ÁGUA NEGRA | Jennifer Connelly e os remakes do cinema de horror japonês

Água Negra, filme do diretor brasileiro Walter Salles, com Jennifer Connelly como estrela, é um dos poucos filmes competentes a surfar bem a incrível onda de remakes de produções de horror sobrenatural do Japão, que Hollywood promoveu no novo século e milênio na indústria de cinema.

É a refilmagem de um filme de mesmo nome lançado no Japão em 2003, baseada em uma história curta chamada “Floating Water“, de Koji Suzuki, o mesmo autor da celebrada trilogia de Ringu, conhecida no ocidente como O Chamado — também um remake.

Usando o mesmo roteiro, Walter Salles criou um filme singular, que deixa de lado o teor espalhafatoso americano de se fazer filmes de terror, e trabalha muito bem as características originais japonesas de imersão cinematográfica: ambientação, construção de expectativas lentas e desenvolvimento de personagens.

Essa é uma das razões de Água Negra não ter feito tanto sucesso, pois isso vai na contramão da pegada comercial exigida pelo público médio que abastece as bilheterias do cinema ocidental.

Jennifer Connelly Água Negra
Dahlia Williams e sua filha Cecilia indo conhecer o apartamento que mudariam suas vidas para sempre

Os espaços com que Walter trabalha nesse drama familiar sobrenatural são lugares urbanos, onde tudo é cinza, chuvoso, frio, e ele dosa bem a carga de suspense e sensação de umidade, com uma trilha sonora competente, o que nos faz mergulhar dentro desse filme de uma maneira que poucos cineastas tem a capacidade de fazer.

Foi a primeira experiência do diretor Walter Salles, um dos mais celebrados cineastas brasileiros, na máquina de Hollywood.

Jennifer Connelly cava fundo o papel de mulher atormentada em Água Negra, a exemplo de seu longa anterior, A Casa de Areia e Névoa — até mesmo a temática de territorialidade é trazida de volta, afinal, os dois filmes tratam de moradias, o refúgio familiar por excelência.

A criação de uma atmosfera claustrofóbica ressoa de forma definitiva para criar essa história de fantasma infantil, nos molhando com ideias preconcebidas que algumas vezes acertam e outras erram o que imaginamos.

A dignidade tem que enfrentar uma sensação de opressão em espiral agonizante. O desenvolvimento da trama de Água Negra é lento e sem enrolação, focado no crescimento progressivo do clima de tensão, e não na quantidade de informações passadas, reviravoltas e surpresas. Isso é um ponto muito positivo para criar interesse imediato. É uma história direta ao ponto.

Água Negra
(Dark Water, 2005,
de Walter Salles)

Seattle, 1974
Nova York, 2005

Jennifer Connelly Água Negra
O elemento água está presente em quase todas as composições das cenas., até quando estamos a céu aberto — no caso, chuvoso

Nesse espaço de tempo e espaço, acompanharemos o drama de uma mãe cheia de angústias e sofrimentos.

Dahlia Williams (Jennifer Connelly) está separada do marido, em uma relação conturbada para se estabelecer após o divórcio, e dar um jeito de tocar a vida adiante com sua filha, Cecilia.

Com muito custo, consegue encontrar um apartamento perto de uma escola boa para a garota, na Ilha Roosevelt, ainda que ele não seja nem um pouco do que realmente queria. A menina repara na marca d´água no teto do quarto logo de primeira.

Quando finalmente estão se sentindo em casa no novo apê, uma mochila sem o dono, achada por Cecilia no terraço, é o pontapé dos problemas que serão apresentado para Dahlia tentar resolver.

A água está presente em cada cena do filme — na chuva, na água negra dos encanamentos, na umidade, no banheiro e banheira, na máquina de lavar.

Dahlia e a menina moram no nono andar, mas por alguma razão, o elevador sempre vai até o décimo, e depois que segue para os indicados. É o andar do apartamento logo acima do lar de Dahlia, vazio, depois que a família que lá moravam saíram.

