RÉQUIEM PARA UM SONHO | Jennifer Connelly e o apocalipse moral das drogas

Réquiem Para um Sonho, filme de Darren Aronofsky com Jennifer Connelly, é um dos melhores filmes dos anos 90, e excelente candidato com ótima performance a estar em qualquer lista de 10 Mais do Cinema.

Em música, réquiem designa uma missa católica dedicada aos mortos. Fazer o retrato extremo de uma drogada levou Jennifer Connelly para o grande hall de maiores atrizes de Hollywood.

O uso das drogas é a grande tragédia do filme, um videoclipe-ode do apocalipse corporal e moral que os tóxicos provocam.

Jennifer é uma das peças chaves para Darren Aronofsky tecer sua narrativa, contada por meio das estações do ano — mas sem a primavera, nada vai florescer aqui.

O outono (fall em inglês, que serve também para queda) é autoexplicativo. E o inverno para Jennifer Connelly é chocante e morto como seu olhar perto do fim.

O longa-metragem Réquiem Para Um Sonho é a fragilidade humana frente a situações extremas da vida nas drogas, sem ser necessariamente moralista.

A narrativa acontece com telas divididas para mostrar a ação, tudo é um clímax, como o pico das drogas. A montagem hip hop do longa, com mais de 2 mil cortes — o normal de um filme de 100 minutos é de 600 a 700 cortes — nos dá o ritmo da história que acompanharemos.

São dois os pólos da vida: a juventude e velhice. Dois aspectos afastados emocional e afetivamente. Pais presentes que amam. Pais ausentes que não amam. Filhos que não os reconhecem.

E todos se reencontram tragicamente sob o peso das drogas. E todos cedem com esse peso.

Vamos ver o que sobra após esse esmagamento

Réquiem Para um Sonho
(Requiem For a Dream, 2000, de Darren Aronofsky)

Em seu segundo longa metragem, logo após a bomba atômica cerebral PI (1998), Darren Aronofsky retorna com um filme realista onde retrata a vida de quatro dependentes de drogas, em um elenco pequeno, mas com grande enfoque e profundidade em todos as personagens.

Três deles são jovens, Harry (Jared Leto), Tyrone (Marlon Wayans) e Marion (Jennifer Connelly).

E quem leva a medalha de ouro é a mais velha do quarteto: Sara Goldfarb (Ellen Burstyn), a mãe de Harry.

Harry quer montar uma loja de grife para sua namorada Marion, uma designer de moda, e ela por sua vez só queria não depender dos seus pais ricos para isso.

Tyrone almeja ser alguém, não sofrer discriminação pela sua cor, e provar para sua mãe que seria bem-sucedido. E a pobre mãe de Harry quer apenas se distrair com sua televisão e seus programas de auditório.

Quando tem a chance de se consultar com um médico para lhe receitar algo que a ajudasse a emagrecer, para conseguir entrar em um vestido e enfim participar do seu programa de TV preferido, Sara passa a administrar comprimidos de anfetamina e calmantes por conta própria.

o passar do tempo, eles passam a lhe dar alucinações.

Harry

O filme é dividido em partes, como as quatro estações.

O verão é o ponto alto das personagens, e com o avanço das estações, esses mesmos personagens caminham para um final trágico.

A degradação dos protagonistas mexe com as emoções do espectador sem fazer distinções entre os que já experimentaram ou não drogas. E acompanhar a queda de Sara e Marion é assustador.

A mãe de Harry vive seu momento de horrores dentro de um manicômio, e Marion é humilhada para conseguir suas drogas e sustentar o vício.

Marion

A queda do sonho de verão

É necessário ressaltar a trilha sonora épica do compositor Clint Mansell.

O tema principal é trilha da sequência em que Harry e Tyrone caminham para vender a televisão e conseguirem mais dinheiro para comprar drogas.

Lux Aeterna ficou famosa nas mãos de Mansell. O trabalho musical feito apenas com um quarteto de cordas (dois violinos, um violoncelo e um violão) é usada em outras produções em diversos outros contextos, como O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (2002), Chamas da Vingança (2004), O Código Da Vinci (2006), Eu Sou a Lenda (2007), Sunshine – Alerta Solar (2007), videogames como Total Miner: Forge e Assassin’s Creed (2007), programas de TV, entradas de time e outros produtos audiovisuais.

Jennifer Connelly Réquiem Para um Sonho
Até onde pode se descer na moralidade?

