturado até a morte, apesar dos apelos de protesto de Romero.
O arcebispo é solto, mas seu espírito é inquebrável. Ainda se recusa a colaborar com o governo, e o resultado não poderia ser outro. Romero é assassinado enquanto celebrava a missa, especificamente enquanto consagrava a Eucaristia na Capela do Hospital da Divina Providência.
O filme termina com um texto que afirma:
“O arcebispo Romero foi assassinado em 24 de março de 1980. Ele havia falado uma verdade perturbadora. Muitos escolheram não ouvir. Como resultado, entre 1980 e 1989, mais de 60.000 salvadorenhos foram mortos. Mas a luta pela paz e liberdade, justiça e dignidade continua.“
Em 1992, quando a Guerra Civil de El Salvador terminou (três anos após o lançamento do filme), o número total de salvadorenhos mortos aumentou para mais de 75.000.
O filme sobre Romero é um ótimo exemplo de obra para entender o impacto do arcebispo na luta pelos direitos humanos e seu legado, especialmente após sua canonização em 2018.
Um filme independente católico em Romero
Romero foi o primeiro longa-metragem da Paulist Pictures, uma empresa fundada por Padres Paulinos (sacerdotes de vida apostólica pertencentes à Igreja Católica) para tal fim, e foi filmada em locações no estado de Morelos, México. Foi uma das primeiras vezes que uma empresa católica produziu um grande filme, já que Hollywood e 3 emissoras de TV americanas não toparam fazer o longa, que foi dirigido pelo cineasta australiano John Duigan. O filme foi selecionado para exibição no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) e rodou outros eventos.
Duigan fez filmes como O Ano em que Minha Voz Quebrou (1987), Flertando: Aprendendo a Viver (1991) e Três Vidas e um Destino (2004). O mexicano Alfonso Cuarón trabalhou como assistente de direção nesta produção. Ele próprio se tornaria um cinesta de sucesso anos depois, com filmes como E Sua Mãe Também (2001), Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), Filhos da Esperança (2006), Gravidade (2013) e Roma (2019), com os dois últimos lhe dando o Oscar de Melhor Diretor
O compositor Gabriel Yared fez a trilha de Romero, e ele também seria um destaque nos cinemas, com trilhas para O Paciente Inglês (1996) — com o qual ganhou um Oscar de Melhor Som –, O Talentoso Ripley (1999) — que perdeu o Oscar de Melhor Som para O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel –, Cold Mountain (2003) — que concorreu ao mesmo prêmio, mas perdeu para Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei; A Vida dos Outros (2006) e mais.
Em 2018, depois que o Vaticano canonizou Romero, a Paulist Picture lançou uma edição especial do filme, Romero Collector’s Edition. O papa Francisco enviou uma mensagem pessoal, lida no início da cerimônia, na qual afirmou que: “Em tempos de coexistência difícil, Romero soube como guiar, defender e proteger o seu rebanho. […] Damos graças a Deus porque concedeu ao bispo mártir a capacidade de ver e ouvir o sofrimento de seu povo. […] Quando se entende bem e se assume até as últimas consequências, a fé em Jesus Cristo cria comunidades artífices de paz e solidariedade“.
O arcebispo Óscar Romero já havia aparecido no filme Salvador: O Martírio de um Povo (1986), de Oliver Stone, cerca de três anos antes do filme de Duigan, onde Romero foi interpretado pelo ator José Carlos Ruiz. Nele, Stone reforça seu apoio aos revolucionários de esquerda, apesar de lamentar os assassinatos cometidos pela guerrilha. Ele também denuncia o apoio financeiro dos Estados Unidos a grupos paramilitares de direita e mostra o papel do arcebispo Óscar Romero.