Como a mancha de água no quarto da menina só cresce — na mesma medida dos problemas de Dahlia em achar emprego, se resolver com o ex, que queria que elas ficassem em Jersey City, contornar Cecilia e uma “amiguinha” imaginária que ela arrumou — a moça vai verificar o apartamento de cima e parece se encontrar em um pesadelo molhado, com água por todo o apartamento.

A cena é tão lírica e macabra ao mesmo tempo, que Salles prega um susto no espectador, quando o zelador aparece — parecia um devaneio, e a chegada dele é uma quebra abrupta e boa disso.

Aparentemente, alguém tinha aberto as torneiras por pirraça, e o zelador indica que são garotos pentelhos do prédio.

Cecilia parece estar muito ligada com a amiguinha imaginária, cujo nome seria Natasha. Dahlia flagra a menina conversando e olhando para o buraco, e percebe que há algo errado.

Há situações criadas no roteiro que mostram Dahlia mais menina, e que fazem cortar o coração, pois a relação dela com a mãe era péssima, uma mulher que parecia não amar e nem mesmo gostar da própria filha.

São fatos que nem Cecilia conhece, mas Natasha conta a história para a menina, o que faz Dahlia ficar ainda amais confusa com tudo que está acontecendo.

Os vazamentos no apartamento e a presença do que parece ser algo sobrenatural é um tormento sem fim para a protagonista.

Em determinado momento do filme, não é sem surpresa que Dahlia descobre uma etiqueta na mochila que Cecilia encontrou, que diz “Natasha”.

Um acontecimento intenso ocorre com Cecilia na escola, e o pai dela, Kyle, leva a menina, já que Dahlia, entupida de remédios para conseguir descansar depois de tentar resolver problemas que não param, não atende os telefonemas.

Quando se dá conta do que aconteceu, Dalia se sente uma péssima mãe. Parece ser o fim de tudo, com ela desabando psicologicamente, mas uma cena crucial na caixa d´água do terraço do prédio aparentemente resolve todo o problema — é uma revelação chocante, que ainda encontra espaço para outro maior ainda a seguir.

Salles não finaliza seu Água Negra sem outro plot twist, que de certa maneira completa as revelações anteriores, o que deixa um sabor amargo na boca, tal qual a água negra que escorre nesse prédio misterioso e sombrio.

Um toque brasileiro no
horror japonês made in USA

Água Negra de Walter Salles com Jennifer Connelly tem um elenco que segura toda a estrutura dramática do filme: Tim Roth, John C. Reilly, Pete Postlethwaite, Perla Haney-Jardine, Dougray Scott e Ariel Gade.

Dougray Scott é Kyle Williams, o pai de Cecilia, que está farto das angústias de Dahlia; ele não a trata bem, segurando as pontas apenas por causa da filha, e o roteiro não diz o motivo do divórcio, acenando apenas a uma traição por conta dele.

John C. Reilly é Murray, o síndico do prédio, que alugou o apartamento para Cecilia.

Mais interessado em manter uma distância segura de seus inquilinos depois que lhe arruma os apartamentos, e ainda que atenda ligações, ele parece não querer se envolver demais com os problemas deles, e Dahlia tem grande dificuldade em resolver parte de seus problemas no vazamento exatamente por causa do comportamento dele.

O elenco de apoio com John e Pete, apesar de pequenos, são cruciais e funcionam muito bem

O zelador Veeck é interpretado por Pete Postlethwaite, e seu jeito errático e evasivo, quando deveria ser propositivo, aos pouco revela a verdade que esconde no longa de Walter.

Veeck, quando é mostrado em seu apartamento e escritório, está com vários galões de água, o que indica que ele já sabia o que que a água “tinha”.

O diretor trabalhou com duas jovens atrizes talentosas para segurar a carga dramática que um filme assim exigiria: Ariel Gade fez Cecilia Williams, numa interpretação bem convincente, bem longe do esteriótipo de “criança adulta” que Água Negra exigiria, e Perla Haney-Jardine interpreta a menina Natasha Rimsky — e também a jovem Dahlia — o que em termos de metáfora, representa muito bem o contexto das duas personagens na proposta do filme.