Parte da narrativa de Darren regula o visual pela fórmula, mostrando ações picadas em duas telas para deixar didaticamente compreensível o que está acontecendo.

Parte da crítica odiou e malhou o filme, entendendo que isso era previsível demais. Mas a montagem de Jay Rabinowitz é sensacional. A montanha russa de emoções com a música de Mansell na orelha não deixa a adrenalina nunca descer.

O ritmo frenético parece tomar grande parte das sequências, causando uma sensação de desconforto quase insuportável e nos colocando na mesma situação que os protagonistas.

Réquiem Para Um Sonho nos acossa para acabar logo, que os protagonistas parem de sofrer.

Tyrone

O filme começa com um “temos uma vencedora”, frase típica de programas de auditório. Uma ironia assassina sem dó do diretor.

A trilha sonora de Clint Mansell usa a mesma música em diferentes tons e arranjos para promover diversas sensações de calmaria e selvageria. Os cortes rápidos do diretor e a trilha de Clint ajudam a ambientar a ruína das personagens.

Réquiem Para Um Sonho definitivamente não é um filme feliz. Não existe redenção alguma. Apenas desespero e dor. A parte em que a protagonista de Jennifer Connelly pede que o namorado retorne é literalmente de partir o coração — é atuação de Oscar, que, felizmente, não ia demorar a chegar.

O ponto de partida para Darren fazer o filme foi um romance de Hubert Selby Jr. (1978), o mesmo autor de Noites Violentas no Brooklin. Darren leu o livro e ficou obcecado pela escrita controversa e explícita de cotidiano urbano e social.

Ele ainda era um estudante universitário em Harvard. E isso nunca mais saiu dele. Tanto que ao realizar Réquiem, colocou Selby em uma cena interpretando um guarda.

O roteiro, também assinado por Aronofsky, não se preocupa em romantizar os efeitos do vício em sua obra, e aumenta a idade dos protagonistas em relação ao livro, o que pode ter representado um ganho de abordagem mais adulta ao longa.

Marion é espetacularmente interpretada por Jennifer Connelly, que viria a ser agraciada com um Oscar no ano seguinte por Uma Mente Brilhante. Forte e visceral, sua destruição física e moral no fim só é superada pela dilacerante Burstyn.

A queda de Sara é inacreditável e angustiante

O fascinante no filme é como ele mostra os estados mentais dos personagens. Espaços abertos são usados para mostrar que tudo está bem — ou para mostrar o objeto que irá aprisionar, como Ty e Harry empurrando uma TV para trocar por dinheiro.

Quando estamos em espaços fechados, é para buscar dinheiro e drogas e traduzi-las em uso e vício.

É um longa-metragem que mostra a viagem das drogas, como os personagens / usuários se sentem, ou querem se sentir, ou temem se sentir, ou sentem mesmo não desejando.

O game show de TV no qual o apresentador, interpretado por Christopher McDonald, é a perdição da dona Sara, uma mulher aposentada e viúva, que passa os dias assistindo ao programa, e intercalando isso com encontros ocasionais com suas velhas amigas tomando sol em cadeiras na frente de prédios de conjuntos habitacionais.

Obcecada por ter uma chance de participar do show, ela quer entrar no vestido vermelho que guarda da época de casada, mas está acima do peso e precisa emagrecer. A armadilha mora aí, e o dano provocado é fatal.

O suplício dos três jovens — Harry, Marion e Tyrone — segue a regra básica de degradação espremida por expectativas de sucesso no contexto dos EUA e as neuras quase invencíveis da juventude.

Os dois fazem de tudo para arrumar drogas, usam drogas e vendem drogas, e caem nos erros dos iniciantes de quem consome a própria mercadoria. Marion, na pele da sex symbol Jennifer Connelly, segue a via crucis óbvia do gênero feminino, e se vê obrigada a vender o corpo e satisfazer os desejos de seu terapeuta, e de traficantes para satisfazer os seus próprios.

Jennifer Connelly vai aos limites em sua interpretação de Marion Réquiem Para um Sonho

A frieza da estação mais sem vida do ano se equipara perfeitamente à narrativa dos quatro trágicos desfechos.

Réquiem Para Um Sonho é uma peça de horror moderna. Além das drogas, a lente senta a mão com forte crítica direcionada à falta de ética de alguns profissionais da área de saúde — Aronofsky aponta sua câmera para o terapeuta de Marion, o médico de Sara e os enfermeiros de Harry e Tyrone.