Oliver Stone é um cineasta americano premiado, com filmes como O Expresso da Meia-Noite (1979), no qual ganhou um Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, já que foi o autor do script; Nascido em 4 de Julho (1989) — indicado a vários Oscar, com Stone levando de Melhor Diretor (mas o prêmio de Melhor Filme foi para Conduzindo Miss Daisy); Platoon (1986), com o qual ganhou o Oscar de Melhor Diretor de novo (só tem seis cineastas com essa marca: Ang Lee, Alfonso Cuarón, Clint Eastwood, Steven Spielberg e Alejandro González Iñárritu) e concorreu ao Melhor Roteiro, em 2 filmes ao mesmo tempo, com nada menos que o próprio Salvador: O Martírio de um Povo (mas quem levou foi Hannah e Suas Irmãs); JFK: A Pergunta que Não Quer Calar (1991) — indicado a vários Oscar, entre Melhor Filme e Melhor Diretor, mas O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme, ganhou quase tudo — Assassinos por Natureza (1994), Nixon (1995) — que concorreu ao Oscar de Melhor Roteiro, perdendo para Os Suspeitos, e dezenas de outros.
E ele é extremamente político. Seu JFK causou grande comoção no lançamento. A série de TV A História Não Contada dos Estados Unidos (2012) foi igualmente comentada, assim como Snowden: Herói ou Traidor (2016), filme sobre Edward Snowden, que revelou em 2013 a grande rede de espionagem que o governo americano mantinha em cima de aliados e antagonistas políticos por todo o globo. No ano seguinte, filmou Entrevistas com Putin, uma série televisiva com o presidente russo. Também lançou Lula (2024), título autoexplicativo.
Guerra Civil de El Salvador (1979-1992)
80 mil mortos
Romero pouco aborda o envolvimento direto e documentado dos Estados Unidos em El Salvador — salvo uma cena em que temos um pedido de Romero para que os EUA parassem de enviar armas que serão usadas apenas contra o povo de seu país.
As origens do páis El Salvador vem de séculos atrás, do Império Espanhol nas Américas, um domínio de terras que ia do norte do Canadá até o extremo sul do continente, na Terra do Fogo. Para gerir tamanho império, era preciso gestões descentralizadas. Um deles era o Vice-Reinado da Guatemala, de 1794 (na região onde agora fica a América Central). Com o fim do Império Espanhol, em 1821, a região ficou brevemente sob domínio do Império Mexicano até 1823, quando se tornou independente sob o nome República Federal da Centro América, algo que também não durou muito. Em 1839, essa república se desintegrou em outras regiões, que viriam a se tornar os países Guatemala, Belize, Honduras, Costa Rica, Nicarágua e El Salvador. Alías, foi por conta de conflitos internos e 2 guerras civis — uma delas onde era El Salvador, em 182 –, que a república ruiu.
Os donos de terra, descendentes de espanhóis, eram a elite de El Salvador, e a população mais humilde, especialmente os indígenas, era a mais marginalizada. Os Estados Unidos aproveitavam isso economicamente na época, explorando a população pobre em plantações de frutas pelos 6 países, o que deu origem ao termo “república de bananas” na geopolítica.
El Salvador se mostrava um dos mais problemáticos nas convulsões sociais, tendo eventos terríveis como La Matanza, de 1932, quando o governo assassinou milhares de índigenas que lutavam por mais direitos. Já no contexto da Guerra Fria — o conflito ideológico-militar entre o ocidente capitalista liderado pelos americanos e o bloco oriental soviético, liderados pelos comunistas russos –, temiam a repetição de processos semelhantes ao da Revolução Cubana, que incendiou o establishment político na América Latina em 1959.
Os EUA então começaram a apoiaram as forças governistas salvadorenhas, compostas por políticos conservadores e militares de direita, com a transferência de US$ 7 bilhões às ao longo de 10 anos, período que inclui os governos presidencias de Jimmy Carter, Ronald Reagan e George H. W. Bush. Em 1979, El Salvador sofreu um golpe de Estado que depôs o General Carlos Humberto Romero (sem relações com o padre) e instituiu a Junta Revolucionaria de Gobierno (JRG) no poder.