Perla nasceu em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, e é filha de Chusy Haney-Jardine, diretor de cinema nascido na Venezuela, e de Jennifer MacDonald, uma produtora de filmes norte-americana.

Seu primeiro papel nos cinemas foi B.B, a filha de Beatrix Kiddo / Mamba Negra/ A Noiva em Kill Bill Volume 2 (2004), de Quentin Tarantino.

Tim Roth interpreta o advogado Jeff Platzer, quando Kyle aperta o cerco contra Dahlia para ficar com Cecilia. Introduzido tardiamente, ele ajuda Dahlia, mas tem pouco a fazer, a não ser mais incisivo contra Murray e Veeck, que finalmente se mexem para dar um jeito no vazamento.

Dahlia começa a se inteirar da situação do apartamento acima do seu, entrelaçando de maneira dramática sua narrativa com a de outros, quer queira, quer não

Salles é bom em incutir em nossas cabeças a violência que não mostra: o que pode ter acontecido no sofrimento de Dahlia mais menina com a mãe, o abandono dos Rimsky e o que houve com Natasha afinal.

A atriz Jennifer Love Hewitt estava cotada para o papel de Dahlia, e Jennifer Connelly declinou de interpretar Paige Edwards em A Casa de Cera (2005), outro filme de remake de horror, na mesma época de Água Negra.

John C. Reilly afirmou que se inspirou na performance de Elisha Cook Jr. no filme O Bebê de Rosemary (1968), o grande clássico de terror de Roman Polanski, para construir Murray.

A direção de fotografia de Afonso Beato em Água Negra oferece tons oníricos de azul, verde e cinza para trabalhar a água como elementos visuais em toda composição de cena, que tiveram direção de arte de Nick Evans.

Os ambientes internos são ricos para trabalhar esses signos, mas o cinza é predominante fora, com paredes sujas e escadas escuras em construções de arquitetura industrial, castrados de qualquer sensibilidade estética.

A Ilha Roosevelt tem apenas espaços urbanos movimentados e caixas de concreto para guardarem as pessoas quando elas não estão fora.

Água Negra e o
cinema de horror japonês

Quando Ringu (nome original de O Chamado) estreou em 1998, foi a maior bilheteria de um filme de terror na história do Japão — faturou 1 bilhão de ienes, algo em torno de 9 milhões de dólares — e também provocou a explosão de diversas produções no final dos anos 90 até meados dos anos 2000.

Hollywood ficou atenta a essa movimentação criativa e circulação de dinheiro, e claro, se mexeu para comer parte desse bolo recém-descoberto.

O terror japonês, ou terror-J, ou J-terror, teve um impacto significativo com mais dois longas: Dark Water (água negra), de 2003, e Ju-on, lançado um ano antes.

Não apenas no Japão, o cinema coreano de horror também recebeu holofotes, quando filmes como Medo (2004) e O Hospedeiro (2006) fizeram sucesso.

Os espaçõs e tensões trabalhados por Salles em Água Negra são bem menos espalhafatosos do que a maioria dos remakes que Hollywood fez do cinema de horror japonês

A febre das refilmagens de produções orientais que tomou a indústria cinematográfica americana ao longo da década de 2000 ainda ressoa na indústria cinematográfica atual, com a incursão, em pleno 2020, de um novo reboot do remake de Ju-On, conhecido por aqui como O Grito (2004), além do anúncio de uma série sobre o universo de Kayako e Toshio, intitulada Ju-On: Origins, uma produção da Netflix com estreia prevista em julho de 2020.

O Chamado, filme de 2002, remake de Ringu (1998), dirigido por Gore Verbinski, lançado dois antes de Água Negra, foi um exercício de linguagem que ensinou como fazer as cópias, e que oferece desempenhos dramáticos cuidadosos nas interpretações de Naomi Watts e David Dorfman, mãe e filho no longa.

Essa foi a base com que o remake de horror japonês em Hollywood teria que trabalhar: se a ambientação e criação de tensão no modo de ser do cinema japonês seriam impossíveis no template da máquina de cinema americana, que as performances dos protagonistas ao menos entregassem algo.