Os momentos de plano aberto em Réquiem Para um Sonho representam relevância aos personagens

O filme hoje é uma constelação de atores oscarizados: Jared Leto (Melhor Ator Coadjuvante em Clube de Compras Dallas, 2014) Jennifer Connelly (Melhor Atriz Coadjuvante em Uma Mente Brilhante, 2001) e Ellen Burstyn (Melhor Atriz Coadjuvante por Alice Não Mora Mais Aqui, 1975).

Ellen teve que ser persuadida a aceitar concorrer pelo Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, pois ela não queria isso. Mas os produtores do longa garantiram que ela venceria na categoria.

Mas o mundo prova que é injusto ao fazer Julia Roberts ganhar com seu Erin Brockovich, Uma Mulher de Talento.

A atriz Faye Dunaway estava com o papel de Sara, mas recusou. Neve Campbell era a primeira escolha para o papel de Marion Silver, mas recusou o papel ao saber que teria cenas de nudez.

Jennifer Connelly Réquiem Para um Sonho
Jennifer Connelly aprendeu a costurar para performar melhor a personagem Marion em Réquiem Para um Sonho

O ator Jared Leto vinha do filme Psicopata Americano (título autoexplicativo, que trabalha as neuroses da escalada social dos americanos executivos) e Wayans ainda estava para fazer Todo Mundo em Pânico, a comédia pastelão e politicamente incorreta mais marcante dos anos 2000, e bastante emblemática para o ator.

Exibido inicialmente no Festival de Cinema de Cannes em 14 de maio de 2000, seguido pelo seu lançamento em solo americano em 6 de outubro, Réquiem Para Um Sonho se tornou um clássico cult.

O filme está na lista de mais de 2 mil críticos de cinema como um dos melhores dos anos 2000. Entrou na lista dos 400 melhores filmes segundo o Instituto Americano do Cinema em 2007, que também o elegeu um dos dez melhores filmes americanos do ano.

Recebeu 32 prêmios e 62 indicações ao todo, com Burstyn sendo nomeada para vários prêmios de Melhor Atriz por seu desempenho, incluindo o Oscar, Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático e o Screen Actors Guild. Aronofsky recebeu elogios por sua direção, e foi nomeado para um Independent Spirit Awards de Melhor Diretor e ganhou o National Board of Review por “Reconhecimento Especial pela Excelência em Cinema“.

Darren pediu para que Leto e Wayans ficassem sem sexo e açúcar por 30 dias para entenderem o que significava abstinência.

Leto aproveitou e perdeu vários quilos. Ellen ficou horrorizada ao ler o roteiro, e rejeitou o papel.

Mas depois de ver PI, filme anterior de Aronofsky, sobre uma busca louca por Deus em uma fórmula matemática social, mudou de ideia.

Sua interpretação grandiosa a posicionou como uma das grandes atrizes de todos os tempos. Jennifer estudou moda por causa de sua personagem, e começou a fazer sua próprias roupas, e montou a maior parte do figurino de Marion.

A palavra heroína nunca é mencionada pelos personagens do longa. E o recurso visual mais usado no longa, os olhos e pupilas dilatadas — signo do longa — não reflete a realidade, pois as pupilas de usuários de heroína na verdade se contraem.

Os minutos finais do filme compõem uma bela e macabra sinfonia horripilante, nos lembrando da estética artificial e vazia de usuários de drogas.

Após o clímax, há uma breve serenidade até o final retratando quatro vidas devastadas. Réquiem Para um Sonho, assim como PI, se agarra na cabeça de quem assiste.

É um filme que cansa como uma longa corrida com o coração literalmente na boca. Afinal, o diretor leva seus personagens até as últimas consequências.

Jennifer Connelly Réquiem Para um Sonho
Poster da Criterion para o longa

18º filme de Jennifer Connelly
Réquiem Para um Sonho
Estados Unidos

Requiem for a Dream não é sobre heroína ou sobre drogas … A história de Harry-Tyrone-Marion é uma história de heroína muito tradicional. Mas, colocando-a lado a lado com a história de Sara, nós repentinamente dizemos, ‘Oh, meu Deus, o que é uma droga?’. A ideia de que o mesmo monólogo interno passa pela cabeça de uma pessoa quando está tentando parar de tomar drogas, como acontece com os cigarros, como quando eles estão tentando não comer comida para que eles possam perder 20 quilos, foi realmente fascinante para mim. Eu pensei que era uma ideia que nós não tínhamos visto no cinema e eu quis trazê-la adiante.”