O apoio americano está documentado no livro O que o Tio Sam Realmente Quer (1999), de Noam Chomsky. A Guerra Fria foi um período onde cerca de 50% da riqueza mundial estava sob controle americano, além dos dois lados do oceano (Atlântico e Pácifico), um controle sem precedentes na história mundial segundo o autor.
Para combater a ditadura salvadorenha, uma guerrilha foi organizada em torno da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN). O governo tinha mais de 100 mil militares em suas fileiras, e ao matarem Romero, deram início ao estopim da guerra civil de fato.
Logo após o assassinato do padre Romero, em 24 de março de 1980, dezenas de outras pessoas foram mortas pelo governo, como 42 pessoas no funeral do religioso, o que incluiu outro bispo, três freiras, 26 padres, além de catequistas e membros da igreja. A guerra foi devastadora. Foram mais de 80 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos, além de um milhão de desabrigados e outro milhão de exilados, com metade da população sofrendo de desnutrição.
De acordo com Chomsky em seu livro, o principal objetivo dos Estados Unidos em derrubar os soviéticos, atacar regiões supostamente inexpressivas como o Laos, Vietnã do Sul, Nicarágua (e outros indiretamente, como El Salvador) não se deu por motivos de localização estratégia ou recursos, mas sim a total supressão de exemplos de governos democráticos populares que não aceitassem intervenção do capital externo americano. Pois, tais exemplos, se bem sucedidos, poderiam influenciar outros países, e até mesmo pessoas nos EUA.
O fim da Guerra Civil de El Salvador só ocorreu mediante a assinatura dos Acordos de Paz de Chapultepec, em janeiro de 1992, no México, o que permitiu a entrada oficial da FMLN no cenário político-eleitoral de El Salvador. No mesmo ano, uma investigação conduzida pela ONU concluiu que o autor intelectual do assassinato de Romero foi o político de direita e ex-oficial do exército Roberto D’Aubuisson. Entre os presos políticos, era conhecido como “Bob Maçarico“, devido ao uso frequente de um maçarico em sessões de interrogatório.
O filme Romero apresenta questões realmente interessantes nessa discussão. O que é ser terrorista, afinal? É válido pegar em armas para lutar pela liberdade? Qual a real função dos direitos humanos, da liberdade e da justiça social?
Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de março como o Dia Internacional pelo Direito à Verdade acerca das Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas em reconhecimento à atuação de Romero em defesa dos direitos humanos.
Raul Julia
Raul Rafael Carlos Julia y Arcelay nasceu em San Juan, cidade de Porto Rico, em 9 de março de 1940. Era o mais novo de quatro irmãos.
O lado artístico veio de sua mãe, Olga, uma cantora mezzo-soprano, e sua gana de trabalho e atuação elétrica provavelmente vieram de seu pai, Raúl Juliá, um engenheiro elétrico (ele também foi pioneiro ao trazer a pizza para Porto Rico, além do frango frito).
A formação escolar de Raul se deu no Colegio San Ignacio de Loyola, de orientação católica-jesuíta. Desde cedo, o pequeno Raul Rafael demonstrava interesse pelas artes dramáticas.
E quando ficou grande — grande mesmo, com 1,87 de altura — se encantou com a performance do ator Orson Bean em uma boate noturna, o que fez tomar a decisão de estudar teatro na Universidade de Porto Rico.
Se mudou para Manhattan (NY), em 1964, e rapidamente encontrou trabalho em peças e shows da Broadway. E fora os seguidos trabalhos nos palcos lhe abriram as portas para o audiovisual gravado.