E Jennifer Connelly, com sua envergadura dramática de atriz oscarizada, entrega esse material com facilidade.

A entidade apresentada em Água Negra está a anos-luz do carnaval de Samara de O Chamado, mas seu espírito vingativo não arreda pé de seus objetivos, enchendo o espectador de tensão palpável.

A teimosia desses espíritos é famosa, e com certeza parte do charme do contexto. Os filmes originais de horror japoneses são narrativas com graduais progressões dramáticas, sem final feliz, o que vai na contramão do american way of life.

Há aspectos de possessões de objetos de tecnologia entrelaçados com a mitologia antiga oriental e seus diabolismos, que surgem apavorantes na forma de figuras macabras e sinistras, tortas e desproporcionalmente grandes, como um passado reprimido que quer destruir o presente por meio de seus artefatos.

Uma fita VHS como veículo do mal em Ringu / O Chamado é exemplo disso.

Água Negra espelha bem um pretenso equilíbrio entre o oriente e o ocidente, e sendo o menos escandaloso dos remakes de horror japonês, consegue conversar com todos os públicos, ainda que seu potencial comercial tenha ficado aquém.

Muitos desses filmes remake fizeram sucesso, outros nem tanto. Essa dinâmica provocou até mesmo a atração para o mercado brasileiro de DVDs dos longas originais, o que enriqueceu a biblioteca de cinema de terror para vários amantes do gênero.

Walter Salles nos cinemas

Não foi a primeira vez que Jennifer Connelly trabalhou sob a direção de um cineasta brasileiro — seu primeiro filme foi O Coração da Justiça (Heart of The Justice), do Bruno Barreto, longa-metragem de 1992 feito direto para a TV dos EUA, com diversos atores de renome, como Dennis Hopper, Vincent Price, e outros.

Mas foi a primeira vez de experiência mainstream de Walter Salles em Hollywood. No material distribuído à imprensa nos EUA, o próprio Salles cita O Bebê de Rosemary como uma de suas fontes.

O clássico de Polanski foi um dos muitos filmes a que Connelly assistiu para compor sua personagem. “Vi muitos filmes “de assustar”, porque não tinha o vocabulário desse tipo de atuação“, disse a atriz, que viu ainda O Iluminado, de acordo com uma entrevista dela para a Folha de S Paulo.

Jennifer Connelly anota muitos filmes com temas sobrenaturais em sua carreira — com efeito, seu segundo longa é o poderoso Phenomena, de Dario Argento, mestre italiano do terror, mas outras produções da atriz, até então, como Étoile, Do Amor e de Sombras e Amor Maior que a Vida, são longas que tocam o tema do sobrenatural de alguma maneira.

Jennifer Connelly Água Negra
Walter Salles dirigindo Jennifer Connelly em Água Negra

Walter foi responsável por filmes como Central do Brasil – obra pela qual recebeu, entre outros, o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, em 1999. Ele é um dos herdeiros de Walter Moreira Salles e acionista do Itaú Unibanco.

Ao lado do irmão, João Moreira Salles, são os únicos que não estão diretamente envolvidos na administração dos negócios da família, que alcançam cifras que ultrapassam os U$ 5 bilhões.

Embora não tenha produzido nenhum filme campeão de bilheteria, Walter é um dos cineastas mais ricos do mundo, graças ao patrimônio herdado do pai, e apenas George Lucas, o pai de Star Wars, e Steven Spielberg, o sinônimo de cinema-pipoca, estão na sua frente. Apesar de tudo isso, o cineasta é premiado.

Walter é um dos cineastas brasileiros mais conhecidos no mercado internacional. Seu terceiro longa-metragem, Central do Brasil (1998), acumulou mais de 40 prêmios, entre eles o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim de 1998.

Central ainda ficou entre os cinco finalistas para a disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e recebeu uma rara indicação para uma atriz não-americana, Fernanda Montenegro.