Darren Aronofsky, em entrevista ao site Salon

Jennifer Connelly e Réquiem Para um Sonho

Jennifer Connelly Réquiem Para um Sonho
Uma das imagens mais emblemáticas de Jennifer Connelly em Réquiem Para um Sonho

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/// PIER. E de novo temos uma cena de Jennifer Connelly em um cais, em um take específico de Réquiem Para um Sonho, assim como em Cidade das Sombras (Dark City).

Jennifer Connelly Réquiem Para um Sonho

/// NA ARCA. O compositor Clint Mansell está presente na maioria dos filmes de Darren, inclusive em Noé, de 2014, onde Jennifer Connelly refaz a parceria com o diretor.

/// ANIME. A cena de Marion na banheira, com a cabeça afundada na água, é uma homenagem do diretor ao anime Perfect Blue, uma animação adulta japonesa que trata de distúrbios sociais. Darren queria tanto filmar isso que assegurou os direitos do anime para poder fazê-lo.

/// ROTTEN TOMATOES. O site agregador de críticas dá 79% de aprovação para Réquiem Para um Sonho.

/// ROGER EBERT. A resenha do filme de um dos maiores críticos do cinema americano.

/// PRÊMIOS. Jennifer Connelly foi nomeada a dois prêmios de atuação por sua performance em Réquiem Para um Sonho. O Awards Circuit Community Award e o Las Vegas Film Critics Society Award — os dois por Melhor Atriz Coadjuvante.

/// 2000. Nos cinemas passavam filmes como O Homem Bicentenário, Três Reis, A Praia, O Talentoso Ripley, Beleza Americana, O Informante, Quero Ser John Malkovich, À Espera de Um Milagre, Meninos Não Choram, Erin Brokovich – Uma Mulher de Talento, Magnólia, O Último Portal, Alta Frequência, As Virgens Suicidas, Gladiador, Missão Impossível 2, Premonição, X-Men – O Filme, Mar em Fúria, O Auto da Compadecida, Homem Sem Sombra, A Cela, E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?, Batman do Futuro – O Retorno do Coringa, Psicopata Americano e outros.

/// 3 FILMES. É a primeira vez que Jennifer Connelly faz três filmes em um ano. Em 2000, ela fez Amor Maior que a Vida, Réquiem Para um Sonho e Pollock.

/// A MARATONA JENNIFER CONNELLY.

1- Era Uma Vez na América (1984)
2- Phenomena (1985)
3- Sete Minutos Para o Paraíso (1985)
4- Labirinto – A Magia do Tempo (1986) 
5- Essas Garotas (1988) 
6- Etoile (1989)
7- Hot Spot – Um Local Muito Quente (1990)
8- Construindo Uma Carreira (1991)
9- Rocketeer (1991)
10- O Coração da Justiça (1992)
11- Do Amor e de Sombras (1994)
12- Duro Aprendizado (1994)
13- O Preço da Traição (1996) 
14- Círculo das Vaidades (1996) 
15- Círculo das Paixões (1997)
16- Cidade das Sombras (1998)
17- Amor Maior que a Vida (2000)
18- Réquiem Para um Sonho (2000) 
19- Pollock (2000)
20- Uma Mente Brilhante (2001)
21- Hulk (2003)
22- A Casa de Areia e Névoa (2003)
23- Água Negra (2005)
24- Pecados Íntimos (2006)
25- Diamante de Sangue (2006)
26- Traídos pelo Destino (2007) 
27- O Dia em que a Terra Parou (2008)
28- Coração de Tinta (2008)
29- Ele Não Está Tão a Fim de Você (2009)
30- 9 – A Salvação (2009)
31- Criação (2009)
32- Virginia (2010) 
33- O Dilema (2011)
34- E…que Deus nos Ajude!!! (2011)
35- Ligados pelo Amor (2012)
36- Um Conto do Destino (2014)
37- Marcas do Passado (2014)
38- Noé (2014)
39- Viver Sem Endereço (2014)
40- Pastoral Americana (2016)
41- Homem-Aranha De Volta ao Lar (2017)
42- Homens de Coragem (2018)
43- Alita – Anjo de Batalha (2019)

A idade de Jennifer Connelly em Réquiem Para um Sonho é de 30 anos.

Jennifer Connelly não tem Instagram nem outro perfil em redes sociais.

Jennifer Connelly Réquiem Para um Sonho

curadoria e textos: tomrocha (twitter e instagram)
jornalista, estrategista de conteúdo e escrevedor de coisas escritas.

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