Seu talento com a voz também foi bem explorado, com ele cantando em 5 de seus filmes. Raul foi nomeado 4 vezes como Melhor Ator em Musical para o prêmio Tony Awards, o maior e mais prestigioso prêmio do teatro dos EUA, equivalente ao Oscar no cinema, Emmy na televisão e Grammy na música. Ganhou em 1972, por Two Gentlemen of Verona; Where’s Charley?, de 1975; pelo seu Macheath em The Threepenny Opera, de 1977; e Nine, de 1982.
Raul Julia adoeceu por conta de complicações de saúde, e ficou internado um tempo em Nova York, EUA. Ele estava lendo o roteiro de A Balada do Pistoleiro, filme de Robert Rodriguez, na cama de hospital, de onde tinha certeza que sairia.
Mas seu estado de saúde piorou. Ficou em coma por vários dias e faleceu no dia 24 de outubro de 1994, aos 54 anos de idade. Raul Julia teve funeral de estado em Porto Rico, onde foi sepultado com todas as honrarias.
Era apoiador ativo de The Hunger Project, uma fundação de combate à fome no mundo. Por 17 anos, Raul Julia serviu de porta-voz da fundação.
Raul era considerado um dos mais bem-sucedidos atores hispânicos nos EUA. Seu maior sucesso no cinema foi O Beijo da Mulher Aranha (1985), de Hector Babenco, onde contracenou com William Hurt (que ganhou o Oscar por sua atuação). No filme, baseado no livro homônimo do argentino Manuel Puig, Julia vive um prisioneiro político latino-americano que divide a cela com um gay, interpretado por Hurt.
Ele foi o único homem que ganhou o Emmy e o Globo de Ouro postumamente, ambos por Amazônia em Chamas, de 1994, um de seus últimos filmes, numa das melhores narrativas cinematográficas sobre o ativista ambiental brasileiro Chico Mendes, que teve um trabalho de enorme importância nos trabalhos dos seringueiros do Acre na Floresta Amazônica.
O Internet Movie Database dá 50 créditos de atuação de Raul Julia como ator em produções de cinema e filmes para a TV.
O imenso legado criativo de Raul Julia no cinema será resenhado numa Maratona Raul Julia, tal qual já fizemos por aqui com a atriz Jennifer Connelly, e traremos todas essas produções para cá.
/ A MARATONA CINEMATOGRÁFICA RAUL JULIA.
1 – Os Viciados (1971)
2 – Been Down So Long It Looks Like Up to Me (1971)
3 – A Organização (1971)
4 – Death Scream (1975)
5 – Uma Corrida de Loucos (1976)
6 – Os Olhos de Laura Mars (1978)
7 – Othello (1979)
8 – Uma Vida em Pecado (1979)
9 – Ripe Strawberries (1980)
10 – O Fundo do Coração (1981)
11 – Strong Medicine (1981)
12 – O Pequeno Mágico (1982)
13 – Tempestade (1982)
14 – O Beijo da Mulher-Aranha (1985)
15 – Posições Comprometedoras (1985)
16 – Mussolini (1985)
17 – La gran fiesta (1986)
18 – Fuga do Inferno (1986)
19 – A Manhã Seguinte (1986)
20 – Álamo – 13 Dias de Glória (1987)
21 – Tango Bar (1987)
22 – Onassis: The Richest Man in the World (1988)
23 – Corações Trocados (1988)
24 – O Penitente (1988)
25 – Luar sobre Parador (1988)
26 – Conspiração Tequila (1988)
27 – Romero (1989)
28 – O Príncipe dos Mendigos (1989)
29 – Acima de Qualquer Suspeita (1990)
30 – Frankenstein, o Monstro das Trevas (1990)
31 – Rookie: Um Profissional do Perigo (1990)
32 – Havana (1990)
33 – A Família Addams (1991)
34 – A Peste (1992)
35 – A Família Addams 2 (1993)
36 – Amazônia em Chamas (1994)
37 – Street Fighter – A Última Batalha (1994)
38 – Torturados (1995)
Obrigado por ler até aqui!
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