Em 1985, em parceria com seu irmão, o documentarista João Moreira Salles, fundou a VideoFilmes, onde produziu trabalhos de cineastas veteranos (Eduardo Coutinho e Nelson Pereira dos Santos) e da nova geração (Karim Aïnouz, Sérgio Machado, Luiz Fernando Carvalho e Eduardo Valente, entre outros.

Com Terra Estrangeira (1996), que narra o êxodo provocado pela crise econômica brasileira no começo dos anos 1990, iniciou uma longa parceria com Daniela Thomas, com quem codirigiu vários longas e curtas.

Em 2002, produziu um dos maiores filmes do Brasil, Cidade de Deus, de Fernando Meireles. Participou da competição do Festival de Cannes com Diários de Motocicleta (2004), seu filme de maior sucesso internacional, onde conta a juventude de Che Guevara, e Linha de Passe (2008), esse último também codirigido com Daniela.

Em 2010, foi convidado pelo cineasta americano Francis Ford Coppola a dirigir uma adaptação para o cinema de On the Road, clássico da literatura beatnik de . Jack KerouacO resultado foi Na Estrada, longa estrelado por Garrett Hedlund e Kirsten Stewart, selecionado para a competição à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2012.

Salles já recebeu dois prêmios pelo conjunto da obra: em 2009, ganhou o prêmio Robert Bresson no Festival de Veneza; e em 2014, foi contemplado com o Marc´Aurelio d´Oro no Festival de Cinema de Roma.

De acordo com uma entrevista ao jornal Hoje em Dia, de outubro de 2018, Walter trabalha em dois projetos: junto com o escritor Eduardo Bueno, em um roteiro sobre Pero Sardinha, o primeiro bispo enviado pela coroa portuguesa ao Brasil, em 1552.

Um ano depois de aportar em Salvador, Sardinha começou a cobrar pela absolvição dos pecados em moeda corrente. Acabou devorado por índios Caetés em 1556. E, com o roteirista Murilo Hauser, faz a adaptação de Ainda Estou Aqui, o livro de Marcelo Rubens Paiva de relatos sobre a mãe dele, Eunice, e sua luta incansável para descobrir como seu marido, Rubens Paiva, foi assassinado durante a ditadura.

Jennifer Connelly Água Negra

23º filme de Jennifer Connelly
Água Negra
Estados Unidos

/// 2005. Nos cinemas estavam filmes como Alexandre, Closer – Perto Demais, Desventuras em Série, Elektra, O Lenhador, Ray, Menina dos Olhos, O Aviador, Hitch – Conselheiro Amoroso, Mar Adentro, Constantine, O Chamado 2, Sin City – A Cidade do Pecado, A Intérprete, Kinsey – Vamos Falar de Sexo, A Queda – As Últimas Horas de Hitler, Cruzada, Quanto Vale ou É Por Quilo?, Star Wars: Episódio 3 – A Vingança dos Sith, O Guia do Mochileiro das Galáxias, Batman Begins, Guerra dos Mundos, Quarteto Fantástico, A Fantástica Fábrica de Chocolate, A Ilha, O Castelo Animado, 2 Filhos de Francisco, Horror em Amityville, Hotel Ruanda, Os Irmãos Grimm, O Jardineiro Fiel, O Senhor das Armas, Os Reis de Dogtown, Crash – No Limite, Cão de Briga, Jogos Mortais 2, Tudo Acontece em Elizabethtown, Cinema, Aspirinas e Urubus, Marcas da Violência, Harry Potter e o Cálice de Fogo, O Exorcismo de Emily Rose, King Kong, entre outros.

/// MARVEL. Dois atores de Água Negra — além de Jennifer Connelly –, estão na continuidade dos filmes da Marvel nos cinemas. John C. Reilly interpretou o integrante da Tropa Nova, Dey, em Guardiões da Galáxia (2014), de James Gunn, e Tim Roth interpretou Emil Blonsky, o vilão de O Incrível Hulk (2008), de Louis Leterrier. Jennifer Connelly interpretou Betty Ross, a namorada de Bruce Banner, o Hulk, no filme do Gigante Esmeralda de 2003, dirigido por Ang Lee, e que não faz parte do Universo Cinematográfico da Marvel, e que foi rebootado pelo O Incrível Hulk que Roth participou. Mas Connelly faz a voz do traje eletrônico do Homem-Aranha no primeiro filme solo do Amigão da Vizinhança da Marvel Studios, Homem-Aranha De Volta ao Lar, de 2017. Perla Haney-Jardine apareceu como Penny Marko em Homem-Aranha 3 (2007), de Sam Raimi, o último do diretor no comando do Cabeça de Teia na primeira trilogia da Sony, a empresa que detém os direitos cinematográficos do aracnídeo.

/// VIDA REAL. Uma infeliz coincidência aconteceu oito anos depois do filme Água Negra com Jennifer Connelly. A garotinha Elisa Lam morreu no Hotel Cecil em 2013, da mesma maneira que Natasha — ela também caiu dentro da caixa d´água. Os moradores perceberam que a água estava suja e com um gosto estranho, exatamente como no filme. O hotel tem o mesmo nome que Celicia no longa de Walter Salles, e seus elevadores também tinham mau-funcionamento

/// VERSÃO DO PRODUTOR.O corte final foi do produtor, não do Walter. Mas tiramos sustos e efeitos desnecessários. Conseguimos manter boa parte do que propusemos para ‘desamericanizar’ o filme“, disse o editor de Água Negra, o também brasileiro Daniel Rezende, em uma entrevista à revista Bravo na época do lançamento do filme.

/// WILLIAMS. Água Negra é o terceiro filme em que Jennifer Connelly interpreta uma mulher com o sobrenome Williams. Em Labirinto e Amor Maior que A Vida, dois filmes distintos e sem ligações, ela interpretou uma personagem que tinha o mesmo nome — Sarah Williams.

/// SPOILER. Água Negra é o primeiro filme em que Jennifer Connelly não chega viva ao final do longa.

Jennifer Connelly Água Negra

Jennifer Connelly e seu Instagram: https://www.instagram.com/jennifer.connelly/

/ OS FILMES DE JENNIFER CONNELLY.

1- Era Uma Vez na América (1984)
2- Phenomena (1985)
3- Sete Minutos Para o Paraíso (1985)
4- Labirinto – A Magia do Tempo (1986) 
5- Essas Garotas (1988) 
6- Etoile (1989)
7- Hot Spot – Um Local Muito Quente (1990)
8- Construindo Uma Carreira (1991)
9- Rocketeer (1991)
10- O Coração da Justiça (1992)
11- Do Amor e de Sombras (1994)
12- Duro Aprendizado (1994)
13- O Preço da Traição (1996) 
14- Círculo das Vaidades (1996) 
15- Círculo das Paixões (1997)
16- Cidade das Sombras (1998)
17- Amor Maior que a Vida (2000)
18- Réquiem Para um Sonho (2000) 
19- Pollock (2000)
20- Uma Mente Brilhante (2001)
21- Hulk (2003)
22- A Casa de Areia e Névoa (2003)
23- Água Negra (2005)
24- Pecados Íntimos (2006)
25- Diamante de Sangue (2006)
26- Traídos pelo Destino (2007) 
27- O Dia em que a Terra Parou (2008)
28- Coração de Tinta (2008)
29- Ele Não Está Tão a Fim de Você (2009)
30- 9 – A Salvação (2009)
31- Criação (2009)
32- Virginia (2010) 
33- O Dilema (2011)
34- E…que Deus nos Ajude!!! (2011)
35- Ligados pelo Amor (2012)
36- Um Conto do Destino (2014)
37- Marcas do Passado (2014)
38- Noé (2014)
39- Viver Sem Endereço (2014)
40- Pastoral Americana (2016)
41- Homem-Aranha De Volta ao Lar (2017)
42- Homens de Coragem (2018)
43- Alita – Anjo de Batalha (2019)
44- Top Gun – Maverick (2022)
45- Bad Behaviour (2023)

/ AS SÉRIES DE JENNIFER CONNELLY.

1- The $treet (2000)
2- O Expresso do Amanhã/Snowpiercer (2020-2024)
3- Matéria Escura (2024)

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